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terça-feira, junho 22, 2010

O começo do fim

O fracasso da França era inevitável. A África do Sul só não virou o primeiro tempo com mais do que dois gols à frente porque Parreira tem nas mãos um time fraco e de pouquíssimas opções ofensivas. Na partida que marcou a primeira eliminação de um país-sede na primeira fase de um mundial, a crise francesa só piorou com a derrota e a previsível eliminação. Depois do 2 a 1 -- em 2002, a equipe campeã de 1998 não marcou nenhum gol, mas a situação da época não pode ser comparada com a atual --, Parreira tentou trocar cumprimentos com Domenech, mas foi recebido com hostilidade pelo já ex-técnico francês. Não digo que o futuro treinador, Laurent Blanc, terá uma jornada fácil com um elenco desgastado e perturbado como esse. Mas tenho quase certeza de que boa parte da crise será resolvida com a saída do insólito Domenech (foto: Peter Steffen/EPA).

No jogo que realmente valia alguma coisa no grupo A, o Uruguai venceu o México e, olha, venceu com propriedade, em estádio lotado com maioria mexicana. A defesa não sofreu gols na primeira fase da competição, e o ataque, comandado por Forlán, mostrou um otimismo que não se via há tempos na celeste. Mereceu ser líder do grupo. O México tem uma boa seleção, mas talvez se perca em meio à excessiva badalação em torno dos jogadores, que não jogam essa bola toda como dizem. Como em 2006, vai enfrentar a Argentina e corre sérios riscos de eliminação diante do poderoso ataque de Maradona. Seria a quinta eliminação seguida na fase de oitavas-de-final. O Uruguai pega a Coreia do Sul, que empatou com a Nigéria em um gratificante 2 a 2 -- gratificante para a torcida sul-coreana, porque os nigerianos nunca vão esquecer as chances incríveis desperdiçadas pela seleção, especialmente uma de Yakubu, a menos de dois metros de um gol escancarado.

A Argentina enfrentou uma Grécia preguiçosa, teve dificuldades no primeiro tempo, mas enfim assegurou a vitória no segundo, liderada por Messi, que hoje jogou com a braçadeira de capitão. Ele não marcou -- até Palermo marcou! --, mas, como nas outras duas partidas, foi o melhor em campo -- sou eu que estou dizendo isso, não conferi as informações pós-jogo da Fifa. Essa Argentina joga o futebol que todo mundo quer ver e, se continuar assim na fase final, pode levar essa taça fácil, fácil. A não ser que a defesa resolva mostrar a fragilidade que nós, brasileiros, estamos loucos para ver.

1 Comentários:

Blogger Leandro Rodrigues disse...

Para mim é muito bom ver a frança saindo de uma copa pois todos sabem que nóis somos fregueses deles...

amantidefutebol.blogspot.com

3/11/10 15:00  

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