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quinta-feira, junho 29, 2006

Brasil vence Gana e pega a França, que bateu a Espanha no fim do jogo

- A seleção brasileira venceu Gana nesta terça-feira em Dortmund, garantindo a passagem para as quartas-de-final. Gana jogou com uma defesa bem adiantada e logo aos 5 minutos pagou o preço do posicionamento avançado. Logo aos 5 minutos, Kaká aproveitou que a zaga marcava em linha e deu um lindo passe para Ronaldo (foto: BBC), que em posição legal, avançou, passou pelo goleiro e só teve o trabalho de empurrar para as redes. O atacante marcou seu 15° gol em copas, ultrapassando a marca anterior do alemão Gerd Müller. Mais um recorde e uma espetacular marca para Ronaldo. Apesar do gol, a seleção não teve um bom posicionamento do primeiro tempo e Gana por diversas vezes chegou com muito perigo. Mas aos 45, Lúcio puxou contra-ataque da defesa e tocou para Kaká, o meia passou para Cafu cruzar para Adriano, em impedimento, ampliar o placar meio com os joelhos. Na segunda etapa, Gana continuou chegando mais ao ataque, mas a falta de calma e pontaria nas finalizações atrapalharam muito. Ricardinho entrou na segunda etapa e, aproveitando a defesa em linha de Gana, fez bons lançamentos, deixando seus companheiros na cara do gol por muitas vezes. Em uma delas, ele lançou do meio de campo para Zé Roberto, que tirou de Kingson com a perna direita e tocou para o gol vazio, garantindo a vitória por 3 a 0 do Brasil. A seleção não fez o jogo de posse de bola que Parreira tanto gosta: o Brasil esperou Gana no campo de defesa e tentou sair em velocidade por toda a partida, por isso dois dos três gols saíram em jogadas de contra-golpe. Apesar da vitória, a seleção brasileira não jogou bem e tem a chance de mostrar bom futebol neste sábado, quando vai encarar a França, o primeiro adversário de peso para o Brasil nesta copa. Já Gana saiu de cabeça erguida do mundial, pois logo em sua primeira participação em copas conseguiu chegar às oitavas-de-final e ser eliminada por nada menos que o Brasil, um dos favoritos ao título.
- A França venceu a Espanha por 3 a 1, e heroicamente passou para a próxima fase. A avassaladora Espanha da primeira fase chegou como favorita para o confronto, e dominou boa parte da primeira etapa. O primeiro gol da partida chegou aos 28 minutos, em cobrança de pênalti convertida por David Villa em infração cometida por Thuram sobre Ibañez. Porém, a França, que chegava pouco ao ataque e tentava explorar jogadas de velocidade, empatou aos 41. Vieira fez lindo passe para Ribery na intermediária, que passou por Casillas e marcou seu primeiro gol pela seleção francesa. A Espanha tinha muito mais tempo de posse de bola, mas a França nas poucas que conseguiu atacar, chegou com mais perigo ao gol. No segundo tempo o jogo foi mais equilibrado e para quem esperava que a França, a seleção com a maior média de idade do mundial, fosse sucumbir ao cansaço, enganou-se. A seleção campeã do mundo há oito anos arrancou a vitória no fim do jogo, através de dois meio-campistas lendários. Aos 38 minutos, Zidane cobrou falta da direita do ataque para o segundo pau e Vieira aproveitou a boa assitência para mandar para o gol. Sérgio Ramos ainda quase desviou para a linha de fundo, mas não conseguiu evitar a virada dos franceses. Sete minutos depois, o herói da final de 1998 e talvez o maior jogador francês do século fez um belo gol, mostrando que a chama de seu maravilhoso futebol ainda pode nos render belas cenas nestes últimos momentos de sua carreira. O meia dominou pela esquerda do ataque francês, passou facilmente por Puyol e bateu forte para o gol, fechando o placar e selando a classificação da França para as quartas-de-final. Foto: EFE, Zidane celebra vitória

quarta-feira, junho 28, 2006

A batalha de Nuremberg

- Portugal e Holanda protagonizaram o jogo mais dramático destas oitavas-de-final. Não, o jogo não foi para a prorrogação, nem ao menos chegou à disputa de pênaltis, mas nem por isso deixou de ser emocionante. Ambos os times chegaram invictos da fase de grupos e também das eliminatórias européias, mas Portugal chegou com um ligeiro favoritismo. O técnico holandês modificou pouco o time, apenas colocando Boulahrouz no lugar de Heitinga, e tirando Nistelrooy para colocar Kuyt. Felipão entrou com a dupla de volantes mais marcadora que tem a disposição: Maniche e Costinha. A Holanda finalizou primeiro logo no primeiro minuto, quando Van Bommel recebeu de Kuyt e bateu à direita do gol. O mesmo Van Bommel, no minuto seguinte, entrou mais forte em Cristiano Ronaldo e levou cartão amarelo. Aos 6 minutos, um lance aterrador de se ver em uma partida de futebol. Ronaldo recebeu pelo meio e sofreu entrada criminosa de Boulahrouz na coxa direita, porém, o árbitro russo Valentin Ivanov só deu o amarelo ao jogador (Ronaldo chora no banco, foto: Reuters). A partir desse lance, o árbitro começou a perder o controle da partida. A Holanda insistiu em lançamentos da defesa para o ataque e por isso pecou na criação de jogadas. Novamente o meio campo da Holanda parecia ausente no jogo, e a seleção só chegava com perigo ao gol quando partia com os atacantes Van Persie e Robben. Portugal quando teve a posse de bola, procurou se prender no campo de ataque e trocar passes curtos. Aos 22, Cristiano Ronaldo tocou para Deco na direita. O meia do Barcelona encontrou Pauleta na entrada da área e o atacante fez bom passe para Maniche que vinha de trás. O volante se livrou de um marcador e bateu para o gol, abrindo o placar. O gol foi o de número 100 de Portugal na era Felipão. Dez minutos depois do gol, o meia Cristiano Ronaldo foi substituído por Simão, devido à fortes dores na coxa direita ainda pela entrada de Boulahrouz no começo da partida. A Holanda passou a jogar melhor nos últimos 15 minutos da primeira etapa, e chegou com muito perigo com Van Persie. O atacante subiu ao ataque pela direita e passou por Valente e Carvalho, mas finalizou à direita do gol. Aos 42, Robben recebeu na área de Kuyt e sofreu literalmente uma voadora de Nuno Valente, mas nada foi marcado. Portugal respondeu aos 44 com Pauleta. Simão tocou para Figo na área, o meia se esquivou da bola, e Pauleta dominou e bateu forte para o gol, mas contou com uma bela defesa de Van der Sar. Dois minutos depois, Portugal ficaria com um a menos em campo, devido à expulsão de Costinha. O volante interceptou um lançamento da defesa holandesa com a mão, e, como já tinha um cartão amarelo, foi para o vestiário mais cedo. Para o segundo tempo, Felipão colocou Petit no lugar de Pauleta, para recompor o meio campo. O segundo tempo começou de forma emocionante, com chances para os dois lados. Aos 4 minutos Robben chegou pela direita e cruzou para a área, a bola espirrou na zaga e Cocu, na sequência, chutou forte no travessão. Portugal aproveitou a sobra e a exposta defesa da Holanda e contra-atacou com Miguel pela direita. O lateral avançou e chutou cruzado, mas Van der Sar espalmou por baixo. No minuto seguinte Robben tocou para Van Bommel, que livre pelo meio, chutou para o gol, mas Ricardo, mesmo enganado pela trajetória do chute, conseguiu defender. Portugal, quando chegou ao ataque, utilizava o lado esquerdo através das subidas de Figo. Van Basten procurou aumentar a ofensividade da Holanda, e colocou Van der Vaart na partida aos 11 minutos no lugar de Mathijsen.. Alguns momentos depois da mudança Deco sofreu falta dura de Gio, que foi punido com um cartão amarelo. Houve alvoroço depois do lance, Figo e Van Bommel se estranharam e o português deu uma cabeçada no rosto do adversário. Ivanov puniu Figo apenas com um cartão amarelo, um sinal claro de que o mesmo já havia perdido o controle do jogo, não tomando as medidas necessárias em faltas mais fortes. Na cobrança da infração Simão cobrou perigosamente pela rede do lado de fora. Aos 17 minutos, outra falta violentíssima pelos holandeses. Figo havia avançado pela esquerda e tomou uma cotovelada de Boulahrouz. Ivanov o expulsou de campo, deixando os dois times em igualdade numérica. O lateral holandês já deveria ter sido expulso pela entrada que tirou Ronaldo da partida, logo aos 6 minutos de jogo. Van Bommel saiu aos 22 minutos para dar lugar a Heitinga, com a mudança, Van Basten tirou um jogador pendurado com um cartão amarelo e tentou forçar o jogo pela direita. Aos 25 a Holanda conseguiu sair em velocidade com Robben, ele cruzou para o meio da área mas Valente afastou. O corte foi para a entrada da área e Sneijder chegou batendo de primeira, porém Ricardo Carvalho se jogou na frente do meia para impedir a finalização. Na sequência do lance Deco partiu para o ataque e ia em direção ao gol, mas Ivanov parou a partida para que Carvalho fosse atendido por causa da forte dividida no lance anterior. O juiz deu bola ao chão e esperava-se que a Holanda devolvesse a posse de bola para Portugal, mas nada disso aconteceu. Cocu tocou para Heitinga na direita do ataque e Deco entrou por trás no lateral, incendiando de novo a partida. No meio da confusão, Deco tomou um amarelo quando deveria ter sido expulso pela falta, enquanto Sneijder empurrou Petit, e também só saiu com um amarelo. A partir deste lance a torcida portuguesa passou a vaiar a Holanda, quando esta tinha a posse de bola, pela falta de Fair Play na jogada anterior. Aos 32 minutos, Deco foi expulso por retardar uma cobrança de falta da Holanda no meio-campo. O meia português ainda foi jogado ao chão por Cocu, mas o juiz advertiu apenas Deco, para o desespero de Felipão e comissão técnica, que estavam atônitos durante o dramático segundo tempo. Com um a mais novamente a Holanda chegou com Kuyt na cara do gol aos 34 minutos, mas Ricardo saiu bem e defendeu. A Holanda tinha a posse de bola, mas a falta de calma na hora de trabalhar as jogadas dificultou muito a equipe. Portugal quando conseguia ganhar a posse de bola, procurou cadenciar e diminuir o ritmo de jogo. Aos 39, Figo saiu para a entrada de Tiago. Três minutos depois, Miguel chegou livre pela direita e tocou para Simão na área, mas ele dividiu com Van der Sar, que levou a melhor. No minuto seguinte, Kuyt girou bonito depois de receber cruzamento da esquerda, mas Ricardo defendeu com segurança. Aos 49 minutos Gio foi expulso com o segundo amarelo por entrada forte em Tiago, depois de ter perdido a posse de bola no campo de defesa para o meia português. Na sequência, Tiago recebeu de Petit na área, mas bateu prensado por Sneijder. Fora de campo, uma cena inusitada: os três jogadores expulsos no segundo tempo sentados juntos e Deco e Gio batendo um papo e assitindo o final da partida.
- A vitória de Portugal foi no melhor estilo Felipão: dramática, suada e no sufoco. O triunfo selou a 11ª vitória seguida de Felipão em copas, que agora está a duas vitórias do recorde de Zagallo. Agora Portugal enfrenta a Inglaterra na quartas-de-final. Para quem não se recorda, Portugal enfrentou Holanda e Inglaterra na fase mata-mata da Eurocopa 2004, e venceu as duas partidas. Felipão novamente encara os ingleses e Sven Goran Eriksson em copas do mundo. Em 2002 ele os enfrentou na mesma fase de quartas-de-final, e como sabemos, venceu na campanha do pentacampeonato da seleção brasileira. (Maniche comemora gol na foto acima: EFE)

