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quarta-feira, abril 30, 2008

E o selo vai para...

A logo à esquerda, Total Force, é um pequeno símbolo de reconhecimento de um blog, e eu tive a honra de ser escolhido para receber essa marca por dois parceiros pelos quais tenho muito carinho: Opinião FC e Limpo no Lance. É complicado manter um blog ativo ao menos semanalmente, e lembranças assim são sempre um estímulo importante para continuar acreditando no que produzo aqui.

Agradeço pelo reconhecimento e desejo a vocês uma carreira de muito sucesso no jornalismo esportivo (que tem precisado de profissionais competentes e inteligentes como são os autores desses blogs).

Recebi honras e agora vou distribuir honras. Aí vão cinco blogs que considero de muita qualidade e que merecem o selo Total Force:

- Jogo Duro
- Marcação Cerrada
- Blog do Carlão
- Sou Cruzeirense (na verdade sou palmeirense, mas indico porque o blog é bom mesmo!)
- Futebol na Alemanha

terça-feira, abril 22, 2008

Presente fraternal

O primeiro jogo semifinal da Liga dos Campeões entre Liverpool (de Benitez)
e Chelsea (de Grant) foi decidido nos tropeços defensivos


O Liverpool jogou diante de sua torcida contra o já conhecido e costumeiro adversário de semifinal, o Chelsea. Era esperado um jogo duro, de muita disputa, mas principalmente de extrema rigidez tática e segurança defensiva. E foi assim nos primeiros minutos de jogo. O Liverpool, até por atuar em Anfield Road, assistido por um de seus donos, o milionário Tom Hicks, desaprovado pela torcida vermelha, começou melhor, tentando se infiltrar pelo meio e forçando o jogo pela direita com o sempre incansável Kuyt. Mas era um domínio ineficiente, que só deu resultado aos 31 minutos, quando Torres aproveitou um belo passe de Gerrard, depois do erro de Makelele, e finalizou para a defesa de Cech.

O Chelsea havia chegado com perigo alguns minutos antes, quando Lampard explorou o erro de Arbeloa (hoje foi titular na lateral direita; Carragher foi para a zaga central e Hyypia para o banco de reservas) na direita e fez um belo lançamento para Joe Cole, que nada produziu com a bela assistência. Quem aproveitou bem o erro adversário foi o holandês Kuyt, aos 42. Xabi Alonso cobrou falta rápida do campo de defesa, Kuyt partiu pela direita, cruzou e Terry afastou. Lampard dominou na entrada da grande área, tentou girar mas foi atrapalhado por Kuyt. Mascherano tentou finalizar, errou, e o chute acabou virando assistência. Kuyt dominou e tocou na saída de Cech. Uma sucessão de erros culminou no primeiro gol do jogo. Só assim foi quebrada a exagerada (e teimosa) cautela tática das equipes. Pior para o Chelsea.

A segunda etapa teve um início mais forte, com o Liverpool se lançando com mais vontade ao ataque. E o Chelsea continuou em suas trincheiras, arriscando muito pouco. Fabio Aurelio saiu machucado para a entrada de Riise, o sniper-norueguês da equipe vermelha. Pouca coisa mudou, pelo menos para o time da casa. Avram Grant mexeu na espinha dorsal do Chelsea, colocando o jovem velocista Kalou no lugar de Ballack, que, antes de sair, participou da jogada de contra-ataque mais perigosa até então, desperdiçada por Malouda. A equipe se soltou um pouco mais, e Didier Drogba, mesmo com problemas físicos, começou a dar trabalho para Carragher e Skrtel. O Liverpool só respondeu ao domínio azul, que não era tão perigoso assim, aos 39. Gerrard tirou Makelele da marcação e bateu firme, na ponta direita da grande área, para a grande defesa de Cech. Anelka entrou na equipe de Grant aos 41 e assistiria, oito minutos depois, o gol contra de Riise que igualou o marcador no último instante do cronômetro. Kalou fez cruzamento rasante do lado esquerdo e o lateral esquerdo Riise, apavorado, cabeceou para a meta de Reina (foto acima: GettyImages/BBC).

