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quarta-feira, agosto 29, 2007

Solskjaer dá adeus ao futebol

- O atacante norueguês Ole Gunnar Solskjaer anunciou a sua aposentadoria ontem, depois de ter sentido, novamente, a contusão no joelho que o tirou por quase quatro anos dos gramados. Ele despede-se dos gramados aos 34 anos de idade, tendo jogado 366 partidas pelo Manchester United e marcado 126 gols. Mas, fora de campo, ele ainda trabalhará no clube. Solskjaer é cotado para substituir Bobby Charlton, ou melhor, Sir Bobby Charlton, principal jogador da Inglaterra na Copa do Mundo de 1966, no posto de embaixador da equipe, claro, aproveitando sua enorme popularidade. Enquanto a diretoria do United não resolve essa questão, ainda futura, o norueguês trabalhará como técnico, nas categorias de base.
- Solskjaer submeteu-se à uma pequena cirurgia no joelho em junho, e mesmo assim era esperado para compor o elenco do Manchester nesta temporada. Mas os problemas na reabilitação o tiraram mais cedo do futebol. Ele mesmo já havia anunciado que pararia ao fim desta temporada, em abril. O atacante norueguês se mostrou conformado e muito satisfeito com sua carreira. "Com o meu joelho ainda não 100%, eu não tenho condições de jogar no nível que o treinador precisa, por isso foi uma decisão fácil e eu estou tranqüilo em relação a isto. Foram 11 anos fantásticos", explicou Solskajer ao The Guardian. Em sua despedida, ele recebeu muitos elogios, a maioria vindos de Alex Ferguson, que o definiu como "um grande servo" e "modelo de um profissional" para o clube.
- Ole foi muito mais que um funcionário do Manchester. Gols como o da final da Liga dos Campeões de 1999 o tornaram um dos jogadores mais queridos e populares da história do clube. Ele ganhou a confiança dos torcedores logo na primeira temporada, e mais que isso: apelido e música. Ele ficou conhecido como o "baby-faced assassin" (a grosso modo, no português, "assassino com cara de bebê") e é (ainda hoje) adorado no canto dos torcedores: "You are my Solskjaer, my Ole Solskjaer. You make me happy, when skies are gray. And Alan Shearer, was f*cking dearer. Please don't take my Solskjaer away!" (ouça/baixe no link a seguir: You Are my Solskjaer). O final diz: "Por favor, não leve meu Solskjaer embora". Ontem, os torcedores viram parte da música se tornar realidade.
"O meu coração quer que eu jogue, mas a vida continua", disse Solskjaer ao britânico The Guardian
Tempos de glória
- Alex Ferguson, antes da temporada 1996-1997, não conseguiu levar o atacante Alan Shearer, o grande jogador do futebol inglês na época, para o Manchester - a música acima faz referência ao fato, enfatizando, que, na época, Shearer era o "favorito", no inglês dearer. O técnico, então, pediu a contratação de Ole Gunnar Solskjaer, um desconhecido norueguês que havia marcado 31 gols em 42 jogos pelo Molde, no campeonato nacional local. A sua estréia não poderia ter sido melhor. Ele balançou as redes logo em seu primeiro jogo, contra o Blackburn, vindo do banco de reservas - fato recorrente em toda a sua carreira. Na mesma temporada, terminou como artilheiro e campeão da Premier League (na foto acima, Solsjkaer em sua temporada de estréia: BBC Sport).
- Dois anos depois viria a temporada que consagrou umas das melhores equipes do continente europeu, em toda a história. O Manchester versão 1998-1999 conquistou três títulos: o Campeonato Inglês, a Copa da Inglaterra e o bicampeonato da Liga dos Campeões. E Solskjaer teve importante participação em todas as conquistas, especialmente no torneio continental. Na final, contra o Bayern de Munique, realizada no Camp Nou, o Manchester United perdia por 1 a 0 e o apito final se aproximava. Até que, a poucos minutos do fim, Teddy Sheringham empatou e, logo em seguida, Solskjaer marcou o gol do título (na foto ao lado, Solskjaer, à esquerda, comemora o gol mais importante da carreira: BBC Sport). Um gol inesquecível, que marcou para sempre a carreira do jogador (veja os gols do título no Youtube). Os torcedores até fizeram outra música, intitulada "Who put the ball in the german's net?" - "Quem balançou as redes dos alemães?", no português. Três meses antes da final, que aconteceu no 26 de maio de 1999, o norueguês havia realizado outra proeza.
- Era apenas uma partida da Premier League contra o Nottingham Forest, e o placar marcava 4 a 1 a favor dos red devils. Solskjaer entrou na segunda etapa, a 12 minutos do fim. E marcou, incríveis e impressionantes, 4 gols (veja no Youtube). O placar, claro, terminou 8 a 1. Mas, certamente, nenhum torcedor, por mais fanático que seja, se lembra quais jogadores fizeram os primeiros 4 gols. Nas duas temporadas seguintes, mais dois títulos ingleses preencheram o currículo do goleador.