segunda-feira, junho 26, 2006

Destaques das oitavas-de-final

- Dois jogos foram realizados no sábado, já valendo pela segunda fase do mundial. Em Munique a Alemanha enfrentou a Suécia e se classificou sem muitas dificuldades, com uma vitória de 2 a 0. Os alemães, empurrados pelos mais de 60000 torcedores, começaram o jogo no ataque, e logo marcaram aos 4 minutos. Ballack viu Klose se movimentando na entrada da área. O atual artilheiro da copa não conseguiu bater Isaksson, mas na sequência Podolski completou para o gol. O jovem atacante marcou novamente aos 12 minutos. Podolski tocou para Klose na entrada da área, o atacante levou a marcação de três defensores e tocou para Podolski marcar livre de marcação no meio da área da Suécia. Depois que o árbitro brasileiro Carlos Eugênio Simon expulsou Lucic de campo com um segundo amarelo, as coisas ficaram ainda mais difíceis para os suecos. No segundo tempo, a Suécia teve a chance de diminuir o placar com um pênalti sofrido por Ibrahimovic, mas Larsson foi displicente e jogou para fora. A Alemanha novamente apresentou um belo futebol e tem um grande desafio na próxima sexta-feira, quando enfrenta a Argentina pelas quartas-de-final. Os nossos hermanos bateram o México por 2 a 1 em Leipzig, no tempo extra. O México começou vencendo com um gol de Marquéz aproveitando cobrança de falta de Pardo. Mas minutos depois a Argentina empatou com um gol contra de Borgetti, ou de Crespo, como queira, pois o lance foi um pouco confuso. O México foi muito melhor que a Argentina durante a partida, marcando muito bem e dificultando a vida dos adversários. Mas a Argentina mostrou porque é uma das favoritas ao título e marcou no primeiro tempo da prorrogação. Aos 8 minutos, Messi virou bem o jogo para Sorín na esquerda, arma que o time pouco usou na partida. O lateral fez um passe longo para Máxi Rodriguez, próximo a grande área. O volante do Atletico de Madrid dominou no peito e bateu de esquerda no ângulo do goleiro Sanchéz. Um belíssimo gol para um mau futebol apresentado pelos argentinos durante a partida. O México pela quarta vez seguida é eliminado nas oitavas de forma dramática (Bulgária em 94, Alemanha em 98, EUA na copa passada).
- No domingo a Inglaterra enfrentou o Equador em Stuttgart e passou com dificuldades pelos sul-americanos. Logo nos primeiros minutos de partida, Carlos Tenorio aproveitou falha de Terry depois de lançamento da defesa equatoriana e chutou na trave, contando com uma espetacular recuperação de Ashley Cole, que , com os joelhos, evitou o gol. A Inglaterra sofreu com o jogo imposto pelo Equador, que fechou as laterais do campo, e forçou os ingleses a concentrarem os ataques pelo meio. O gol da vitória só poderia sair mesmo de bola parada, e neste tipo de jogada já sabemos quem é sinônimo de excelência. Beckham bateu falta da esquerda do ataque, muito bem colocada no cantinho direito de Mora, que quase conseguiu interceptar a bola. A Inglaterra passa para as quartas-de-final, mas ainda não apresentou o futebol que se esperava tanto. Os ingleses enfrentam Portugal, que passou pela Holanda em um jogo espetacular na cidade Nuremberg. Falarei deste outro confronto realizado no domingo apenas amanhã.
- Hoje foi um dia marcado por dois dramáticos jogos, que decidiram outro confronto da próxima fase. A Itália enfrentou a Austrália na sempre quente cidade de Kaiserslautern, em um jogo marcado por um erro decisivo da arbitragem. Depois de um primeiro tempo melhor para a Itália, o segundo tempo foi mais para a Austrália, principalmente devido à expulsão de Materazzi aos 5 minutos por entrada em Bresciano. Depois do ocorrido, os australianos passaram a manter a posse de bola no campo de defesa da Itália, como manda Guus Hiddink. Jogando bem pelos lados, principalmente com o apoio dos laterais Chipperfield pela esquerda e Sterjovski pelo lado direito, a seleção da Oceania conseguiu levar perigo ao gol de Buffon. Kewell não pôde atuar devido à problemas físicos e a Austrália perdeu muito em qualidade no ataque. A Itália não conseguia encaixar bons ataques, até pela dificuldade e lentidão da saída de bola da defesa. Totti entrou no lugar de Del Piero aos 30 minutos; o atacante da Roma iria alguns minutos depois mudar a história do jogo. A 10 segundos do fim do segundo tempo, que recebera acréscimo de três minutos, Fabio Grosso conseguiu partir para o campo de ataque. O lateral esquerdo passou por Bresciano, entrou na área e tropeçou em Neill, o zagueiro australiano vinha fazendo uma bela partida até então. O árbitro da partida Luis Medina Cantalejo marcou pênalti no lance erradamente, pois o zagueiro entrou no lance para tirar a bola e o jogador italiano tropeçou nele claramente para forçar uma penalidade. Totti converteu a cobrança e garantiu a passagem da Itália para as quartas-de-final. O sonho dos australianos ruiu e agora a Itália pega a Ucrânia, que também passou para a próxima fase de forma dramática.
- A Suíça enfrentou a Ucrânia em Colônia e foi desclassificada nas cobranças de pênalti, terminando o mundial sem tomar gols. O empate em 0 a 0 perdurou até ao final da prorrogação, com os jogadores bastante desgastados em campo. O jogo foi equilibrado na maior parte do campo, com chances para ambos os lados, mas o resultado foi justo. Vale a pena destacar a péssima atuação do árbitro mexicano Bernito Archundia, que não puniu os jogadores por algumas jogadas violentas, principalmente no segundo tempo. Nas cobranças de pênalti, a Ucrânia converteu três cobranças enquanto a Suiça nenhuma. A heróica seleção ucraniana alcança um fato estupendo, conseguindo passar para as quartas-de-final logo em sua primeira participação em Copas do Mundo.

sexta-feira, junho 23, 2006

Balanço da primeira fase

- Bom, só para efeito de esclarecimento, não postei sobre os jogos de quarta e quinta pois estava sem tempo. Iria falar sobre os destaques de hoje, mas pela terceira vez, eu acho, meu computador travou e eu tive que resetá-lo....Uhh!!!Que raiva. Depois do simplório desabafo veja abaixo um pequeno balanço da primeira fase desta Copa do Mundo.
- Nos 48 jogos da fase de grupos foram marcados um total de 117 gols, totalizando portanto uma média de 2,43 gols por partida - apesar de não ser uma média expressiva, tivemos grandes jogos e momentos históricos neste pontapé inicial do mundial. O grupo que finalizou com a pior média de gols foi o grupo B: 1,66 gols por partida. Já os de médias mais altas foram os grupos A, C e H com impressionantes 3 gols por partida.
- Houve 5 jogos terminados com o placar de 0 a 0 e maior goleada foi a da Argentina sobre a Sérvia e Montenegro: 6 a 0 na segunda rodada do grupo C. Os placares que mais se repetiram: tivemos 11 vezes o resultado de 2 a 0, 8 o de 1 a 0 e 6 vezes o de 2 a 1.
- O artilheiro da primeira fase foi o atacante alemão Miroslav Klose, com 4 gols marcados. Logo atrás vem Fernando Torres da Espanha com 3 e uma série de jogadores com 2 gols marcados, dentre eles Ronaldo, que marcou dois na vitória sobre o Japão ontem em Dortmund, e empatou com a marca de 14 gols em copas do alemão Gerd Müller.
- A seguir, os confrontos das oitavas de final: 24/06 - Alemanha x Suécia (Munique) e Argentina x México (Leipzig), 25/06 - Inglaterra x Equador (Stuttgart) e Portugal x Holanda (Nuremberg), 26/06 - Itália x Austrália (Kaiserslautern) e Suíça x Ucrânia (Colônia), 27/06 - Brasil x Gana (Dortmund) e Espanha x França (Hannover).

terça-feira, junho 20, 2006

A Alemanha goleia o Equador e enfrenta a Suécia nas oitavas, enquanto a Inglaterra empata com os suecos e pega os equatorianos