O 1 a 0 a favor do Liverpool já seria bom para o Chelsea alcançar sua primeira final. O empate, então, foi maravilhoso, um belo presente dos compatriotas. Na próxima quarta-feira, em casa, os blues certamente não retribuirão o agrado dos reds. O retrospecto em Stamford Bridge é completamente favorável ao Chelsea: nos últimos oito jogos, o Liverpool não conseguiu marcar gols. Se serve de consolo, o Liverpool tem história, tradição e sorte na competição. Isso sem falar nos 27 gols do melhor ataque desta edição. A batalha por um lugar em Moscou continua.

sexta-feira, abril 18, 2008

Fim imerecido

Há alguns posts atrás exaltei a temporada do Getafe, clube pequeno de Madri que fazia boas campanhas nas copas que disputava. Mas, nos últimos dias, o clube sofreu dois golpes duros em duas derrotas cheias de melancolia. A temporada não deixa de ser ruim, mas fica a impressão de que faltou muito pouco, pouco mesmo, para o Getafe se firmar como equipe forte do futebol espanhol.

Nas quartas-de-final da Copa da Uefa, a equipe enfrentou o Bayern de Munique em casa, depois de ter empatado em 1 a 1 na casa dos bávaros. Na Espanha, a equipe vencia por impressionantes 3 a 1 na prorrogação, mas acabou deixando os adversários empatarem o jogo no final. A sonhada vaga nas semis ficou com os alemães. A campanha do Getafe, porém, não deve ser esquecida: na fase grupos, ficou a frente do Tottenham na tabela, eliminou o Benfica nas oitavas, equipes mais tradicionais do cenário europeu, e perdeu para o Bayern no detalhe.

A equipe de Michael Laudrup praticamente abdicou da liga espanhola para se dedicar à disputa das copas, especialmente o torneio europeu. A eliminação na Uefa aconteceu na semana passada, e neste meio de semana o clube jogaria a final da Copa do Rei contra o Valencia (15° na liga). O jogo aconteceu no estádio do Atlético de Madrid, o Vicente Calderón, e os azuis da capital estavam irreconhecíveis em campo. O Valencia, equipe de crises intermináveis e irregularidade característica, abriu 2 a 0 com menos de 15 minutos de jogo. Mata e Alexis marcaram de cabeça os gols mais importantes dos últimos quatro anos do clube, que jogou com a raiva de um gigante ferido. Granera, de pênalti, descontou ainda no primeiro tempo para o Getafe. No segundo, o mesmo Granero colocou uma bola no travessão. Início de reação? Não, porque Morientes, que substituiu Villa, machucado no segundo tempo, aos 38, aproveitou o rebote do goleiro Ustari, e marcou o gol que definiu o jogo (na foto acima, Morientes comemora com fúria o gol do título: Reuters/Marca). É a sétima conquista de Copa do Rei do Valencia, que renasce depois de quatro anos sombrios após a saída de Rafa Benítez. O Getafe vive uma época especial, apesar dos fracassos em momentos decisivos. O trabalho de Michael Laudrup pode dar frutos vitoriosos no futuro.

Veja mais:
Marca - Página especial da final da Copa do Rei

quarta-feira, abril 09, 2008

O peso da tradição

O Liverpool repete, já há três, quatro anos, uma espécie de ritual pró-Liga dos Campeões: começa a temporada devagar, em todos os torneios que disputa, evolui no decorrer dos jogos e termina voando baixo. Ontem, enfrentou o Arsenal em Anfield Road, o jogo da volta das quartas-de-final. E que jogo! Viradas no placar, ambiente de muita tensão e platéia em frenesi, um verdadeiro espetáculo de emoções.

O Arsenal entrou em campo com apenas uma mudança em relação ao jogo da última semana: Diaby figurou entre os titulares, no lugar de Van Persie. No lado do Liverpool, também uma modificação para o segundo jogo: Babel deu lugar a Peter Crouch. E as semelhanças com o jogo de ida param por aí.

Anfield Road recebeu um Arsenal com um esquema mais cauteloso, interessado em povoar o meio-campo e dificultar a saída de bola do Liverpool. Não pressionava, mas sim mantinha a bola nos pés de seus meias. A estratégia de Wenger provou ser a melhor quando Diaby, aos 13, recebeu de Hleb pelo lado direito da grande área, e bateu forte, à meia altura, a bola ainda resvalando no joelho do goleiro Reina (na foto ao lado, Diaby finaliza para o gol: GettyImages/BBC). Os gunners jogavam com um padrão de jogo bem definido, enquanto o Liverpool, time de melhor ataque da competição, estava perdido em campo. A primeira boa chegada dos donos da casa foi aos 28: Fabio Aurelio escapou pela esquerda e cruzou; a bola desviou na zaga e quase encobriu o goleiro Almunia. No escanteio cobrado por Gerrard, o sempre inseguro defensor Senderos deixou Hyypia sozinho na grande área, e o experiente zagueiro finlandês cabeceou em linha reta, no ângulo direito do gol. Por um erro bobo na defesa, o Arsenal deixou escapar a vantagem no placar. E isso ainda se repetiria na partida...