Tempos de choro
- Na temporada 2003-2004, Solskjaer se viu fora por um bom tempo dos gramados por problemas no joelho. Voltou a jogar ainda na mesma temporada, atuando na final da Copa da Inglaterra contra o Millwall, vencida pelo Manchester. Mas os problemas persistiram e ele ficou fora por mais de um ano. Chegou a voltar a jogar em dezembro 2005, em uma partida contra os reservas do Liverpool, mas o retorno à equipe principal aconteceu apenas no fim daquele ano. Ele saiu do banco para enfrentar o Birmingham, fazendo a alegria da torcida. Vinha até atuando de maneira regular, às vezes deslocado para a meia direita, quando sofreu outra grave contusão. Na partida contra o Middlesbrough, em março de 2006, ele foi atingido pelo zagueiro Ehiogu, tendo um osso da face fraturado.

Tempos de redenção
- Com contrato renovado, Ole se recuperou e voltou na última temporada, mais precisamente no dia 23 de agosto de 2006. O jogo era fora de casa, contra o Charlton Athletic, e ele marcou um gol depois de 3 anos de muita angústia e dor (na foto ao lado, ele, à esquerda, comemora o sonhado gol: BBC Sport). Solskjaer voltou à boa forma e terminou a temporada com 11 gols. Ele passou por uma nova cirurgia no joelho, no começo de junho, mas não se recuperou como gostaria. Seu último jogo foi na final da Copa da Inglaterra da temporada passada, perdida pelo Manchester para o Chelsea. Pela seleção da Noruega, Ole Gunnar Solskjaer atuou em mais de 60 partidas e jogou as Eurocopas de 1996 e 2000, além da Copa do Mundo de 1998, onde a seleção ganhou do Brasil na primeira fase e foi eliminada pela Itália nas oitavas-de-final.
- Ontem, ele deixou o futebol com um currículo invejável: Campeonato Inglês (1996-1997, 1998-1998, 1999-2000, 2000-2001, 2002-2003 e 2006-2007), Supercopa da Inglaterra (1996, 1997, 2003 e 2007), Copa da Inglaterra (1998-1999 e 2003-2004), Copa da Liga (2005-2006), Liga dos Campeões (1998-1999) e Mundial Interclubes (1999).

terça-feira, agosto 28, 2007

Puerta falece devido a complicações médicas

- O futebol mundial está de luto. O jogador Antonio Puerta, do Sevilla, faleceu neste fim de manhã no Hospital Virgen del Rocío, onde estava internado em estado grave desde sábado. O Sevilla atuava em casa contra o Getafe, na abertura do Campeonato Espanhol. O jovem lateral-esquerdo espanhol, 22 anos, desfaleceu em campo aos 35 minutos de jogo, para o desespero de todos os presentes no estádio Sánchez Pizjuán (na foto abaixo, seus companheiros tentam reanimá-lo: EFE). Depois de sair andando do campo, ele perdeu os sentidos novamente no vestiário e foi reanimado com a ajuda de um desfibrilador. A agonia continuou no caminho para o hospital. Ele sofreu 5 paradas cardiorrespiratórias e foi internado em um estado instável no Virgen del Rocío. Nesta manhã, a situação clínica do jogador piorou. Devido às longas e sucessivas paradas cardíacas, Puerta teve disfunção multiorgânica e complicações cerebrais. Ele não resistiu aos danos cerebrais e faleceu nesta manhã.
- O Sevilla já planejava pedir a suspensão da partida hoje contra o AEK, pela Liga dos Campeões, devido à saúde do jogador. Com a morte de Puerta, o jogo foi remarcado para a próxima segunda-feira. O confronto contra o Osasuna, no próximo domingo, também foi suspenso. A Liga de Futebol Profissional (LFP) transmitiu pêsames à família, ao Sevilla e aos torcedores. Em respeito ao jogador, antes do início das partidas da segunda rodada, será respeitado um minuto de silêncio.
- Antonio Puerta começou a sua carreira no Sevilla (Puerta também era torcedor do clube: Roberto Pardo/MARCA). Foram cinco títulos conquistados (duas Copas da Uefa, Supercopa da Espanha, Supercopa da Europa e Copa do Rei) em uma carreira promissora. O lateral-esquerdo era considerado umas das boas revelações do Sevilla, e já havia sido chamado para a seleção espanhola, em agosto do ano passado. Ele entrou para a equipe profissional do Sevilla na temporada 2005-2006. Na semifinal da Copa da Uefa da mesma temporada, ele deixou a sua marca contra o Schalke 04, abrindo caminho para o primeiro título continental do clube.

