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sábado, dezembro 19, 2009

Pedro, Messi e prata para o Estudiantes

Messi mais reclamou do que jogou (foto: AP/Clarín). Ainda assim, foi fator decisivo para ajudar o Barcelona a conquistar tudo o que disputou em 2009

Primeiro tempo feio, morno e violento entre Estudiantes e Barcelona, na final do Mundial de Clubes da Fifa. Messi jogou timidamente, pegou muito pouco na bola, e a distruibuição de bolas para Henry e Ibrahimovic foi comprometida. Na verdade, o homem responsável por essa função é Iniesta, que se lesionou na semifinal e fica duas semanas fora de ação. O Estudiantes, na única jogada de ataque que conseguiu arquitetar, aos 37 minutos, marcou: cruzamento de Diaz, bela cabeçada de Boselli, entre Puyol e Abidal. Mauro Boselli, o herói da final da Libertadores, foi também o herói do Mundial... até os 43 minutos do segundo tempo.

Foi quando Pique dividiu com Celay e Pedro, grande revelação do Barça nesta temporada, tocou por cima do goleiro Albi. Duas vezes vice-campeão mundial jogando contra times brasileiros (São Paulo, em 1992, e Inter, 2006), desta vez o Barça não deixou o título que faltava na sua sala de troféus escapar novamente. Na segunda parte da prorrogação, levantamento da direita e Messi, inflando o peito em direção à bola, virou o jogo. O zagueiro Desabato, no último lance, ainda teve tempo de cabecear bola a centímetros da trave esquerda de Valdés.

O argentino deverá ser nomeado o melhor do ano pela Fifa depois de amanhã. Mas a festa foi (é) comemorada hoje, e por comissão técnica, elenco e torcida do futebol mais agradável da década. E único na história do esporte, sem exageros.

sábado, dezembro 12, 2009

Como não se defender

Até pouco tempo atrás, o Everton era tido como a 5ª força do futebol inglês -- atrás, claro, de Arsenal, Chelsea, Liverpool e Manchester United. Desde os investimentos de Abu Dhabi no Manchester City, o primo-pobre do United tomou o posto do clube de Liverpool, que, na atual temporada, luta pra não cair. Hoje, num jogo contra o Chelsea no Stamford Bridge, arrisquei, mentalmente, que o placar seria de 2 a 0 para os hosts. Mas a defesa do Chelsea foi estabanada, levou três gols vergonhosos e apenas empatou com o Everton, 15º. Além do tropeço, deu uma aula de como não se defender.

No primeiro gol, Baines gesticulou, com os braços para cima, uma espécie de sinalização antes da cobrança da falta, e mandou a bola pro meio da área. Saha, mesmo menor que os zagueiros Ricardo Carvalho e Terry, cabeceou, Cech hesitou meio segundo para saltar, e a bola tocou na trave e depois nas costas do goleiro, entrando vagarosamente. Havia 10 horas de futebol em que o Chelsea não havia sofrido gols em casa, na Premier League.

Os blues viraram rapidamente com Drogba e Anelka, porém a zaga facilitou o empate do Everton, no último minuto do primeiro tempo. Bilyaletdinov cobrou lateral longo, Carvalho e Terry não afastaram e Yakubu, que há dois minutos havia substituído o lesionado Jô, escorou para o gol. Drogba ainda faria seu 18º gol na temporada no segundo tempo, colocando o Chelsea em vantagem, mas eis que ele mesmo facilitaria as coisas para os visitantes. Em falta cobrada por Heitinga (o porto-seguro na zaga do time), Cech se precipitou ao sair do gol muito cedo e não percebeu que Drogba tentou afastar de cabeça. Para o azar dele, o toque acertou as costas de Saha (foto: Kieran Doherty/Reuters) e a bola encontrou as redes. Ivanovic acompanhou a trajetória da bola, talvez esperando que ela não entrasse. Foi o empate do Everton.

10 gols em 15 rodadas. E 3 em apenas uma. A melhor defesa do campeonato precisará ter mais consistência se quiser manter as esperanças de título que cercam o clube desde o começo da temporada. Isso também vale para a Uefa Champions League, a única taça que falta para esta década brilhante dos azuis de Londres.