Os scousers melhoraram no jogo, especialmente pela atuação de Gerrard. O Arsenal parou de jogar, talvez ainda sentindo o gol de empate, que veio em hora inesperada. O time ainda perdeu Flamini, que se machucou em uma dividida com Gerrard; Gilberto Silva entrou no jogo. No segundo tempo, o jogo ainda estava em equilíbrio, mas o Liverpool jogava ligeiramente melhor. Era mais seguro na defesa, muito pela atuação do jovem eslovaco Skrtel, e atacava muito bem pelo lado esquerdo, com as subidas de Fabio Aurelio e o apoio de Gerrard e Hleb. Arsene Wenger não conseguiu fazer com que o Arsenal repetisse a atuação dos primeiros 25 minutos de jogo. A equipe continuou apagada em campo, com dificuldades em sair jogando. Fabregas esteve em uma noite pouquíssimo inspirada. E não apenas ele, mas todo o meio-campo do Arsenal.

O Liverpool não atuava com tanta consistência assim, mas o pouco de segurança que tinha no ataque foi o bastante para que o time virasse o placar. Aos 24, depois da reposição de bola do goleiro Reina, Torres recebeu na grande área, não recebeu combate de Senderos, girou e colocou a bola no ângulo direito de Almunia. Um golaço, e também uma baita dose de pessimismo nas pretensões de semifinal dos rivais. Wenger não esperou muito para colocar o Arsenal por inteiro no ataque: Van Persie e Walcott entraram para ajudar o então solitário centroavante Adebayor.

Desfecho dos reservas
Aos 28, porém, o artilheiro do Arsenal na temporada perdeu uma chance incrível. Depois do passe que virou cruzamento, vindo do lado esquerdo, o grandalhão se antecipou a Reina mas acabou tocando à direita do gol. Mas haveria uma outra vez. Aos 38, Theo Walcott fez a jogada solo mais espetacular dos últimos tempos na Champions League, criando a jogada do gol de empate. O jovem de 19 anos conduziu a bola do campo de defesa, apareceu na grande área, deixou Hyypia e Mascherano no chão, e tocou para Adebayor, sozinho, completar para o gol. O empate silenciou o Anfield Road. A vaga na semifinal estava nas mãos do Arsenal.

Mas eis que o destino agraciou o Liverpool com um pênalti segundos após a comemoração de Adebayor. O reserva Babel penetrou na grande área pela esquerda e foi derrubado por Toure. Um pênalti bobo, infantil do zagueiro marfinense. Babel não iria a lugar nenhum e apenas esperou pelo toque por trás para cair na área. Gerrard, vice artilheiro da competição com seis gols, foi para a cobrança e colocou o Liverpool novamente a frente no placar (na foto acima, Almunia acerta o canto mas não impede o gol de Gerrard: GettyImages/BBC). A nona semifinal da história do clube (em 18 participações, contando com esta) estava garantida. Babel ainda teve tempo de fazer o dele, no fim do jogo, acabando de vez com qualquer esperança do Arsenal.

Agora, o Liverpool tem pela frente um rival já conhecido de outras semifinais: Chelsea. Já enfrentou os londrinos em outras duas oportunidades, e se saiu vencedor. Desta vez, porém, o jogo da volta será em Stamford Bridge, casa do Chelsea, que mesmo sem o mesmo brilho de temporadas anteriores, é sempre um adversário forte e consistente. Se o ritual do Liverpool continuar nesta temporada, o time chega a final, e com a mesma força dos anos anteriores. Na outra semifinal, outro grande confronto: Manchester United e Barcelona, um clássico europeu que não acontecia na Liga dos Campeões há muito tempo. Em 1998-99, as duas equipes se enfrentaram na primeira fase de grupos, e aconteceram dois empates por 3 a 3. Mas o campeão daquele ano foi o Manchester, naquela final espetacular diante do Bayern de Munique. O time perdia por 1 a 0, e virou o placar nos minutos finais de partida. Curiosamente, aquele jogo aconteceu na casa do Barcelona, o estádio Camp Nou. As semifinais prometem jogos grandiosos e inesquecíveis, e são apenas prévias do que poderá ser a grande final do dia 21 de maio, no estádio Luzhniki, em Moscou.

terça-feira, abril 08, 2008

Supremacia portista

Sai ano e entra ano em Portugal e o campeão nacional de futebol tem sido sempre o mesmo. O Porto, nesta temporada, se sacramentou tricampeão nacional, o 23° título de sua história, e de maneira bastante apressada: a cinco rodadas do fim, com a maior vitória do campeonato, um 6 a 0 sobre a Estrela Amadora, no Estádio do Dragão (foto abaixo: Reuters/Terra). Muita festa para a agremiação e torcida portistas, uma celebração que deve durar por mais algumas temporadas, isso se a equipe manter o mesmo espírito vitorioso dos últimos tempos. O Porto quer agora alcançar o Benfica no número de conquistas nacionais. Os rivais possuem 31 conquistas, enquanto o Sporting estacionou em 18.