Tragédias em campo
- A morte de Antonio Puerta não foi a primeira (e infelizmente talvez não seja a última) de um jogador de futebol em pleno gramado. Em 2003, o meia Marc-Vivien Foé, o melhor jogador de Camarões na época, desmaiou e morreu em campo, em uma partida da Copa das Confederações contra a Colômbia. No ano seguinte, mais dois casos. Serginho, zagueiro do São Caetano, sofreu uma parada cardíaca no Morumbi, contra o São Paulo, e morreu uma hora depois do incidente. O húngaro Miklos Féher, do Benfica, também morreu de maneira semelhante, no Campeonato Português.
- Após os graves incidentes, o futebol mundial deu mais atenção ao cuidado com a saúde dos jogadores. No Brasil, inclusive, foi feita uma determinação para os estádios. Todos devem ter em campo uma ambulância com desfibrilador, além de profissionais médicos a postos para uma atendimento rápido, porém eficaz. E a medida até deu certo no país. Foram descobertos problemas cardíacos em muitos jogadores e o tratamento pôde ser antecipado. Washington, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2004, ficou parado por um bom tempo por problemas de coração. Ele recebeu tratamento e voltou ao futebol para ser o maior goleador em uma edição do campeonato nacional. Fabrício Carvalho, ex-São Caetano e atual jogador do Goiás, passou por uma situação parecida e conseguiu voltar ao futebol. No Fluminense, o goleiro Lugão, que defendia o Volta Redonda, chegou a ser internado por uma inflamação no coração, há dois anos. Não foi preciso deixar o futebol e ele voltou a jogar. De lá pra cá, muitos casos foram descobertos a tempo, porém nem sempre o atleta consegue retornar ao esporte. O atacante Capitão, do Bahia, teve que encerrar a sua carreira no começo do ano passado, por complicações no músculo do coração.
- Pode parecer impossível prever tragédias como essas. Mas o avanço da medicina atual permite um acompanhamento e uma avaliação profunda de um ser humano, especialmente um atleta. Os clubes e entidades esportivas têm o dever de possuir uma estrutura médica de qualidade, que analise a saúde do atleta a todo momento. A presença de acompanhamento psicológico e nutricional também é fundamental para a manutenção da saúde dos esportistas. Antes da preocupação com o desempenho, deve existir o cuidado com a saúde.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Wembley, a segunda casa da Alemanha

- Nesta quarta-feira abarrotada de jogos, amistosos e das eliminatórias para a Eurocopa 2008, um confronto, dentre todos, chama a atenção pelo nível das seleções: Inglaterra e Alemanha. O clássico europeu, que para mim só fica atrás no quesito rivalidade para Alemanha e Itália, foi jogado no reformado e ainda belo estádio Wembley, onde o Brasil empatou com a seleção anfitriã no começo de junho, na reabertura oficial do estádio, depois de longos e conturbados seis anos de reformas.
- A Inglaterra foi para a partida com muitos desfalques: Gerrard, Rooney, Owen Hargreaves, Aaron Lennon, Andrew Johnson e Darren Bent, todos machucados, ficaram fora da partida. No lado alemão, as coisas também andaram movimentadas no departamento médico. Klose, Frings, Podolski, Schweinsteiger, Mario Gomez e Ballack não atuaram por problemas de contusão. Mas, mesmo com equipes desfiguradas, ingleses e alemães fizeram um belo jogo, digno do palco e da fama do clássico (na foto abaixo, as seleções, perfiladas, entram em campo: BBC).

Começo promissor (enganador)
- A Inglaterra mostrou, nos primeiros minutos de jogo, que estava disposta a repetir o último resultado diante dos alemães: 5 a 1, em Munique, pelas Eliminatórias para a Copa de 2002.
- A equipe se comportava bem no campo de ataque, envolvia a zaga alemã e tentava criar chances de gol, sempre pelo lado direito, com Joe Cole e a aproximação de Lampard pelo centro. Logo aos 9, o English Team abriu o placar. Richards, defensor do Manchester City, passou como quis por Pander pelo lado direito e deu um belo passe para Lampard na grande área. O meia dominou e fuzilou para as redes. O gol deveria deixar os ingleses ainda mais confiantes contra os tímidos alemães, que sentiam os desfalques. Não foi o que aconteceu.

Fazendo o dever de "casa"
- A Inglaterra goleou a Alemanha no último confronto entre as duas equipes, em 2001, como já dito. Mas, no Wembley, quem tem mandado bem são os visitantes, especialmente os alemães. Nos últimos seis confrontos jogados pela Inglaterra no estádio, a seleção venceu apenas um. E a última vitória inglesa contra os alemães ocorreu há poucos mais de 32 anos, em março de 1975. De lá pra cá, 3 partidas entre as duas seleções, 3 vitórias alemãs. Em 2000, na última partida da Inglaterra no Wembley antes da reforma, a equipe da casa enfrentou a Alemanha. Adivinha quem venceu? A Alemanha, claro. Na partida de hoje, os alemães fizeram de novo.
- Depois do gol, a equipe dirigida por Joachim Löw, que trabalhava com Jurgen Klinsmann e assumiu a seleção depois do mundial de 2006, se soltou na partida. Bernd Schneider começou a aparecer bem pelo lado direito e Hitzlsperger pela esquerda. O gol de empate saiu em jogada do lado de Schneider, com uma ajudinha providencial do goleiro Robinson. Schneider fez um cruzamento fechado, Robinson espalmou para a frente do gol e o naturalizado alemão, metade panamenho e metade brasileiro Kuranyi fez o gol mais fácil da sua vida. O apoiador esquerdo Pander também fez o dele, mas de uma maneira bem mais apreciável. Ele recebeu de Lahm, que jogou como volante e deixou Friedrich ocupar a lateral-direita, e acertou um belo chute de fora da área, no ângulo direito do gol (na foto abaixo, ele observa a bola rolar pelas redes: BBC). Um tipo de gol que os ingleses estão acostumados a ver na Premier League. Pander mostrou que na Alemanha as coisas não são muito diferentes. Mostrou também que não há nada de diferente uma vitória alemã sobre a Inglaterra no Wembley.
- A Inglaterra reagiu à virada alemã, ainda no primeiro tempo. Tentou com Owen, que perto do fim, trombou com Lehmann mas, desequilibrado e mesmo com o gol aberto, não conseguiu acertar o alvo.