- A Alemanha venceu o Equador em Berlim, assegurando a primeira posição do grupo A com 100% de aproveitamento. Os alemães, diferentemente do que fizeram contra a Polônia, jogaram bem, ao melhor estilo do futebol alemão, vencendo os equatorianos com certa facilidade. O Equador jogou com um ataque reserva, sem os destaques do time Delgado e Carlos Tenorio. A Alemanha abriu o placar aos 4 minutos com Miroslav Klose (foto: BBC), depois da bola tocada para trás, o artilheiro finalizou para o gol. O Equador ficou sem referência no ataque, contando com uma Alemanha louca para ampliar o placar. O segundo gol veio aos 44, novamente com Klose. Ele recebeu lindo passe de Ballack da entrada da área e tirou o goleiro com um jogo de corpo, depois só teve o trabalho de empurrar para o gol para marcar seu nono gol em mundiais e o quarto no torneio atual. O terceiro gol aconteceu aos 12 minutos do segundo tempo, com o jovem Podolski. Schneider arrancou bem pela direita e cruzou para Podolski empurrar para o gol com a perna esquerda, sem chances para o goleiro Mora. Esse desempenho na primeira fase não é alcançado desde a copa de 1990, disputada na Itália, onde a Alemanha se sagrou tricampeã. No outro jogo do mesmo grupo entre Costa Rica e Polônia, os europeus venceram de virada por 2 a 1, em um jogo marcado pelas falhas dos goleiros.
- O jogo entre suecos e ingleses ficou no 2 a 2 e a Suécia manteve o tabu de 12 jogos, ou 38 anos, sem perder para a Inglaterra. Com o resultado, na próxima fase a Inglaterra vai enfrentar o Equador e a Suécia tem um difícil embate contra a anfitriã Alemanha. Ambos os times foram a campo com algumas modificações no elenco titular. A Inglaterra entrou com Hargreaves no lugar de Gerrard, que tinha cartão amarelo e corria o risco de perder o jogo das oitavas caso recebesse o segundo cartão, e com Rooney no lugar de Crouch, já em condições de jogo. A Suécia começou o jogo com Allback no lugar de Ibrahimovic, que não jogou devido à uma contusão na virilha e com Jonson no lugar de Wilhemssom. A Inglaterra começou impondo um bom ritmo de jogo, mas logo no primeiro minuto em campo, Michael Owen, ao receber pela primeira vez a bola em campo, caiu de mal jeito e acabou por sofrer uma torção no joelho direito. Peter Crouch entrou em seu lugar e mudou um pouco o estilo de jogo da Inglaterra. Com Hargreaves em campo, Beckham jogou timidamente no primeiro tempo e só apareceu em lances de bola parada. Lampard jogou mais próximo dos atacantes e nos 12 primeiros minutos ele finalizou por três vezes ao gol, sempre recebendo bolas de Rooney, que atuava pelo lado direito do ataque da Inglaterra. Mas o lado onde a Inglaterra forçou mais o jogo foi o esquerdo, com Joe Cole. A Inglaterra chutou bastante de longa distância, sempre levando perigo ao gol de Isaksson, enquanto a Suécia, quando chegava ao ataque, tentava a bola alçada na área. A Inglaterra de tanto tentar de fora da área abriu o placar desta forma, de maneira espetacular. Na única boa subida de Carragher, que de novo atuou pela lateral direita no lugar de Gary Neville, Beckham deu o apoio e cruzou para Crouch na segunda trave; a bola ia na direção de Rooney, mas a zaga tirou. Alexandersson afastou em definitivo de cabeça para fora da área, mas Joe Cole pegou o rebote e sem deixar a bola cair, chutou dali mesmo para o gol. Uma pintura de gol, no ângulo esquerdo de Isaksson, que ainda tocou de leve na bola, mesmo enganado pela trajetória da bola. A Suécia por todo o primeiro tempo não soube marcar a cabeça da área de sua defesa, e sofreu o gol no melhor estilo do futebol inglês. Porém, o segundo tempo reservava emoções mais fortes para ambas as seleções. A Suécia voltou mais ligada no jogo, e logo aos 4 minutos chegou bem com Ljungberg pela esquerda, cortando para o meio, mas batendo em cima de Terry, que afastou para escanteio. Na cobrança de Linderoth, Allback (foto: Reuters) subiu bem na primeira trave e cabeceou para marcar o gol de empate da Suécia e um gol histórico na história das Copas. O tento marcado pelo sueco foi o de número 2000 em mundiais. Depois de ter entrado para a história, a seleção sueca começou a dominar a partida e a usar uma arma que os ingleses sabem usar como poucos: a bola alçada na área, principalmente em lances de escanteio. Aos 9, a Suécia chegou na mesma jogada ensaiada, mas desta vez em corner do lado direito do ataque. Kallstrom bateu na primeira trave e Larsson desviou em direção ao gol. A bola tocou em Carragher e depois no goleiro Robinson, que espalmou meio assustado no travessão. Depois de diversos erros da defesa inglesa, Sven Goran Eriksson trocou Ferdinand por Campbell, procurando dar mais segurança à Inglaterra neste tipo de jogada. A Suécia teve outra bela chance de marcar, novamente iniciada por cobrança de escanteio. Linderoth bateu o corner da esquerda do ataque, mas desta vez na segunda trave. O zagueiro Lucic escorou para o meio da área e o capitão Mellberg apareceu bem, batendo para o gol, mas a bola tocou o travessão. A Inglaterra ficou acuada no segundo tempo e não conseguia se organizar no meio campo, errando muitos passes e a todo momento oferecendo a Suécia oportunidades de ataque. A primeira boa chegada dos ingleses na segunda etapa foi com Crouch, aproveitando escanteio de Beckham e cabeceando à direita do gol. Aos 23 minutos, Eriksson colocou Gerrard no lugar de Rooney, visando povoar o meio campo e conter a velocidade dos ataques da Suécia. Seis minutos depois, o técnico da Suécia, Lars Lägerback fez sua segunda modificação no jogo. Depois de ter tirado Jonson para colocar Wilhemssom, ele lançou em campo Elmander no lugar do autor do gol Allback. A Inglaterra melhorou um pouco na partida, mas ainda sofria com as boas e perigosas chegadas da Suécia. Joe Cole apareceu bem aos 40 minutos. Na faixa direita da entrada da área ele cruzou para Gerrard, que livre de marcação cabeceou forte, sem chances para Isaksson. Crouch se movimentou bem no lance do gol, puxando a atenção dos zagueiros para si, visando deixar seu companheiro de clube livre para colocar os ingleses em vantagem. Mas no finzinho do jogo, a Suécia, que tinha dominado todo o segundo tempo, sufocando os ingleses em bolas aéreas, conseguiu a marcãção do gol de empate. Desta vez a jogada foi iniciada por um lateral cobrado da esquerda e não de um escanteio. Edman cobrou forte para a área, o zagueirão Campbell foi enganado pelo quique da bola e Larsson (foto: Reuters) apareceu no meio da marcação dos ingleses desviando para o gol. No fim o resultado foi justo, no jogo que foi o melhor da copa até agora. A Inglaterra foi traída por jogadas ensaidas, que geralmente executa tão bem e mostrou sérios erros de marcação nestes tipos de lance, fato que já tinha ocorrido no jogo anterior contra Trinidad e Tobago. A Suécia além de ter marcado o gol de número 2000 em copas, com Allback, teve outro jogador que protagonizou outro recorde pela seleção sueca. Henrik Larsson fez seu 12° jogo em mundiais (contando jogos de 94, 2002 e esta), batendo um recorde que já tinha igualado na partida contra o Paraguai e seu quinto gol em copas, igualando o feito de Keneth Andersson. No outro jogo deste grupo B, o Paraguai saiu com três pontos da partida contra Trinidad e Tobago, pegando o vôo para casa pelo menos de cabeça erguida deste mundial. Trinidad até que fez mais do que era esperado para uma seleção que vem de um país com menos de 1.5 milhão de habitantes e que conta com um elenco de pouca expressão no cenário do futebol mundial.

segunda-feira, junho 19, 2006

Suiça vence Togo e complica a França e a Ucrânia goleia a Arábia, se recuperando da goleada sofrida na estréia

- A Suiça aproveitou o tropeço dos franceses frente à Coréia ontem, e tomou a liderança do grupo G, pela vitória hoje sobre a seleção de Togo. A seleção africana contou com muitos problemas neste início de mundial. Primeiro o técnico Pfister ameaçou deixar a seleção, mas voltou atrás na decisão. Depois os jogadores de Togo ameaçaram não entrar em campo contra os suiços, por causa do mesmo problema que fez o técnico querer renunciar: o dinheiro da premiação. Os suiços aproveitaram estes problemas internos do adversário, e saíram com um vitória de 2 a 0, convincente. Togo não jogou mal, mas perdeu as chances que teve, principalmente com o melhor da equipe, o atacante Mohammed Kader. Os gols da equipe suiça foram marcados por Frei (foto: BBC) aos 17 da primeira etapa e Barnetta aos 43 da etapa complementar, o último com um belo chute cruzado. A vitória deixou a Suiça como líder com 4 pontos, a mesma pontuação da Coréia que tem saldo menor. A França vem em terceiro com 2 e Togo, já eliminado, com nenhum ponto. Na terceira e última rodada desta primeira fase, a França pega Togo precisando de uma boa vitória enquanto Coréia e Suiça decidem a outra vaga.
- A seleção ucraniana se recuperou bem da goleada sofrida frente à Espanha na estréia, e devolveu a goleada contra a Arábia Saudita, na cidade de Hamburgo. O time comandado pelo técnico Oleg Blokhin conseguiu mudar a postura de sua seleção para este jogo, que entrou muito mais ligada em campo, modificando 3 jogadores do time. Logo aos 4 minutos de jogo, Rusol aproveitou bom escanteio cobrado por Kalinichenko e marcou com os joelhos, para abrir o placar. No início da partida a Ucrânia marcou um gol importante que deu confiança ao time para o resto do jogo. A Arábia Saudita mostrou sinais de fragilidade na defesa e não conseguiu sequer prender a bola no campo de ataque depois do gol sofrido, quando tentou sair mais para o jogo. O clima chuvoso também não era lá dos mais favoraveis para os árabes, que por diversas vezes escorregaram em campo. Shevchenko desta vez mostrou porque protagonizou a segunda negociação mais cara da história do futebol - quando saiu do Milan para o Chelsea no fim da última temporada - e fez uma boa partida, saindo um pouco da área e ajudando na articulação das jogadas de ataque da Ucrânia. O seleção ucraniana ampliou o placar aos 36 minutos, com Rebrov. O meia dominou livre na intermediária e teve espaço para bater para o gol e ainda contar com um escorregão do goleiro Zaid que nada pôde fazer para evitar que a bola entrasse. No primeiro minuto do segundo tempo a Ucrânia praticamente selou a derrota dos árabes. Kalinichenko cobrou falta da esquerda do ataque na cabeça de Shevchenko, que testou sem chances para o goleiro. Os árabes tentaram partir para o ataque, mas os inúmeros passes errados facilitaram a marcação da Ucrânia, que mesmo depois do terceiro gol continuou a atacar. Aos 19 minutos, Kalinichenko recebeu livre na ponta esquerda da área e bateu forte para o gol, mas a bola foi no travessão. Porém, o meia esquerda da Ucrânia merecidamente marcou aos 39 minutos, depois de ter recebido passe de Shevchenko em rápido contra-ataque iniciado por uma roubada de bola no meio campo. O jogador foi considerado pela Fifa o melhor em campo tanto pelo gol quanto pelas duas assistências para gol, ambas em cruzamentos para a área. A Ucrânia depois da goleada dá mostras de recuperação depois do baque da estréia e caminha para uma quase certa classificação no jogo decisivo da última rodada contra a Tunísia, que enfrenta ainda hoje a Espanha. A primeira seleção européia a se classificar para o mundial provou que é uma boa seleção e que pode surpreender na próxima fase.

sábado, junho 17, 2006

Portugal se classifica para as oitavas, Gana surpreende os checos e Itália empata com Eua, no jogo mais violento da copa