Apesar da desconfiança gerada pelo escândalo do "apito dourado", um processo que teria envolvido a direção portista e árbitros da SuperLiga, o Porto construiu, no campo de jogo, uma campanha infinitamente superior às outras 15 equipes do campeonato. Até a rodada do título, de número 25: 63 pontos, 18 a mais que Benfica e Vitória de Guimarães, 49 gols marcados, apenas 9 sofridos, e apenas dois revezes (venceu 20 jogos e empatou três). O elenco também é de muita qualidade, superior a qualquer time lusitano. Conta com a habilidade e velocidade do atacante Quaresma, os gols do argentino Lisandro López, o artilheiro do campeonato com 21 gols, e com a eficiência defensiva e liderança do volante Lucho González, jogador essencial no esquema de jogo do técnico Jesualdo Ferreira, agora bicampeão português a frente do Porto.

E parece que, a cada ano, o poço que separa o Porto das outras equipes se torna ainda mais fundo. Benfica e Sporting (quarto colocado com 43 pontos, estaria fora da Liga dos Campeões) pouco assustam os atuais campeões na tabela de classificação, muito menos nos clássicos, que apesar do equilíbrio, sempre favorecem a campanha mais regular e consistente dos dragões (o Benfica também perdeu apenas dois jogos, mas empatou 12; o Sporting só venceu 12 vezes até aqui). Nos confrontos contra os rivais, o Porto venceu o Benfica e perdeu para o Sporting. Nos clássicos restantes, os "campeões do passado" lutam por pontos para se garantirem na Liga dos Campeões.

Os benfiquistas estão em situação levemente mais confortável que os sportinguistas. Ocupam a segunda posição, empatados em número de pontos com o Guimarães. O Sporting aparece em quarto, seguido de perto pelo Vitória de Setúbal. As vagas nas competições européias estão praticamente definidas. Fora o Porto, os quatro primeiros devem disputar, ponto a ponto, as duas vagas restantes para a Liga dos Campeões. Os perdedores ficarão com vaga na Uefa. Apenas o Belenenses, sexto colocado com 36 pontos, não tem futuro certo. Está a apenas dois pontos acima de Marítimo e Braga, equipes emergentes que ainda sonham com vaga na Copa da Uefa. No fim da tabela, enquanto o União Leiria, com apenas 9 pontos, espera entediado pelo fim do campeonato, Acadêmica (24 pontos), Leixões (22) e Paços de Ferreira (20) lutam entre si para decidir quem será o infeliz companheiro de viagem do lanterna à Série B.

"Vamos pensar no tetra a partir de amanhã". As palavras do presidente portista Pinto da Costa, após o jogo do título, ilustram perfeitamente a diferença tanto técnica quanto organizacional e moral do Porto em relação às outras equipes de Portugal, principalmente Benfica e Sporting. Espírito vencedor, talvez uma marca deixada por José Mourinho na primeira metade desta década, basta para que o Porto continue soberano em terras lusitanas.

quarta-feira, abril 02, 2008

English Champions League

Dos oito times que alcançaram a fase quartas-de-final da Liga dos Campeões, quatro são ingleses: Arsenal, Manchester United, Liverpool e Chelsea, exatamente os maiores clubes do país. Uma prova do alto nível apresentado pelo Campeonato Inglês, que destronou as tradicionais ligas espanhola e italiana do topo do futebol europeu. Para as semifinais, a Inglaterra já tem um time garantido, já que Liverpool e Arsenal fazem o duelo doméstico nesta fase. O Manchester United bateu, mesmo sem apresentar seu melhor futebol, a Roma na Itália, e o Chelsea perdeu para o Fenerbahçe na Turquia, mas o gol marcado fora de casa deixa o time em situação de certa maneira confortável para o jogo em Londres. A história do ano passado, quando três ingleses chegaram entre os quatro melhores da Europa, tem tudo para ser reprisada.