Ineficiência geral
- A segunda etapa caminhou com a Inglaterra pressionando a Alemanha, que soube se defender muito bem. Steve Mclaren modificou a seleção inglesa, colocando a equipe toda no ataque. Beckham, que havia feito até um bom primeiro tempo, teve participação importante, articulando o jogo pela direita e dando bons passes para gol, mas seus companheiros desperdiçaram chance após chance. Kieron Dyer, ex-Newcastle e atual jogador do West Ham, desperdiçou duas seguidas, uma, inclusive, com o gol à sua frente. Terry teve a melhor chance da segunda etapa, cabeceando para o gol depois do escanteio de Beckham, mas Lahm tirou em cima da linha. Não foi o dia da Inglaterra. Os torcedores esperam, porém, que nas partidas das eliminatórias para a Eurocopa, nos dias 8 contra Israel e 12 diante da Rússia, a Inglaterra faça valer o mando de campo e a superioridade técnica e saia da incômoda quarta colocação no grupo E.
- Os resultados recentes da seleção inglesa, no Wembley, representam a pior fase vivida pela seleção quando joga no estádio-símbolo do futebol da terra da Rainha. Steve Mclaren, que, na minha opinião, não tem bagagem para dirigir a equipe, tem muito a provar e a arrumar na Inglaterra.
- A Alemanha tem apenas uma partida a disputar pelas eliminatórias, em setembro. A equipe joga contra a seleção de País de Gales, que não conta mais com Ryan Giggs, fora de casa. A situação da Alemanha é tranquila no grupo D. A seleção possui 19 pontos, cinco a mais que os tchecos, em sete jogos disputados, dados que mostram bem a eficiência e a segurança deste grupo, renovado mas muito coeso.

Resultados dos amistosos: Grécia 2x3 Espanha, Montenegro 1x1 Eslovênia, Suécia 1x0 Estados Unidos, Albânia 3x0 Malta, Hungria 3x1 Itália, Escócia 1x0 África do Sul,Eslováquia 0x1 França, Japão 2x0 Camarões, Sudão 1x0 Líbia, Bulgária 0x1 País de Gales, Rússia 2x2 Polônia, Ucrânia 2x1 Uzbequistão, Brasil 2x0 Argélia, Letônia 1x2 Moldávia, Bielorrússia 2x1 Israel, Costa do Marfim 0x0 Egito, Noruega 2x1 Argentina, Tunísia 1x1 Guiné, Dinamarca 0x4 Irlanda, Luxemburgo 0x0 Geórgia, Macedônia 0x0 Nigéria, Lituânia 2x1 Turcomenistão, Romênia 2x0 Turquia, Suíça 2x1 Holanda, Islândia 1x1 Canadá, Áustria 1x1 República Tcheca, Bósnia 3x5 Croácia.

Eliminatórias Euro 2008 - Áustria/Suíça: Finlândia 2x1 Cazaquistão (Grupo A), Bélgica 3x2 Sérvia (Grupo A), Armênia 1x1 Portugal (Grupo A), San Marino 0x1 Chipre (Grupo D), Estônia 2x1 Andorra (Grupo E), Irlanda do Norte 3x1 Liechtenstein (Grupo F).

domingo, agosto 19, 2007

É Golo!

- Começou, novamente, a batalha pelo título do Campeonato Português, que ficou nas mãos do Porto nas últimas duas temporadas. Nesta edição, Benfica e Sporting prometem um campeonato mais disputado e movimentado. O Sporting provou que sim, mas o Benfica, que fez contratações modestas e ainda perdeu peças importantes, apenas empatou na estréia. O Porto também venceu e mostra que pode manter a hegemonia no campeonato nacional.