- Felipão e o grupo atual de jogadores de Portugal entraram hoje para a história da seleção portuguesa. Depois de 40 anos, Portugal passa à segunda fase de uma Copa do Mundo, através da vitória sobre o Irã por 2 a 0. A seleção portuguesa contou com a volta de Deco, que fez uma boa partida. Portugal começou superior à equipe do Irã, mas tomou sustos com jogadas altas na área. Uma das principais jogadas da equipe no primeiro tempo foi em cobrança de escanteio, que Ricardo Carvalho desviou com perigo. A melhor chance dos iranianos foi aos 30 minutos, quando Teymourian saiu na frente de Ricardo e chutou na trave. Porém a jogada foi anulada por impedimento. Portugal respondeu aos 33, com Cristiano Ronaldo. Ele desviou de cabeça para o gol, depois de escanteio, mas o zagueiro Kabei tirou quase sobre a linha. Portugal teve outra bela chance aos 43 minutos com Miguel, mas o goleiro espalmou para escanteio. O segundo tempo começou favorável para a seleção portuguesa, e a primeira chegada foi com Pauleta aos 6 minutos, desviando um cruzamento da esquerda. Aos 9, Cristiano Ronaldo recebeu e chutou de esquerda, mas Mirzapour conseguiu espalmar. Portugal, apesar de não ser tão perigoso no ataque, obteve as melhores chances do segundo tempo. O Irã só conseguia sair com qualidade pela direita, com o lateral Mahdavikia. Deco estava atuando bem na organização do meio campo lusitano, e apareceu para marcar o primeiro de sua seleção na partida aos 17. Ele tocou para Figo na esquerda. O meia dominou, partiu para o meio da entrada da área e tocou para Deco chutar de primeira no ângulo direito de Rezaei, marcando um belo gol. Aos 23 minutos, Khatibi aproveitou a marcação ineficiente de Mizapour pela esquerda, e tocou para o gol, quase marcando. O Irã arriscou partir um pouco para o ataque, e chegou bem com Hashemiam, em sua característica jogada aérea, aos 32. Logo depois, Figo foi lançado na esquerda e foi derrubado na área. Cristiano Ronaldo (foto: AP) converteu o pênalti, marcando seu primeiro gol em copas. Aos 35 minutos, Deco saiu para a entrada de Tiago. Felipão procurou fechar o meio de campo com esta substituição. Portugal ainda teve mais três chances no finzinho da partida. Aos 43, Golmohammadi deixou o corpo em Cristiano Ronaldo, impedindo a sua passagem, pela faixa esquerda do ataque de Portugal. O zagueiro iraniano saiu contundido, com dores no ombro direito. O próprio Ronaldo bateu a falta perigosamente à direita do gol, pela rede do lado de fora. Nos acréscimos, Tiago ganhou dividida no meio de campo. A bola sobrou para Pauleta, mas ele foi despretencioso e bateu mal. Aos 50, Petit chutou forte de fora da área, mas o goleiro espalmou. Na sequência Simão bateu para o meio da área, e Ronaldo completou. Porém, o gol foi aunlado acertadamente, pois o atacante estava à frente da zaga na hora do chute de seu companheiro de time. Na última rodada, Portugal encara o México, que ontem ficou no 0 a 0 contra a seleção de Angola.
- Em partida valendo pelo grupo E, a República Checa enfrentou Gana, na cidade de Colônia. Surpreendentemente, a seleção africana bateu os checos por 2 a 0, em um jogo movimentadíssimo, deixando a definição das vagas para as oitavas-de-final para a última rodada. Logo aos 2 minutos de jogo, Appiah cruzou a meia altura para Asamoah. Ele dominou bonito tirando da marcação no miolo da defesa checa e bateu para o gol ,(foto:BBC) abrindo o placar. Esta é a primeira partida dos checos contra uma seleção africana em Copas - admitindo as copas disputadas pela antiga Tchecoslováquia. A seleção africana começou muito superior na partida, trabalhando a bola com velocidade, e saindo para o ataque pelos lados do campo. Appiah atuando na articulação do meio campo, Essien um pouco mais recuado, ajudando na transição da defesa para o ataque, e Amoah e Asamoah Gyan pelo comando de ataque. A República Checa teve dificuldades para se encontrar na partida, o que só aconteceu a partir dos 15 minutos, e não contou com Koller e nem com Baros em condições de jogo. Lokvenc foi a única opção para o comando de ataque, mas ele não possui a mesma capacidade de fazer o trabalho de pivô, função que Koller faz com maestria. Nedved começou a sair um pouco mais para o ataque, contando com a ajuda de Rosicky. Poborsky também passou a ajudar no ataque dos checos, e chegou bem aos 29 minutos, batendo cruzado, aproveitando bom passe de Nedved. Mas mesmo com a ascensão dos checos no jogo, Gana continuou a trabalhar a bola com velocidade, quando conseguia tomá-la no campo de defesa. Asamoah no mesmo minuto respondeu. Ele recebeu na área, girou e bateu com perigo sobre a meta de Cech. O goleiro checo apareceu bem por pelo menos duas vezes ou mais no primeiro tempo, garantindo a manutenção do resultado. Aos 38 porém, só teve como ele torcer para a bola sair, em chute rasteiro perigosíssimo. A melhor chance dos checos chegou aos 42 minutos com Rosicky. Poborsky cruzou bem pela direita, mas Rosicky não complementou bem para o gol. Antes do início do segundo tempo, duas mudanças nas duas seleções: Polak entrou no lugar de Galasek - não mudando nada, afinal Polak também é volante e Boateng no lugar de Otto Addo. Logo no primeiro minuto, Nedved aproveitou cruzamento de Poborsky, marcando o gol de empate, mas o gol foi anulado corretamente por impedimento do meia. Gana respondeu aos 6 com Asamoah, mas Cech fez espetacular defesa. Stajner entrou no lugar de Poborsky, e logo ele criou boa chance a favor dos checos. Depois de jogada rápida pela direita, ele cruzou para a área. Lokvenc não aproveitou e na sequência Plasil bateu por cima com perigo. A República Checa chegava bem no ataque, mas dando espaço para os contra-ataques rápidos de Gana. O problema foi a insistência em jogadas ensaiadas e na falta de improvisação e variação de tramas ofensivas. A grande chance dos ganeses veio aos 19 minutos. Amoah entrou na área e quando ia bater para o gol foi derrubado por Ujfalusi. O pênalti foi marcado pelo árbitro Horacio Elizondo, e Ujfalusi foi corretamente mandado para o chuveiro mais cedo. Asamoah foi para a cobrança, mas ele jogou na trave esquerda de Cech, que tinha pulado para o outro canto. Apesar da chance de ouro desperdiçada, Gana continuou explorando os espaços deixados pelos checos, que se tornaram ainda maiores com a expulsão de um defensor. O técnico da República Checa colocou em campo Sionko no lugar de Plasil, visando explorar ainda mais o lado esquerdo campo. Plasil atuava por lá, mais Sionko era mais ofensivo. Com a mudança, Polak foi deslocado para a zaga central. Asamoah chegou por duas vezes seguidas, uma aos 25 e a outra no minuto seguinte, mas Cech evitou que Gana ampliasse o placar com duas ótima defesas. O técnico de Gana procurou fechar um pouco o meio campo, colocando Eric Addo no lugar de Amoah. O merecido segundo gol de Gana chegou aos 38, com Muntari. Ele recebeu de Asamoah, depois do marcador do primeiro gol ter tabelado maravilhosamente com Appiah pela direita do ataque. Muntari teve a chance de marcar o terceiro de Gana na partida aos 43 minutos, mas a falta de calma atrapalhou. Ele recebeu em impedimento de Pimpong - que havia entrado no lugar de Asamoah aos 39, e estava na frente de Cech. Vitória histórica e brilhante de Gana, a primeira seleção africana a vencer neste mundial.
- Itália e Estados Unidos fizeram um jogo que literalmente requeriu o sangue (foto: AP) do atletas em campo. O empate de 1 a 1 não foi bom para nenhuma das seleções. A Itália subiu para a liderança com 4 pontos, o que não é grande vantagem pois Gana e República Checa vem logo atrás com 3 pontos. A seleção americana é a última do grupo com apenas um ponto, e terá que vencer Gana na última rodada e torcer para que os italianos vençam os checos. O jogo começou nervoso e truncado e a única boa chance nos primeiros minutos foi dos americanos. Convey recebeu cruzamento na área, mas cabeceou por cima do gol. A Itália mesmo sem jogar bem marcou aos 22 minutos. Pirlo cobrou falta da direita e Gilardino se abaixou para cabecear no canto direito do goleiro Keller, que nada pôde fazer. Mas cinco minutos depois, Zaccardo tentou cortar cruzamento proveniente de uma cobrança de falta da esquerda e jogou contra a própria meta, marcando contra. O gol deixou a seleção italiana afoita e nervosa em campo, e logo aos 28 minutos De Rossi fez falta criminosa em Mcbride. O atacante americano teve que sair para ser atendido fora do campo, devido ao sangramento, e De Rossi foi expulso. Mesmo com um a menos, a Itália chegou com perigo no minuto seguinte. Toni recebeu lançamento de Pirlo e bateu com perigo para a meta de Keller. Aos 34, Marcelo Lippi mexeu na Itália e tirou Totti para colocar Gattuso, visando recompor o meio de campo. Aos 41, Mastroeni quase marcou, arriscando de fora da área. Mas instantes depois da grande jogada, o volante foi expulso por entrada assassina em Pirlo. No segundo tempo, as expulsões continuaram e logo no primeiro minuto Pope foi mandado embora mais cedo por entrada em Gilardino, recebendo o segundo amarelo. O zagueiro Bocanegra quase seguiu o feito de Zaccardo, e por pouco não marcou contra aos 6 minutos, depois de lançamento, jogando a bola no travessão. Aos 9 minutos, Lippi ousou e colocou em campo Del Piero no lugar do lateral direito Zaccardo. Com a mudança, Perrotta foi fazer a função do companheiro substituído. Apesar do relativo domínio da Itália, os Eua ousavam sair em contra-ataque, principalmente com Donovan. Aos 15, Perrotta foi lançado por Pirlo, mas ele bateu por cima do gol. No minuto seguinte, Laquinta entrou no lugar de Toni e Beasley no de Dempsey. Os Eua chegaram bem aos 17 com Mcbride. Ele recebeu passe de Donovan, mas bateu à esquerda de Buffon. Dois minutos depois, os americanos chegaram de novo. Beasley recebeu na área e marcou. Mas o gol foi anulado corretamente, pois, quando a bola ia em direção ao gol, Mcbride apesar de não ter tocado na bola, de certa forma participou do lance. A anulação do gol levou a loucura o técnico americano Bruce Arena e o banco de reservas dos Eua. Aos 22, a Itália respondeu com Zambrotta batendo com a perna direita de fora da área, levando perigo à meta de Keller. Aos 27, a Ítália teve a melhor chance do segundo tempo. Depois de troca de passes na entrada da área, Pirlo lançou curto para Del Piero. O atacante escorou para o gol, mas Keller espalmou à direita de forma espetacular, evitando que os italianos tomassem a dianteira do placar. Seis minutos depois, os Eua responderam com Mcbride. Cherundolo fez bela meia lua em Pirlo e cruzou para Mcbride, mas ele cabeceou em cima da zaga. Instantes depois, Del Piero chutou de fora da área, mas Keller espalmou novamente. No fim do jogo, a Itália tentou pressionar, mas não conseguiu a marcação do gol da vitória. Este grupo só ficará definido na última rodada com a Itália encarando um difícil embate contra os checos e os americanos enfrentando a surpreendente seleção de Gana. Para quem pensava que os classificados deste grupo seriam Itália e República Checa, é melhor esperar até o último minuto dos dois jogos seguintes.

