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sexta-feira, julho 02, 2010

La Mano de Dios 2

A seleção de Dunga era conhecida por ser excessivamente defensiva. Ruiu em dois lances de bola parada, fragilidade histórica da zaga canarinha desde que o futebol existe. Felipe Melo começa o jogo oferecendo a Robinho um passe espetacular para o gol que abriu caminho para o melhor primeiro tempo brasileiro na copa. No segundo, as expectativas negativas que rodeavam o volante se concretizam, e eis que Felipe Melo perde a cabeça depois do primeiro gol contra brasileiro em mundiais (dele) e da improvável virada adversária, e é retirado de campo após ser apresentado ao tão aguardado cartão vermelho, coisa que, cá pra nós, todo mundo temia desde as primeiras convocações.

Não me lembro de ter ouvido tanta gente dizendo que ia torcer contra o Brasil como em 2010. Ou tanta gente tão desconfiada com os 23 selecionados. Ou com o treinador da equipe. Tanta insegurança provou não ser nem um pouco irracional neste 2 de julho.

Algumas horas depois, Uruguai e Gana saíram de campo extasiados. Os sul-americanos, com uma vitória que parecia impossível -- bem a cara deles. E os africanos, com um sentimento de que o mundial não deveria ter se encerrado tão cedo para o continente. Os minutos finais foram os mais dilacerantes que já vi na história do futebol. Não é preciso dizer mais nada.

Os uruguaios, inexistentes em mundiais há 40 anos, voltaram a ser celestes graças a Forlán, o craque, Luis Suárez, numa reedição muito particular de La mano de dios (foto: AFP) de Maradona, e Loco Abreu, o irreverente cobrador de pênaltis. Essa Copa do Mundo está longe de ter um futebol que encha os olhos de contentamento, mas certamente tem provocado emoções devastadoras.

1 Comentários:

Blogger Leandro Rodrigues disse...

O Atacante do Uruguai está mais do que Certo era matar ou morrer...

amantidefutebol.blogspot.com

3/11/10 14:56  

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