Ensinando futebol aos universitários
- O Sporting jogou em casa, no estádio José Alvalade, contra a equipe da Acadêmica de Coimbra, famosa, claro, pela charmosa e conceituada universidade da cidade. Mas, em matéria de futebol, a equipe de Lisboa mostrou muito mais conhecimento do que os adversários de Coimbra. No início do jogo, a equipe visitante até esboçou levar jeito para a coisa, mas o Sporting logo respondeu balançando as redes. Alguns minutos depois da chance incrível perdida por Liédson, na frente do goleiro, Derlei abriu o placar do jogo e do campeonato, já que a partida foi a primeira da rodada, na sexta-feira. Liédson deixou dele no fim do primeiro tempo, de cabeça. Tonel marcou o terceiro do Sporting aos 23 da etapa final. Depois da bola alçada na área, ele mesmo se enrolou com a bola, mas ainda conseguiu mandar para o gol. O zagueiro que estava sobre a linha, desatento, deixou a bola passar. A Acadêmica descontou a 7 minutos do fim, com Gyano. Ele completou o cruzamento que veio da direita mandando entre as pernas do goleiro Stojkovic, que tem a difícil de missão de substituir o lendário Ricardo, agora jogador do Real Bétis. João Moutinho ainda teve tempo de fazer o quarto, de pênalti. O jogador, com a saída de Nani para o Manchester United, assume a responsabilidade de principal articulador da equipe de Lisboa (na foto acima, Moutinho comemora seu gol na estréia: www.uefa.com). A torcida espera que ele seja capaz de fazer o que Nani e Cristiano Ronaldo, ambos do Manchester, não conseguiram fazer no passado recente: dar novamente a taça de campeão português ao Sporting, coisa que não acontece desde a temporada 2001/2002. Quem fará companhia a Moutinho nessa missão será o brasileiro Celsinho. Revelado pela Portuguesa, ele teve seus direitos divididos entre o seu antigo clube, o Lokomotiv Moscou, e o Sporting, pelo qual atuará por cinco temporadas. O clube português ganhou a concorrência do Corinthians, que também tinha interesse no meia. E na próxima rodada, a ser realizada por completo no domingo, já tem clássico entre Sporting e Porto, no Estádio do Dragão, casa do portistas.

O soberbo Quaresma
- Mesmo quando Anderson era jogador do Porto, ele se sobressaía com um espírito de liderança no meio-campo do clube, sempre com um futebol de muita habilidade, velocidade e competência. O Porto de hoje é diferente. Sem o meia brasileiro e o também brasileiro Pepe, zagueiro comprado pelo Real Madrid por 28 milhões de euros, e Vitor Baia, que (enfim) aposentou-se, a equipe de Jesualdo Ferreira ficou, visivelmente, mais fraca. Mas Quaresma, com seus dois espetaculares gols de falta contra o Sporting Braga, se apresentou como novo líder da equipe. Ele fez o primeiro na primeira etapa com um disparo violento de longa distância (foto ao lado: www.fcporto.pt). O Braga, atuando em casa, no exótico Estádio Municipal de Braga, que é rodeado pela pedreira de Monte Castro, empatou na segunda etapa, com um gol de João Pinto, aquele mesmo que disputou a Copa do Mundo de 2002 pela seleção portuguesa e saiu da Ásia com uma suspensão de seis meses por ter agredido o juiz argentino Ángel Sánchez. Depois daquele incidente, ele nunca mais foi o mesmo jogador. Entrou em decadência, não conseguiu se firmar mais em nenhum clube e nunca mais vestiu a camisa de Portugal. Mas, ontem, ele deixou a sua marca contra o Porto. Uma pena (para ele e para o Braga) que na equipe visitante estava Quaresma. A 7 minutos do fim, ele cobrou com muita competência e força a falta do lado esquerdo do ataque do Porto, dando ao clube a primeira vitória no campeonato. Quaresma foi perfeito. E ele terá que jogar perto disto para, sozinho e isolado no ataque, manter o Porto no caminho das vitórias. Isso se, na defesa, Lucho e Cia fizerem o dever de casa direitinho. Na segunda rodada, o desafio é contra o rival Sporting.

No apagar das luzes
- O Benfica viajou até o Distrito de Porto para enfrentar a recém promovida equipe de Leixões, que representa a cidade de Matosinhos. O placar da partida só foi inaugurado no final do jogo. Petit aproveitou o desvio do escanteio e colocou o Benfica à frente no placar, aos 44 minutos. Porém, o time de Leixões não desistiu e chegou ao empate nos acréscimos da partida. Nwoko teve duas oportunidades de finalizar e não desperdiçou a segunda, levando os torcedores à loucura no Estádio do Mar. Começo nada animador do Benfica, que realmente não mereceu sair do estádio Bessa com a vitória (na foto abaixo, Rui Costa disputa o controle da bola: EFE).
- A equipe perdeu jogadores importantes, como Karagounis, que saiu por problemas pessoais e vai defender o Panathinaikos, Manuel Fernandes, apoiador que não acertou sua volta a Portugal e permanece no futebol inglês, no time do Everton, além de Simão, vendido ao Atlético de Madrid por 20 mi de euros, e Miccoli, de volta à Itália para jogar pelo Palermo. O objetivo da diretoria é reformular o clube, trazendo jogadores que despontam como candidatos a craques em seus países. Freddy Adu, o ganês naturalizado americano e Di Maria, argentino que disputou o último Mundial Sub-20, são uma mostra da nova política de contratações do Benfica, que se iludiu com o título de 2005 e passou a apostar em jogadores com bagagem internacional. Estratégia que não deu certo nas duas últimas temporadas. Na segunda rodada, o Benfica recebe o Vitória de Guimarães no Estádio da Luz.