Argentina humilha Sérvia e a Holanda elimina Costa do Marfim

- A Argentina enfrentou a seleção de Sérvia e Montenegro nesta sexta, e nem Maradona esperava que os argentinos ganhassem com tanta superioridade e imponência. Depois da difícil vitória sobre a Costa do Marfim, José Pekerman rebateu as críticas que tinha recebido pelas substituições defensivas no último jogo e colocou em campo Lucho González no lugar de Cambiasso. A Argentina mesmo com três volantes no papel, entrou em campo muito ofensiva. Logo aos 5 minutos Máxi Rodriguez apareceu de surpresa no ataque, recebeu de Saviola pela esquerda, entrou na área e abriu o placar. O substituto de Pekerman, Lucho González, saiu machucado aos 16 minutos, e Cambiasso entrou. E como ele entrou bem no jogo. A Argentina teve boas chances de ampliar. Crespo aos 24 apareceu bem na pequena área, mas não aproveitou o escanteio de Riquelme. Três minutos depois, Riquelme chutou de esquerda de fora da área, mas sem direção. Aos 30, Cambiasso apareceu completando para o gol uma belíssima jogada coletiva da Argentina. A Argentina tocou na bola exatos 57 segundos, mesmo marcada pelos defensores sérvios. A conclusão saiu de um toque de Saviola para o meio, que Cambiasso aproveitou e tabelou bonito com Crespo. Na sequência Cambiasso (foto: BBC) chutou forte para o gol, comprovando a superioridade e o bom futebol apresentados pelos argentinos. Ainda houve tempo para o terceiro gol, marcado novamente por Máxi Rodriguez, aproveitando a conclusão incompleta de Saviola pela direita. No segundo tempo, o desunido time da Sérvia que conta com sérios problemas internos, começou a sair com um pouco mais de qualidade ao ataque, principalmente pela entrada do atacante Ljuboja, que atuou pela direita, aproveitando as subidas de Sorín ao ataque. A melhor chegada dos Sérvios aconteceu aos 9 minutos. Ljuboja cruzou para Kezman, que ajeitou para o meio da área, mas Milosevic, desequilibrado, não alcançou. O atacante Kezman ainda foi expulso, depois de forte entrada em Mascherano. A partir daí, a Argentina voltou a dominar a partida de forma mais incisiva ainda, e marcou outros 3 gols. Com as entradas de Messi(29´) e Tévez (12´), a Argentina suprimiu as subidas de Ljuboja, e passou a segurar a bola no campo de ataque com rara qualidade. Aos 33 minutos, Riquelme bateu falta rápida na esquerda para Messi, ele avançou na área e cruzou para Crespo deixar o dele e o quarto da Argentina. Tévez fez o quinto em espetacular jogada individual pela esquerda, tirando de dois zagueiros e tocando com categoria para o gol. Messi no fim da partida teve tempo de marcar o sexto da Argentina, depois de tabela entre Crespo e Tévez. A Argentina depois desta vítoria avassaladora, já pode ser considerada uma forte favorita ao título, e foi até agora, o melhor time deste mundial.
- A Holanda venceu a alegre seleção de Costa do Marfim, eliminando-a da competição. O placar de 2 a 1 a favor da Holanda foi construído ainda no primeiro tempo. A Holanda entrou com o mesmo time que enfrentou a Sérvia, com três homens a frente do meio campo. A Costa do Marfim também entrou ofensiva. Apesar de ter uma linha de quatro no meio de campo, os marfinenses atuaram explorando os lados do campo, principalmente com YaYa Toure pela direita e Bakari Kone pela direita. Os volantes também se aproximaram bastante do ataque. O jogo foi equilibrado, mas a Holanda mereceu a vitória por ter assumido uma postura ofensiva na partida e pelas chances aproveitadas. A Costa do Marfim não se intimidou, até porque precisava da vitória ou de pelo menos um empate para continuar viva na competição. Robben, que foi o grande articulador da Holanda na primeira partida, apareceu bem na partida, mas o grande destaque da Holanda foi Van Persie, que atuou muito bem pela direita. Aos 22 do primeiro tempo, Van Persie saiu bem pela direita e foi derrubado na entrada da área. Ele cobrou forte, sem chances para Tizie, abrindo o placar. Apenas quatro minutos depois do primeiro gol, Nistelrooy, que estava discreto na partida, marcou o segundo. Robben partiu bem da intermediária, e depois de tabelar com Van Bommel, tocou para Nistelrooy ampliar o placar (foto: BBC). A Costa do Marfim foi pra cima da Holanda, e aos 32 chegou muito bem com Zokora, chutando na trave de fora da área. No minuto seguinte, Bakari Kone avançou pelo meio, passou por dois marcadores e chutou forte no ângulo direito de Van der Sar. No segundo tempo, as chances apareceram para os dois lados, mas não saiu nenhum outro gol. Henri Michel arriscou, e colocou dois jogadores ofensivos no time: Yapi Yapo e Dindane. Pelo lado da Holanda, Van Basten colocou Van der Vaart. A Costa do Marfim atuou até melhor que a Holanda, com um futebol vistoso e alegre, mas o resultado mesmo foi o 2 a 1 para a Holanda.
- A desclassificação da Costa do Marfim foi injusta, e o resultado mais justo seria o empate. Mas a eficiência da Holanda prevaleceu. Os holandeses se apresentaram bem, atuando muito ofensivos, mas ainda precisam de alguns ajustes no meio de campo, que não participam da criação de jogadas, e muitas vezes chegam a ser estritamente defensivos. Na última rodada, Holanda e Argentina se enfrentam para definir quem será o líder do grupo C. Costa do Marfim e Sérvia fazem um "amistoso", que só valerá a despedida de ambas as seleções do mundial.

quinta-feira, junho 15, 2006

Inglaterra e Equador se classificam para as oitavas e a Suécia bate Paraguai no fim do jogo