Tradição histórica
O Liverpool, pentacampeão do torneio, apesar de há muito tempo não ter sucesso na liga local, sempre que disputa a Liga dos Campeões é favorito ao título. Desta vez, tinha tudo para nem ao menos chegar à fase eliminatória. Nos três primeiros jogos da fase de grupos, perdeu dois e empatou um. Mas nos três confrontos restantes, arrasou, goleando Besiktas (por 8 a 0!, a maior vitória da história do torneio), Porto e Olympique de Marselha. Foram 16 gols marcados em apenas três jogos. O time de melhor ataque da competição continuou arrasando na fase oitavas-de-final, mas sem a mesma espetacular qualidade ofensiva. Enfrentou a Inter, bicampeã italiana e atual líder da Serie A, e não era favorito. Mas bateu os italianos com duas vitórias, em partidas de muita consistência defensiva.

O sorteio reservou para o Liverpool um confronto com o Arsenal. Em anos anteriores, quando a equipe chegou a final, sempre encarava o Chelsea nas semifinais (em 2005 foi campeão e em 2007 foi vice). Dessa vez, o adversário seria o agora instável Arsenal, time que caiu de produção no segundo turno do inglês e praticamente deu adeus à disputa do título - isso depois estar na ponta porboa parte da temporada. Hoje, o Liverpool fez o primeiro jogo da disputa, e arrancou um belíssimo empate em 1 a 1 no Emirates Stadium. Jogou com mais consistência defensiva, apesar do 'enxerto' de Carragher na lateral-direita, e segurou o teimoso e irregular ataque do Arsenal como pôde. Foi para a partida com uma proposta defensiva, jogando nos erros do Arsenal, que funcionou dentro das pretensões de Rafa Benítez. A expectativa para o jogo da volta é das melhores, de um jogo mais aberto e ofensivo.

O Manchester United, bicampeão da competição e líder do Campeonato Inglês, enfrentou a Roma no Estádio Olímpico da capital italiana. A equipe da casa jogou sem Totti, que teve Vucinic como seu substituto no ataque, mas mesmo assim teve boa produção ofensiva. Dominou boa parte da partida, sempre no campo de ataque. Mas falhou. E o Manchester, mesmo sem apresentar o mesmo futebol da Premier League, marcou dois gols, e joga na próxima terça praticamente classificado para a semifinal (na foto acima, Rooney comemora um dos dois gols marcados na partida de ida: GettyImages/BBC).

Sucesso recente
O Arsenal tem uma história pequena na maior competição entre clubes europeus. O melhor resultado foi o vice-campeonato em 2006, diante do Barcelona. E nos últimos anos, tem se destacado sempre que chega à fase eliminatória. Mas sempre fica faltando alguma coisa... Talvez consistência seja a palavra-chave para que a equipe repita a campanha de duas temporadas atrás. O Liverpool, nem de longe, tem a mesma fluidez e qualidade que o Arsenal. Mas possui uma equipe muito mais sólida, que arrisca pouco, mas sempre faz partidas muito seguras. E isso basta para estar entre os quatro melhores da Europa.

José Mourinho colocou o Chelsea em duas semifinais de Liga dos Campeões, e foi eliminado nas duas pelo Liverpool. Uma temporada antes da chegada do técnico português, em 2003-04, a equipe também figurou entre os quatro melhores, e foi batida pelo Monaco, clube vice-campeão daquele ano. Avram Grant, o israelense amigo de Abramovich, tem feito um trabalho excelente no comando do Chelsea, algo bem além do esperado dele, que nunca teve experiência em clubes grandes. Talvez este ano não seja a vez do Chelsea levar a taça - tem o time com o futebol mais desinteressante da fase Abramovich, mas surpresas são sempre bem-vindas.

Na primeira partida diante do Fenerbahçe, jogou muito bem, dominou o primeiro tempo, e foi para o intervalo com a vantagem de 1 a 0 no placar, graças ao infeliz gol contra de Deivid. Zico, o técnico do time turco, arrumou seu time para a disputa da segunda etapa, e o Fenerbahçe virou o placar. Primeiro Kazim empatou, depois de receber lançamento em profundidade. E faltando nove minutos para o apito final, Deivid se redimiu, dando a vitória ao time amarelo-preto com um chute espetacular de fora da área (foto acima: GettyImages/BBC). Apesar da derrota, o Chelsea ainda tem todas as condições de chegar novamente às semis. O Fenerbahçe deve ir trancadinho ao Stamford Bridge, em busca de chegar às semifinais e deixar no passado a campanha do rival Galatasaray, que parou nas quartas-de-final em 2001.