Outros resultados: Nacional da Madeira 0x0 Estrela Amadora, Marítimo 3x1 Paços de Ferreira, Vitória de Guimarães 1x1 Vitória de Setúbal e Leiria 0x0 Boavista. Hoje, Naval 1° de Maio x Belenenses completam a rodada de abertura do Campeonato Português (Bwin Liga).

Jogos da segunda rodada: Todos serão realizados no dia 26/08, domingo. Vitória de Setúbal x Nacional da Madeira, Paços de Ferreira x Leixões, Boavista x Marítimo, Estrela Amadora x Naval 1° de Maio, Beleneneses x Sporting Braga, Porto x Sporting, Benfica x Vitória de Guimarães e Acadêmica de Coimbra x Leiria.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Campeões das copas triunfam nas Supercopas

- Título um tanto quanto confuso, mas fácil de se entender quando se fala do título da Supercopa. É tradicional na Europa a disputa, sempre antes do início de uma temporada, entre o campeão nacional e o campeão da copa nacional - por aqui, na América do Sul, o modelo também passou a ser usado, em 1988. A maior delas, evidentemente, é a Supercopa da Europa, que reúne o campeão da Liga do Campeões e da Copa da Uefa. No sábado, Sevilla versus Real Madrid e Sporting versus Porto protagonizaram as primeiras disputas por títulos, na Espanha e em Portugal.
Luis deixou um
- Me recordo de uma partida do Luis Fabiano na fase de grupos da Libertadores da América de 2004. O tricolor paulista havia sofrido para vencer a LDU, do Equador, em pleno Morumbi. Com a presença de Cicinho, Grafite e Diego Tardelli e do técnico Cuca, que seria expulso da partida, o São Paulo só conseguiu o gol da vitória aos 29 do segundo tempo. Luis Fabiano, ao terminar a partida, fez uma observação interessante aos jornalistas sobre o gol da vitória, marcado por ele. As iniciais de LDU são as mesmas da frase "Luis deixou um", dita por ele no fim do jogo. No sábado, diante do Real Madrid, agora jogando pelo Sevilla, ele deve ter relembrado da mesma curiosa frase de três anos atrás.
- O Sevilla, atuando em seu estádio, o Sánchez Pizjuán, começou melhor a partida. Logo nos primeiros minutos, Luis Fabiano recebeu em profundidade mas parou no goleiro Casillas. Os merengues eram tímidos na partida. Tímidos como o estreante Bernd Schuster, que substitui Fabio Capello no comando técnico da equipe. Jogando melhor, com um meio-campo muito mais organizado, o Sevilla abriu o placar aos 28. No minuto anterior, o meia Duda recebeu um belo passe do brasileiro Renato, e, em seguida, foi derrubado na grande área por Sergio Ramos. Luis Fabiano foi para a cobrança e bateu muito bem, sem chance alguma para Casillas (na foto acima, ele comemora o gol da vitória: Reuters). Depois do gol, o Real Madrid até tentou chegar ao gol de Palop, sem sucesso. Na segunda etapa, os merengues voltaram mais dispostos a buscar o empate e levar um bom resultado para a próxima partida, no dia 19. Sem Nistelrooy, machucado e artilheiro da equipe na última temporada com 25 gols, as coisas ficaram difíceis para o ataque do Real. Robinho até que tentou. Saviola também, até por meios ilegais, tentando forçar a marcação de um pênalti. O placar ficou mesmo no 1 a 0 para o Sevilla, que não tem muito o que comemorar. A equipe bem que poderia ter vencido por um placar maior, até pelas boas chances de gol criadas na primeira etapa. Bernd Schuster tentará achar o esquema ideal para o Real Madrid, que jogou muito mal em Sevilla. Na pré-temporada, o clube fez seis partidas. Venceu a metade delas e perdeu a outra metade, sendo duas finais. Schuster também perdeu a final da Copa do Rei da última temporada, quando dirigia o Getafe, exatamente para o Sevilla. Os torcedores esperam um desfecho diferente no Santiago Bernabéu.
Sorte de estreante
- O russo Marat Izmailov, ex-Lokomotiv, certamente não esperava uma estréia tão boa na equipe do Sporting de Lisboa. Logo em sua primeira aparição oficial, na Supercopa de Portugal ou Supertaça Cândido de Oliveira, como os portugueses a chamam, ele marcou o gol do título do clube de Lisboa sobre o rival Porto. O meia, há algum tempo atrás, era considerado a grande promessa do futebol russo e fez parte da última Copa do Mundo disputada por seu país, em 2002, no mundial Coréia/Japão. Mas as constantes contusões atrapalharam a carreira do jogador. No sábado, ele provou que pode reencontrar o bom futebol muito longe de sua terra natal, Moscou. Ele joga ao lado dos atacantes brasileiros Derlei, que fez parte da campanha vitoriosa do Porto na Liga dos Campeões em 2004, e Liédson; e do zagueiro Anderson Polga, ex-Grêmio.
- O Porto entrou em campo com uma equipe bastante modificada, mas ainda assim deu trabalho ao Sporting. Apostando na criatividade de Quaresma, os atuais campeões portugueses levaram perigo ao gol adversário. O Sporting, por sua vez, tentou furar o bloqueio adversário na segunda etapa com a boa movimentação dos atacantes, especialmente Derlei. Não foi suficiente. Para a sorte do time de Lisboa Izmailov estava em campo para arriscar de fora da área e tirar o 0 do placar (na foto acima, a equipe comemora o título: Reuters). O Sporting conquistou a sexta Supercopa de sua história, ainda longe das 15 conquistas dos rivais. Ainda é cedo para arriscar qualquer prognóstico, mas pode ser um início de equilíbrio de forças no futebol de Portugal. Tudo depende do comportamento das outras equipes de grande porte do país, como Benfica e o próprio Sporting. Do Sporting Braga também espera-se uma boa participação na liga nacional.