- Ontem foi terminada a primeira rodada do mundial, com a abertura do grupo H, e o início da segunda rodada. A Espanha goleou a Ucrânia de forma convincente e avassaladora por 4 a 0, e no confronto entre Tunísia e Arábia Saudita houve um empate de 2 a 2. A abertura da segunda rodada se deu com a Alemanha enfrentando a Polônia, em Dortmund. Os alemães não fizeram uma boa partida, e tiveram dificuldades para vencer a rígida defesa polonesa. O gol só veio no finzinho do jogo, com o reserva Neuville, que completou para o gol um cruzamento de outro jogador que veio do banco de reservas, Odonkor. Com o resultado a Alemanha se classificou para a próxima fase, e a Polônia teve sua eliminação selada.
- Hoje, o Equador enfrentou a Costa Rica em Hamburgo, e se vencesse conquistaria uma inédita vaga nas oitavas-de-final, logo em seu segundo mundial. Como era de se esperar, o Equador começou com um ritmo forte de jogo, marcando a saída de bola dos costa-riquenhos de forma implacável, e atacando pelos flancos. A pressão do início do jogo resultou logo na marcação de um gol. Aos 8 minutos, Valencia fez bom cruzamento da esquerda e Carlos Tenorio marcou seu segundo gol no mundial de cabeça (foto: BBC), abrindo o placar merecidamente para o Equador. O Equador depois dos 20 minutos diminuiu um pouco ritmo, mas ainda mantendo o controle da partida. A Costa Rica não conseguiu criar boas jogadas de ataque, e facilmente perdia a bola para o meio campo do Equador. O técnico Alexandre Guimarães tirou o volante Fonseca logo aos 28 minutos para colocar em campo o atacante Saborio. Era uma tentativa de melhorar o ataque da Costa Rica, que tinha ao menos que empatar a partida para sonhar com uma vaga na próxima fase. Mas os equatorianos quase marcaram aos 40 minutos. Valencia foi à linha de fundo e cruzou, a bola desviou em Marin e quase surpreendeu o goleiro Porras, que voltou a tempo, conseguindo espalmar. No fim do primeiro tempo, a Costa Rica conseguiu equilibrar um pouco a posse de bola, e até arriscou alguns contra-ataques, mas sem muita articulação e perigo à meta adversária. O Equador ainda teve uma chance aos 45 minutos com Delgado na cara do gol, mas o jogador foi displicente e perdeu uma bela chance de ampliar o marcador. O segundo tempo foi mais movimentado, apresentando uma Costa Rica tentando empatar a partida, e um Equador ainda perigoso e incisivo nos ataques. Porras fez boa defesa em chance do Equador aos 7 minutos. Valencia cruzou para Delgado pegar bonito com um voleio, mas o costa-riquenho segurou bem. No minuto seguinte, De La Cruz bateu lateral longo para perto da área, Mendez ganhou dos zagueiros e tocou para Delgado avançar e bater à queima roupa do gol da Costa Rica, ampliando a vantagem. Já é o segundo gol marcado pelo Equador iniciado em cobrança de lateral de De La Cruz. O jogo continuou melhor para o Equador, mesmo com a Costa Rica buscando o gol, principalmente em chutes de fora da área. A melhor chance da Costa Rica surgiu com Saborio aos 41 minutos. Durante pressão costa-riquenha, Bernard aproveitou cruzamento e ajeitou para Saborio. Ele bateu bonito, mas a bola tocou a trave. O Equador respondeu ampliando o placar em belo contra-ataque. Mendez avançou pela direita e cruzou para Kaviedes completar para o gol, selando a vitória por 3 a 0. Agora, na última rodada contra a Alemanha, o Equador joga pelo empate para tentar arrancar a primeira posição do grupo A. As duas seleções têm o mesmo número de pontos, mas o saldo do Equador é maior.
- A seleção inglesa enfrentou Trinidad e Tobago em Nuremberg, buscando a vitória e a classificação para a próxima fase da Copa do Mundo. A Inglaterra já tinha Rooney em condiçoes de jogo, mas Sven Goran Eriksson só o usou na segunda etapa. Carragher começou a partida na lateral direita no lugar de Gary Neville machucado. Os ingleses, como previsto, começaram dominando a partida, e logo aos 5 minutos tiveram uma grande chance de abrir o placar. Lampard recebeu bom passe de Crouch da direita e chutou forte, Hislop espalmou para a frente da pequena área, mas Owen não conseguiu aproveitar o rebote. Trinidad iniciou a partida com postura bem defensiva, esperando a Inglaterra no campo de defesa para tentar sair no contra-ataque se possível. A Inglaterra começou usando muito o lado esquerdo do campo com Ashley Cole e Joe Cole, e aos 15 minutos foi criada uma grande chance por Joe Cole. Ele partiu pelo lado esquerdo do campo, se livrou do seu marcador e cruzou para a área. Crouch na segunda trave tocou de leve para o gol, mas com perigo. Hislop desviou para escanteio. Trinidad conseguiu chegar aos 22 minutos, com Yorke cruzando da direita, mas Robinson interceptou. Trinidad apesar das limitações se comportava bem no campo de defesa. O meio de campo da Inglaterra, assim como no jogo contra o Paraguai, não se comportou bem durante o primeiro tempo, e teve atuação muito abaixo do que se esperava. Lampard apareceu bem aos 33 minutos. Ele chutou forte de fora da área e a bola passou perto do gol. Crouch perdeu outra chance aos perto do fim da primeira etapa. Beckham foi lançado na direita e cruzou para Crouch, livre na grande área desperdiçar na frente de Hislop, em um esquisito voleio. A grande chance de Trinidad veio no fim do primeiro tempo. Depois de lançamento da intermediária, a bola foi ajeitada na área para Stern John, que cabeceou e viu a bola ser tirada por Terry quase sobre a linha. Os dois times retornaram inalterados para o segundo tempo, e a Inglaterra manteve o domínio sobre os lutadores trinitinos, marcando os ingleses com 11 no campo de defesa. Owen teve grande chance aos 10 minutos. Depois de cobrança de falta de Beckham, o atacante cabeceou perigosamente à direita do gol. Rooney e Lennon entraram no jogo aos 12 minutos, nos lugares de Owen e Carragher respectivamente. Lennon já entrou dando mais mobilidade no lado direito do ataque da Inglaterra. Isso fez com que Beckham subisse mais ao campo de ataque. Rooney entrou caindo mais do meio para a esquerda. Ashley Cole voltou a atacar mais, deixando a defesa bastante exposta. Aos 24 minutos, Beckham cruzou bem para Crouch desperdiçar mais uma vez, por cima do gol. Cornell Glen entrou no lugar de Jones aos 24 minutos. Downing entrou na partida no lugar de Joe Cole, para atuar também pelo lado esquerdo. Lampard apareceu mais no segundo tempo e teve pelo menos três boas chances de marcar, mas as desperdiçou. Aos 31 minutos, ele perdeu uma destas boas chances. Crouch tabelou bonito com Rooney, depois de lançamento de Ferdinand, Lampard recebeu de Crouch mas finalizou em cima de Hislop. No minutos seguinte, Ferdinand fez bom passe para Lampard que se infiltrava na defesa trinitina, mas o meia do Chelsea bateu à direita do gol. Stern John, em um dos perigosos contra-ataques de Trinidad, recebeu na entrada da área, mas bateu sem direção à direita do gol. Crouch se redimiu das muitas chances perdidas na partida e marcou aos 38 minutos. Lennon ajeitou para Beckham pela direita do ataque da Inglaterra, o meia inglês cruzou maravilhosamente para Crouch testar forte (foto: AP) e abrir o placar. Gerrard ainda teve tempo de marcar o dele, no seu melhor estilo. Ele dominou na entrada da área e bateu forte de esquerda, ampliando o placar e garantindo aos ingleses a classificação para as oitavas. Trinidad ainda tentou uma reação no final da partida, e chegou a marcar com Stern John, completando chute cruzado de Cornell Glen, mas o gol foi anulado corretamente. A Inglaterra mereceu a vitória pois criou as melhores chances e buscou mais o gol. A seleção de Trinidad fez uma boa partida dentro do que tinha em mente, marcou bem, e deu alguns sustos nos ingleses. Apesar da derrota a seleção estreante em copas ainda tem chances de se classificar, e enfrenta o Paraguai na última rodada.
- Ainda falando sobre o grupo B, a Suécia enfrentou o Paraguai no estádio Olímpico de Berlim, em uma partida dramática. O time sueco estava disposto a bater os sul-americanos, depois do tropeço histórico contra Trinidad e Tobago. O Paraguai buscava a vitória para tentar a terceira passagem consecutiva para as oitavas-de-final. O jogo começou muito mais para a Suécia, que chegava com perigo pelos flancos, e chutando de fora da área, principalmente com Kallstrom, que jogou no lugar de Svensson. O Paraguai começou a partida se encolhendo demais, assim como na partida contra a Inglaterra. A Suécia dominou o primeiro tempo, mas não conseguiu a marcação de seu gol, devido à falta de qualidade nas finalizações. O Paraguai quando saía para o campo de ataque, o fazia com muita lentidão e sem criatividade, e só arriscava em finalizações de fora da área. No segundo tempo, o Paraguai começou a sair mais para o campo de ataque, principalmente com o atacante Valdez, que nos primeiros minutos de jogo teve duas chances de marcar, sempre caindo pela esquerda. Ibrahimovic não foi tã eficiente na partida, e deu lugar ao centroavante Allback. Aos 8 minutos, Larsson teve boa chance em cobrança de falta, mas Bobadilla espalmou bem. Allback apareceu duas vezes bem. Primeiro aos 12 minutos, ele saiu na cara do gol, depois de boa trama do ataque sueco, mas foi marcado impedimento erradamente. No minuto seguinte ele recebeu belo lançamento de Linderoth, do campo de defesa, e tocou por cobertura, tirando do goleiro. A finalização não foi com tanta força, e ele correu para a pequena área para tentar completar para o gol, porém Caniza apareceu bem e cortou. Aos 16 minutos, Julio dos Santos entrou no lugar de Riveros e aos 22, Wilhemssom deu lugar a Jonson. No mesmo minuto da substituição da Suécia, Allback avançou na área e cruzou bem para Larsson, mas ele cabeceou por cima. Allback apesar de ser um centroavante, deu muito mais consistência ao ataque, saindo da área e possibilitando boas tramas de ataque com Larsson e Ljungberg. O Paraguai quando chegou, arriscou de fora da área, como aconteceu aos 31 e aos 33. No minuto seguinte à chance do Paraguai, Larsson aproveitou cruzamento e ajeitou para Allback. O atacante tentou finalizar de costas, mas Bobadilla bem colocado defendeu. O Paraguai respondeu com Barreto, que havia substituído o lateral direito Bonet, batendo de longe, mas Isaksson desviou de leve para escanteio. Kallstrom, um dos melhores em campo, saiu aos 40 minutos para a entrada de Elmander. Quando o empate parecia ser o resultado final em Berlim, Ljungberg apareceu para salvar os suecos. Aos 46 minutos, depois de levantamento para a área da direita, Allback com muita visão de jogo, ajeitou para Ljungberg cabecear no contrapé do goleiro, e marcar o gol da vitória. Alguns instantes depois, o mesmo Ljungberg quase ampliou chutando de fora da área, mas Bobadilla fez bela defesa. O Paraguai foi infeliz nos dois jogos que disputou, jogando muito fechado e defensivo, e mereceu ser desqualificado. A Suécia não foi brilhante na partida, mas pelo número de chances criadas e por ter sido o time que mais buscou o gol, mereceu a vitória. Na última rodada, Suécia e Inglaterra se enfrentam em jogo valendo a liderança do grupo, enquanto Paraguai enfrenta Trinidad e Tobago, que ainda tem chances de se qualificar para a próxima fase.

terça-feira, junho 13, 2006

Kaká dá a vitória ao Brasil, que não estreou bem...

- A seleção brasileira iniciou sua campanha na Copa do Mundo da Alemanha contra a Croácia. Venceu apenas por 1 a 0, não apresentando o futebol que a torcida esperava, mas de qualquer forma garantiu os três primeiros pontos no mundial. A partida foi realizada em Berlim, que recebeu um público de 72000 pessoas. O Brasil parou para ver a seleção brasileira. Todos saíram mais cedo do trabalho ou da escola, para ver a estréia dos pentacampeões em mais um mundial.
- O árbitro do jogo foi o mexicano Benito Archundia, o mesmo da final do mundial Interclubes do ano passado, entre São Paulo e Liverpool. O Brasil durante as fases de preparação, tanto em Weggis quanto em Konigstein, deu mostras que se preparou bem, apesar de ter jogado dois amistosos contra adversários frágeis. A nossa seleção começou a partida marcando por pressão a saída de bola da Croácia, não permitindo o adversário atacar. Logo aos 4 minutos, o Brasil chegou com Kaká, que cruzou da direita com perigo, obrigando Kovac a afastar. Na sequência Roberto Carlos arriscou de direita, mas jogou longe das redes. Aos 8 minutos, Kaká apareceu de novo, em ataque iniciado por Ronaldinho, mas chutou muito forte e sem direção. A partir dos 10 minutos, o Brasil aliviou a marcação e recuou a defesa, permitindo a Croácia partir para o ataque, principalmente pelo lado esquerdo, com Dado Prso. Ronaldinho não conseguiu fazer o seu melhor jogo, e insistiu excessivamente em passes longos para Adriano e Ronaldo. Prso partiu por diversas vezes pelo lado esquerdo sobre Lúcio, e ainda contou com a ajuda do lateral Babic nas subidas ao ataque. A seleção brasileira conseguiu criar uma boa chance com Roberto Carlos aos 14 minutos. O lateral se apresentou no meio do ataque, e chutou forte, obrigando Pletikosa a boa intervenção. Na sequência, Ronaldinho cobrou escanteio para a entrada da área, e Roberto Carlos experimentou novamente, mas desta vez isolou. Como a seleção brasileira tinha dificuldades em marcar o lado esquerdo do ataque croata, Émersom em algumas oportunidades teve que sair do meio para ajudar na marcação. Em uma dessa saídas, o volante deixou o meio livre para Kranjcar receber e chutar forte à direita de Dida. Para quem pensava que Parreira teria problemas em orientar a defesa, o ataque é que mostrou as maiores deficiência do Brasil no jogo. Ronaldo, ainda em fora de forma, simplismente não apareceu para o jogo, e ficou plantado no meio da defesa croata. Ronaldinho e Kaká ficaram espalhados cada um em um flanco do campo, anulando qualquer ligação entre meio e ataque. Adriano até que saiu algumas vezes da área para tentar buscar jogo e abrir espaços, mas sem sucesso. A Croácia criou duas chances sucessivas aos 26 e aos 31 minutos. Primeiramente, Klasnic recebeu livre de marcação no meio e chutou para o gol, mas a bola desviou em Lúcio. Depois, Srna cobrou falta da esquerda do ataque croata, a zaga brasileira deixou dois jogadores livres para cabecear ao gol, mas a oportunidade não foi aproveitada. No fim do 1° tempo, a seleção brasileira começou a reagir um pouco na partida, e a arriscar segurar a bola um pouco mais no campo de ataque. Logo depois da saída do capitão da Croácia Niko Kovac por contusão em duas divididas, uma com Adriano e uma com Zé Roberto, a seleção conseguiu marcar aos 44. Émersom roubou bola em ataque croata e lançou Cafu na direita, ele viu Kaká pelo meio e tocou, o meia dominou e bateu de esquerda no ângulo de Pletikosa (fotos: acima BBC, kaká comemora AP). Os dois times voltaram inalterados para o segundo tempo, e a Croácia foi com tudo para tentar o empate. Logo aos 5 minutos, Dida foi obrigado a trabalhar em chute de Prso, que agora atacara pelo lado direito do ataque. Minutos depois, Klasnic teve boa chance de marcar. Depois de um chute de fora da área, a bola espirrou no próprio Klasnic, e na sequência ele chutou forte, mas no meio do gol, e Dida pôde defender seguramente. Ronaldo enfim se apresentou e se movimentou no ataque brasileiro, e aos 10 minutos bateu de fora da área, perto do gol. A seleção deu mostras que estava viva na partida, e aos 10, Ronaldinho quase marcou de cabeça, depois de um bom cruzamento de Cafu, mas o goleiro croata espalmou bonito. Parreira mudou o time, e tirou o ineficiente Ronaldo para a entrada de Robinho, aos 23 minutos. No minuto seguinte a substituição, a Croácia bateu escanteio curto, Babic recebeu e bateu perigosamente para o gol, mas Dida defendeu em dois tempos. Aos 26, o Brasil mostrou melhorias com a entrada de Robinho, que saía da área e ajudava na armação de jogadas, abrindo a defesa adversária. Kaká, depois de troca rápida de passes no ataque, chutou forte à esquerda da meta. Dois minutos seguintes, Robinho apareceu bem pela direita e chutou cruzado, Adriano tentou desviar para o gol, mas errou o alvo. Com a entrada de Robinho, Adriano também melhorou na partida, aproveitando a intensa movimentação entre os três meias. Quando o jogo se aproximava do fim, um torcedor croata invadiu o campo, mostrando falhar terríveis de segurança no estádio Olímpico de Berlim, que sediará a final do torneio. Vale destacar que a dupla Robinho e Adriano foi a que mais deu certo no comando de ataque da seleção, pelo menos é o que os números mostram. Essa foi a dupla que atuou na Copa das Confederações do ano passado. O jogo terminou com o placar magro de 1 a 0, e marcou a 8ª vitória seguida do Brasil em copas do mundo - em 2002 a seleção ganhou todos os sete jogos. A marca alcançada dá ao Brasil a maior série de vitórias em sequência em Copas do Mundo. Kaká foi o melhor em campo, principalmente pela sua movimentação em campo e é claro pelo lindo gol. Parreira se mostrou satisfeito com a vitória, e minimizou a má atuação da seleção. Ele destacou que o Brasil vai evoluir com o decorrer da copa e que o próximo jogo contra a Austrália no domingo, não será fácil.

