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quarta-feira, junho 16, 2010

A vez da Celeste

A esperança de jogos melhores na primeira rodada estavam depositados no grupo H, o da Espanha. Antes da estreia da Fúria, contra a invencível Suíça -- não sofreu gols em 2006 e foi eliminada nos pênaltis pela Ucrânia, nas oitavas --, o Chile pegou Honduras, com Valdivia titular. A história conspirava por uma vitória chilena: em 1962, neste exato dia, o Chile venceu pela última vez em copas, a Iugoslávia, jogando em casa. Hoje, o adversário era bem mais modesto, e o triunfo, um simples 1 a 0. Todos olhos voltados para a sensação Espanha, favorita ao título.

Torres, sem condições de enfrentar os 90 minutos, ficou no banco. Fabregas foi reserva na Euro 2008 e também ficou como alternativa para o meio de campo. Mesmo com problemas, poucos apostariam numa vitória suíça -- no máximo, num empate em 0 a 0. O primeiro tempo foi terrível: uma Suíça retraída, apostando nas subidas de Barnetta e na velocidade de Gelson Fernandes; e uma Espanha morosa e apreensiva no toque de bola. O segundo tempo foi alucinante. A Suíça marcou, no gol mais esquisito do campeonato até agora, a Espanha acertou a trave, a Suíça quase ampliou com uma jogada espetacular de Derdiyok... Espanha pressionando, Suíça nos contra-ataques. O árbitro inglês Howard Webb ainda adicionou uma mini-prorrogação ao sofrimento de espanhóis e suíços, com cinco minutos de acréscimo. Apesar do 1 a 0, a primeira rodada terminou melhor do que começou. Temos uma zebra europeia na África do Sul.

O Uruguai é bicampeão mundial, nunca podemos nos esquecer disso. Hoje, contra os anfitriões, a expectativa era de que o país-sede vencesse e assumisse a liderança do grupo A. E não ouvi ninguém falando nos uruguaios. Eles chegaram ao mundial como coadjuvantes. E, subitamente, se tornaram protagonistas. Líderes da chave, enfrentam o México, que pega a desacreditada França amanhã, na última rodada. Aposto em classificação de México e Uruguai. O empolgante Forlan (foto: Shawn Thew/EPA) foi o primeiro desse mundial a marcar dois gols. É o artilheiro. O hat-trick não veio por pouco. Se o Uruguai terminar como líder, arrisco dizer que é o renascimento de um gigante do futebol. E isso é uma notícia maravilhosa, num mundial que mostrou, na partida que abriu a segunda rodada, que a bola vai começar a entrar nas próximas partidas. A determinação da seleção local não foi o bastante, mas certamente vai atormentar os franceses na última rodada -- até porque há alguma chance matemática de qualificação.

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