segunda-feira, agosto 06, 2007

La fête a commencé (pour Lyon)

- Entendeu o título acima? Não se preocupe com a tradução. Nem é preciso entender francês para saber que quem fará a festa por lá será o Lyon - A festa começou (para o Lyon), título em português. O campeonato francês, oficialmente chamado de Ligue 1 Orange - o segundo nome é de uma empresa de comunicação - teve início no último fim de semana, e novamente, promete ser muito bom para a equipe de Juninho e cia, pela sétima vez consecutiva. Mesmo com a saída de importantes jogadores como Malouda, o melhor da liga local na última temporada, comprado pelo Chelsea, Abidal, que foi para o Barcelona, Diarra, zagueiro negociado com o Bordeaux, Caçapa, o venerado zagueiro brasileiro por lá, que foi liberado, e Tiago, volante português, o time ainda está à frente das outras 19 equipes que disputam a atual temporada. E o Lyon provou isso não fazendo feio na estréia.

Pouco glamour
- Depois da conquista da Supercopa da França, há alguns dias atrás, na vitória de 2 a 1 sobre o Sochaux, o gol da vitória foi marcado pelo zagueiro brasileiro Cris, o Lyon jogou em casa diante do Auxerre e não decepcionou a sua torcida, vencendo por 2 a 0. O atacante tcheco Milan Baros abriu o placar aos 33 minutos, depois de receber na grande área e tocar na saída do goleiro. Benzema, herdeiro da camisa 10 de Malouda, fechou a conta no segundo tempo, acertando um violento chute de fora da área (Benzema em ação na foto abaixo: Reuters). A equipe de Alain Perrin, que veio do Sochaux para dirigir a equipe nesta temporada, porém, ainda não lidera a competição. O Nancy, que também venceu por 2 a 0, e a equipe do Vallenciennes, que bateu o Tolouse por 3 a 1 e terminou a última temporada no limite da zona de rebaixamento, na 17ª posição, estão à frente dos atuais hexacampeões da liga. Logo atrás, aparecem, também com três pontos, Caen, Bordeaux e Le Mans. O Caen venceu o Nice por 1 a 0, mesmo placar da vitória do Le Mans sobre o Metz. O Bordeaux também venceu por 1 a 0 a equipe do Lens (na foto acima, Wendel, ex-Santos, tenta o domínio da bola: AFP). O (quase) sempre ineficiente Paris Saint German apenas empatou em casa com o o Sochaux, enquanto o Monaco também não saiu do 1 a 1 diante do Saint-Ettiene. A equipe do Lille, que caiu nas oitavas-de-final da última Liga dos Campeões e terminou apenas na décima posição da liga francesa, também começou mal a temporada atual, empatando com o Lorient por 0 a 0. Quem também não saiu do 0 a 0 foram as equipes do Strasbourg e do Marseille. Se as coisas continuarem assim na próxima rodada, com Monaco, Tolouse e companhia tropeçando, o heptacampeonato virá para o Lyon com muita tranquilidade. Resta esperar que as outras equipes provem o contrário e deixem a competição muita mais interessante de se assistir. Se servir de consolo (e de esperança) para o resto da França, o bom goleiro Coupét, do Lyon, ficará afastado dos gramados por 4 meses por uma série de complicações no joelho esquerdo. Bom, se o Lyon tivesse apenas um goleiro eu até acreditaria nas outras equipes...