França empata e Coréia é líder do grupo G

- Antes de falar da vitória da seleção brasileira, vamos ver como foi a abertura do grupo G. A Coréia enfrentou a seleção de Togo em Frankfurt, abrindo o grupo G. O quarto colocado do último mundial não começou bem a partida e viu Togo se sentir bem a vontade em sua estréia em mundiais. O atacante de Togo, Kader foi o que mais se movimentou no campo de ataque, e criou boas jogadas. E foi justamente ele quem abriu o placar aos 26 minutos, chutando forte no canto esquerdo do goleiro. A Coréia não conseguiu impor seu jogo de contra-ataques rápidos e errou muitos passes quando saía para o campo de ataque. Mas no segundo o jogo mudou. Houve uma aproximação dos meias coreanos ao ataque, e a Coréia começou a jogar melhor. Aos 9 minutos Chun-Soo Lee empatou a partida, logo depois da expulsão de Abalo de Togo, com o segundo amarelo, por uma entrada dura em Park. A Coréia se mostrou um time organizado em campo, e conseguiu virar a partida aos 27 minutos com Ahn, o melhor em campo (foto: BBC). O técnico holandês Advocaat destacou a tranquilidade dos jogadores a boa postura dos coreanos em campo, e se mostrou muito contente com a vitória.
- Ainda pelo grupo G, a França encarou a Suiça em Stuttgart, e não saiu do 0 a 0. O time comandado por Zidane entrou com um ataque diferente do habitual. O técnico Domenech relacionou Frank Ribery para o jogo. O jogador de 23 anos, nunca havia atuado antes como titular, e ganhou a vaga para a copa sem nem mesmo ter participado do grupo que disputou as eliminatórias européias. Ele literalmente ganhou a posição "correndo por fora". A seleção francesa enfrentou a Suiça por duas vezes nas eliminatórias, e teve dificuldades, empatando nas duas oportunidades. A França começou o jogo com mais volume de jogo, contando com a aproximação de Zidane com o rápido Ribery, abrindo espaços na defesa suiça. Henry chegou porm algumas vezes ao ataque, mas não conseguiu finalizar bem. A Suiça pouco chegou ao ataque com perigo, e começou a partida apostando em lançamentos longos da intermediária de sua defesa. Mas aos 23, os suiços assustaram os franceses. Depois de cobrança de falta pela esquerda, a bola foi desviada na área e tocou a trave (foto: BBC), na sequência o atacante Frei tentou finalizar, mas chutou prensado. Apesar do relativo domínio que a França tinha na partida, a Suiça chegou com perigo em bola parada. A França respondeu aos 30 e aos 32, com Ribery e Henry, mas finalizaram mal. Perto do fim do primeiro tempo, Ribery aproveitou falha da zaga pela esquerda do ataque francês, avançou até a área e tocou para Henry, que mesmo sem dominar com firmeza chutou para o gol. A bola tocou no braço de um dos zagueiros, mas nada foi marcado. A França iniciou o segundo tempo como começou o primeiro, dominando a posse de bola. Logo aos 3, Vieira recebeu na entrada da área, depois de bom ataque iniciado por Zidane e Ribery, mas chutou mascado, longe do gol. Gygax, que era esperado para iniciar o jogo, entrou no lugar de Streller, que veio de contusão e pouco ajudou no ataque suiço. O número 10 da Suiça mudou a cara do ataque, e já entrou se movimentando bastante, possibilitando aos suiços assumir controle da partida. Aos 19 ele quase marcou depois de cruzamento recebido da esquerda, mas Barthez evitou com os pés. A Suiça a partir da grande chance criada se animou na partida e aproveitando a apatia e lentidão dos franceses, tomou conta do jogo. O técnico francês até tentou fazer com que o time tivesse mais poder de ataque, e tirou o cansado Ribery para a entrada de Saha. A França até esboçou uma possível reação, mas esbarrou na falta de pontaria e no visível desgaste físico - vale a pena lembrar que a França tem a maior média de idade do mundial. A Suiça também sofreu um pouco, principalmente com o calor, e diminuiu o ritmo no fim da partida. A França ainda teve tempo de um último suspiro no jogo, aos 44 minutos. Dhorasoo, que havia substituído Wiltord, aproveitou bonita ajeitada de peito de Saha na área, e chegou batendo. A bola passou à direita do gol. Com o segundo 0 a 0 na Copa, França e Suiça ficam na segunda posição do grupo G, e a Coréia que bateu Togo, fica com a liderança.
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segunda-feira, junho 12, 2006