sexta-feira, agosto 03, 2007

Lá vai o Pato

- Como já vi em alguns portais a manchete "Pato à milanesa", decidi colocar algo diferente, também relacionado à ida do agora ex-jogador do Internacional de Porto Alegre para o Milan (na foto abaixo, ele domina a bola em jogo pela Libertadores desse ano: EFE). O jogador já viaja hoje mesmo para a cidade da moda, onde promete inovar, como fez no Inter, agradando a torcedores e fotógrafos, com belos lances e gols. Lá, ele fará parceria com os brasileiros Kaká, Cafu, Dida e seu ídolo Ronaldo. Pato ainda não havia conhecido o Fenômeno e se mostrou ansioso para entrar em campo com o craque. "Tenho a oportunidade de conhecer pessoalmente o Ronaldo e jogar com ele. Fico feliz por tudo estar dando certo na minha vida. E agora vai ser melhor ainda, porque vou jogar com meu ídolo", diz, já como jogador europeu.
- A equipe italiana ganhou a concorrência de Chelsea, Real Madrid e da rival Internazionale e comprou a mais recente revelação do futebol brasileiro: Alexandre Rodrigues da Silva, ou melhor, Alexandre Pato. As cifras chegaram a um total de 22 milhões de euros (56,5 milhões de reais, a terceira maior transferência de um brasileiro para fora do país, atrás de Denílson e Robinho), que cobriram os 20 milhões de multa rescisória cobrada pelo Inter. O clube ficará com o equivalente a 37,5 milhões de reais e o restante do dinheiro ficará com o jogador. Pato, porém, só poderá estrear com a camisa do Milan em janeiro. Como ainda não completou 18 anos, que esperam pelo 2 de setembro, a equipe italiana terá que mantê-lo na espera, já que a janela de transferências fecha antes do aniversário do jogador. Neste espaço de tempo, ele treinará com os profissionais e deve disputar amistosos com a camisa rubro-negra. O Milan até ontem não havia feito nenhuma contratação nesta janela de transferências; estranho para um time que atualmente detém o título europeu. A chegada de Pato prova, aos poucos, que os rossoneri buscam uma renovação do envelhecido elenco que Ancelotti tem à disposição. Não tão rápida como as coisas acontecem para Pato, mas sonolenta como a zaga de "vovôs" das últimas temporadas.

Pato só no apelido
- O jogador do interior do Paraná, mais especificamente da cidade de Pato Branco, a mesma de Rogério Ceni, surgiu para o futebol aos 4 anos de idade. Incentivado por seu pai, Geraldo Rodrigues da Silva, ele começou a jogar futsal no Grêmio Industrial Patobranquense, onde já chamava a atenção pela facilidade para fazer gols. Depois do sucesso no futsal, ele e seu pai rumaram para Porto Alegre, já que Pato havia sido indicado por olheiros do Grêmio para fazer testes no clube. Porém, na época, dezembro de 2001, o Estádio Olímpico não oferecia alojamentos para garotos com a idade de Alexandre, 11 anos. O jeito foi aproveitar a viagem e tentar a sorte no Internacional. E, como sabemos, tudo correu bem para ambos os lados.

Primeiros passos de Pato, nada desajeitados
- No Internacional, a primeira grande aparição foi em dezembro de 2005. Pato ajudou o time juvenil do Inter a vencer os garotos do Grêmio por 3 a 2, no gramado suplementar do Estádio Olímpico. No ano seguinte, ele passou a figurar no elenco do Inter B - time de aspirantes à equipe principal. Disputou a segunda divisão do gaúchão e ainda foi campeão e artilheiro do Brasileirão Sub-20, batendo o Grêmio por 4 a 1 na final. No final do mesmo ano, ele começou a ser reconhecido por toda a massa colorada. Depois de muito sucesso com o "Coloradinho", Pato enfim estreou na equipe principal, no Brasileirão do ano passado.
- O Palmeiras jogaria em casa contra um Inter que queria adquirir ritmo e motivação para a disputa do mundial. A equipe do Palestra ainda corria risco de cair (de novo) para a segunda divisão. Pato iniciou a partida pela primeira vez entre os titulares e deixou a sua marca, ou melhor, o seu primeiro gol como profissional, logo no primeiro minuto de partida. O jogo terminou 4 a 1 para o Colorado, com mais duas assistências para gol do "gurizão". Semanas depois, o menino de ouro do então técnico Abel Braga ajudaria o Inter a conquistar o Campeonato Mundial de Clubes no Japão. Campeão mundial com apenas 17 anos, Pato começou a ser requisitado para as seleções brasileiras de base. Foi campeão Sul-americano, mas fracassou no mundial, disputado no mês passado no Canadá (na foto acima, ele comemora gol com a amarelinha contra a Coréia no mundial: futeboltotal.com). Com a camisa do Inter, teve uma carreira meteórica. Vinte e sete jogos e doze gols. No currículo: um Mundial de Clubes e a Recopa Sul-americana. Em Milão, Pato certamente conquistará a confiança dos torcedores e será um jogador muito vitorioso, como provou Kaká. Uma pena, principalmente para o Inter, que um craque como esse desfile por tão pouco tempo em nossos gramados.
- Os milanistas à esta altura já devem cantar: "Lá vem o pato, Pata aqui, Pata acolá; Lá vem o Pato, para ver o que é que há". A diferença da história do Alexandre Pato do futebol para a do pato da música infantil de Vinícius de Moraes é que o "gurizão", ex - Inter, não tem nada de pateta e com certeza não acabará numa panela. A não ser que essa panela se chame Estádio Sansiro. E, para cair lá, ser pateta só atrapalha. Ainda bem que Pato demonstrou isso com um futebol de deixar os zagueiros, esses sim, com cara de pateta.