República Tcheca goleia EUA e Itália bate Gana na abertura do grupo E

- A seleção da República Checa estreou em copas hoje com o nome atual contra os Estados Unidos, que está no seu quinto mundial seguido. A seleção americana entrou em campo comandada pelos meias Reyna e Donovan. Ambos estiveram no último mundial, em que os Estados Unidos chegaram nas quartas-de-final. A seleção Checa entrou em campo completa, contando com apenas um desfalque: o de Milan Baros, que está machucado e não tinha condições de jogo. Vale a pena lembrar que o meia Smicer, do PSG, não foi convocado devido à uma contusão antes do mundial. O jogo começou movimentado e aberto, e a Répública Checa mostrou a que veio logo aos 4 minutos. Grygera foi lançado do campo de defesa checo e partiu pela direita. De cabeça erguida ele cruzou para Koller cabecear forte à queima roupa do goleiro Keller. Koller que tem importância não só em jogadas aéreas, mas que executa função de pivô. Usando a força física e a altura (2,02 m e 100 kg), ele pode proteger a bola e ajeitar para quem vem de trás finalizar ou armar jogadas. Os dois times contam com uma semelhança: a alta média de idade, que passa dos 28 anos. A República Checa cresceu depois do gol, e aos 23, Grygera teve boa chance depois de jogada de Nedved, em cabeçada. A seleção americana contava com apenas um atacante isolado, Mcbride, assim como os checos com relação a Koller, mas faltou qualidade no meio campo. Aos 27 minutos, os Estados Unidos tiveram a melhor chance no jogo de marcar. Mas os checos reagiram bem. Rosicky (foto:BBC) fez belíssimo gol de fora da área, depois de ter aproveitado sobra da zaga americana, ampliando o placar. Depois da euforia do gol, no fim da partida, a seleção teve uma baixa. O atacante Koller se contundiu gravemente, sozinho, quando corria em direção à grande área. A perda do jogador para os próximos jogos parece certa, e a República Checa terá sérios problemas sem sua principal referência no ataque. No segundo tempo, o técnico americano Bruce Arena, o responsável pela ascensão do futebol americano nos últimos anos, colocou em campo dois homens de frente: O´Brien e Johnson. Com a mudança o time ficou mais ofensivo, e Reyna recuou um pouco, assumindo a posição de 2° volante. A seleção americana até conseguiu ficar mais com a bola, acumulando mais volume de jogo, mas faltou chances claras e ataques realmente eficientes por parte dos meias. A República Checa quando atacou levou muito mais perigo. Lokvenc, o substituto de Koller, quase marcou aos 15 minutos, mas finalizou mal, nas mãos de Keller. O meio de campo dos checos foi muito mais compacto e organizador do que o americano. Nedved por diversas vezes teve espaço para lançar jogadores em velocidade, e os volantes aproveitaram os erros do ineficiente ataque americano, para roubar a bola e sair com qualidade ao ataque. Rosicky teve boa chance aos 22, ao bater de fora da área, mas a bola caprichosamente bateu no travessão. A seleção americana só conseguiu criar boa chance aos 25 minutos, quando Johnson chutou de fora da área, perto do gol de Cech. Quando os americanos começavam a esboçar uma reação, o craque Nedved apareceu. Aos 30 minutos, em contra-ataque rápido, ele tocou para Rosicky que saiu da intermediária sem marcação, pegando de surpresa a defesa dos EUA. Ele entrou na área e ampliou o placar para 3 a 0. O jogo terminou com este mesmo placar para alegria da maioria checa no estádio de Gelnsenkirchen. Dos times que venceram neste mundial até agora, contando com a Itália que venceu Gana (no próximo tópico), a República Checa foi o time que apresentou o melhor futebol e consequentemente a que mais convenceu.
- A Itália enfrentou Gana em Hannover, no complemento da primeira rodada do grupo E. O trio de arbitragem escalado para o jogo foi todo brasileiro, contando com o juiz Carlos Eugênio Simon. Alguns dos destaques do lado de Gana: Appiah, Essien, Kuffour e Muntari. Pelo lado da Itália (os 23 atuam na bota), o time estava incompleto, ainda sem Gattuso e Zambrotta, ambos machucados. O início de partida foi movimentado e bem aberto, com os dois times se arriscando no ataque. A Itália contou com um meio de campo mais defensivo, atuando com três volantes: De Rossi, Perrotta e Pirlo, e apenas Totti na armação. Já Gana entrou com uma postura mais ofensiva, apostando na velocidade dos alas. Logo no início de jogo, Luca Toni saiu por diversas vezes da área, buscando espaço para jogar, e Fabio Grosso iniciou o jogo apoiando bastante pela esquerda. Por volta dos 10 minutos, Gilardino perdeu boa oportunidade de marcar. O atacante do Milan, aproveitou cruzamento não aproveitado por Toni, e bateu para o gol. A bola desviou no goleiro Kingston, que começou nervoso a partida e saiu por duas vezes precipitadamente em cruzamentos, e ainda chegou a tocar na trave direita. Aos 15 minutos, Totti em boa jogada ensaiada de Pirlo recebeu na boca da área, mas bateu por cima do gol. Luca Toni teve bela chance aos 26 minutos, mas chutou a bola no travessão, em bom ataque rápido. Gana que vinha tentando se aproximar do gol de Buffon, respondeu aos 28 em chute de Asamoah, que saiu à direita do gol. Gana chegou bem novamente, desta vez com Essien, que partiu pela esquerda e bateu perto do gol de Buffon. Totti colocou a Itália de novo na partida, cobrando falta da intermediária, que o goleiro espalmou. Na sequência, em escanteio da direita do ataque italiano, Cannavaro quase marcou de cabeça. A Itália finalmente marcou aos 40, em jogada ensaiada provinda de escanteio. Totti bateu curto, Pirlo dominou na ponta esquerda da área, e bateu bonito para o gol. A bola quase tocou Gilardino, que se abaixou, possibilitando o belo gol. Aos 44, Grosso ainda teve tempo de quase marcar, mas o goleiro Kingston saiu bem do gol, fechando o ângulo do lateral. A Itália manteve o ritmo no início do segundo tempo, e quase marcou com Gilardino. A Itália durante todo o jogo aproveitou os inúmeros erros na saída de bola de Gana, e conseguiu iniciar ataques rápidos. Gana reagiu, e chegou aos 8 minutos com Essien, que bateu forte, mas Buffon conseguiu espalmar. O meia Totti teve uma contusão na panturrilha e teve que deixar o gramado para a entrada de Camoranesi. A entrada dele fez com que a Itália recuasse um pouco mais, e jogasse nos erros de Gana. Mesmo sem um armador nato, a Itália chegou aos 20 minutos, em cabeçada de Perrotta, que Kingston defendeu no meio do gol. No minuto seguinte, Perrotta, que caiu bastante pela esquerda, teve outra chance. Ele recebeu na frente do gol, e bateu forte, mas Kingston novamente fez belíssima defesa. Minutos depois, De Rossi deslocou Asamoah na área com os dois braços, caracterizando um pênalti, mas Simon nada marcou. A Itália conseguiu sair novamente ao ataque aos 29 minutos. Iaquinta foi lançado em impedimento, e na sequência, mesmo depois da marcação da infração, Kuffour entrou com um carrinho por trás no jogador italiano, quase o contundindo seriamente. Simon novamente nada sinalizou, nem ao menos deu ao jogador um merecido cartão vermelho. Logo depois da entrada de Del Piero no lugar de Luca Toni, Pirlo roubou bola no campo de ataque de Gana e lançou Iaquinta marcador somente por Kuffour. O jogador de Gana até conseguiu se antecipar ao italiano, porém recuou mal para o goleiro. Iaquinta (foto:BBC) aproveitou o erro, passou pelo goleiro e selou a vitória da Itália por 2 a 0. A vitória foi merecida apesar de a Itália não ter sido brilhante na partida.

Austrália vence Japão de virada

- As duas seleções fizeram o jogo de abertura do grupo F, o mesmo do Brasil. A Austrália começou melhor a partida, e logo aos 6 minutos obrigou Kawaguchi a duas grandes defesas, em duas finalizações em sequência de Viduka. O Japão não jogou bem, mas teve sorte. Aos 26 minutos, Nakamura cruzou para a área, o goleiro Schwarzer saiu precipitadamente e ainda trombou com Takahara, mas a bola seguiu para o fundo das redes. Kawaguchi foi fundamental para o Japão na primeira etapa. Antes do gol, o goleiro havia feito pelo menos duas boas defesas, e no fim do 1° tempo evitou o que seria o gol de empate australiano, em falta cobrada por Bresciano. A Austrália entrou bem na partida, e mesmo depois de ter levado o gol, teve chances de empatar. Guus Hiddink escalou o time com três jogadores de frente, Kewell, Viduka e Emertom, que se movimentaram bastante, em resposta aos três zagueiros colocados por Zico. O segundo tempo não foi muito bom para as ambas as equipes, que insistiram em jogadas aéreas e em lançamentos da intermediária. Tim Cahill, jogador do Everton, entrou aos 7 minutos no lugar de Bresciano, e mudou a sorte dos australianos. A frágil defesa do Japão se segurou até os 37 minutos, quando ele (foto: BBC) empatou a partida aproveitando falha grotesca na saída do gol de Kawaguchi. O gol foi o primeiro dos australianos em copas do mundo. A Austrália continuou mantendo o ritmo, e aos 43 virou o jogo com o mesmo Cahill, batendo da entrada da área, livre de marcação. Aloisi ainda teve tempo de dar números finais a partida, já nos acréscimos. Zico se mostrou muito aborrecido com a derrota, e frizou os problemas da defesa em jogadas aéreas, e as chances perdidas de ampliar o placar no primeiro tempo. O jogo mostrou uma Austrália competitiva e forte nas jogadas aéreas e um Japão com sérios problemas na defesa e muito inseguro em campo.
- No sábado a seleção brasileira fez o último treino coletivo para o mundial, e apresentou problemas. Os reservas bateram os titulares por 3 a 0, mas mesmo com a derrota, Parreira disse que a seleção está preparada para o jogo de terça. Parreira se mostrou um pouco irritado com os últimos treinos, mas disse não ter perdido a confiança no time. Hoje a seleção fez um treino de reconhecimento do gramado do estádio Olímpico de Berlim, onde acontecerá o jogo de amanhã (foto: AP).

domingo, junho 11, 2006

México atropela Irã, Holanda bate Sérvia e Portugal vence Angola, mas sem convencer


- A Holanda enfrentou a Sérvia em Leipzig, abrindo a rodada de hoje da Copa do Mundo. O jogo foi movimentado, sobretudo por jogadas rápidas de ambos os times. Logo aos 2 minutos, a Holanda mostrou as caras com Robben, que cabeceou para a firme defesa de Jevric. Stankovic respondeu aos 9 em cobrança de falta, mas Van der Sar defendeu. Milosevic teve boa chance aos 13 minutos, mas não conseguiu alcançar a bola que veio de um bom cruzamento da esquerda. Aos 17 minutos, Robben recebeu bom passe de Van Persie, avançou por trás da zaga adversária e bateu para o gol tirando do goleiro. Instantes depois do gol, Robben teve outra bela chance. O atacante que foi com sobras o melhor em campo, bateu forte de fora da área, obrigando o goleiro Jevric a fazer uma grande defesa para impedir o segundo gol. No segundo tempo, não houve muitas chances de gol, mas os times tentaram o gol. A primeira boa chance veio aos 16 minutos com Sneijder, que bateu de fora da área, mas Jevric defendeu em dois tempos. A melhor chance da segunda etapa surgiu de cobrança de falta de Van Persie. A bola foi defendida em parte pelo goleiro, e em seguida raspou a trave direita do gol da Sérvia. O placar permaneceu 1 a 0 para os holandeses, que empatam com a Argentina na liderança do grupo C. Na foto (BBC), festa dos holandeses depois do gol de Robben.
- O México enfrentou o Irã em Nuremberg, marcando a abertura do grupo D. O México foi ao jogo com um time bastante competitivo, contando com Marquéz, Borgetti e Pavel Pardo, os principais da equipe. A principal ausência dos mexicanos neste mundial, é a do atacante Chuatemoc Blanco, que esteve nos últimos mundiais, mas foi afastado pelo técnico argentino Ricardo La Volpe, que dirige o México desde 2003. O Irã também conta com um time bem entrosado, e foi a Nuremberg com força máxima. O jogo começou aberto, mesmo com o México fechado na zaga com três defensores, o Irã conseguiu criar boas chances. Logo aos 2 minutos, Mahdavikia bateu com perigo de fora da área. O Irã usou a tática de esperar o México atacar, para sair com velocidade ao ataque, na maioria das vezes com Ali Karimi. Aos 11, o gol quase saiu para o lado dos iranianos. Ali Karimi fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Hashemiam cabecear forte, mas Sanchez fez belíssima defesa. O México abusou muito em bolas alçadas na área e permitiu que o Irã dominasse a bola e partisse em velocidade ao ataque. Mas a insistência do México no jogo aéreo funcionou. Pavel Pardo cobrou falta pela direita do ataque mexicano. Guillermo Franco cabeceou bonito e Omar Bravo completou para o gol, abrindo o placar aos 28 minutos. Mas aos 36, o México sofreu do seu próprio veneno. Em escanteio da direita do ataque iraniano, Hashemiam cabeceou em cima do goleiro, na sobra Golmohammadi empatou a partida. O resultado foi justo na primeira etapa e mostrou um Irã apresentando um bom futebol. No segundo tempo, logo no início, Jared Borgetti foi substituído por lesão por Fonseca. O brasileiro naturalizado mexicano Zinha e Perez também entraram no segundo tempo. O segundo tempo foi marcado porm um jogo muito cadenciado do México, que apostou em cruzamentos e por um Irã muito recuado em campo, oferecendo aos mexicanos a oportunidade de conter a posse de bola. Mas o México teve sorte. Aos 31 minutos o goleiro Mirzapour fez má reposição de bola e na sequência outro erro da defesa; o zagueiro Rezaei perdeu para Zinha, que tocou para Omar Bravo deixar o México novamente em vantagem. Três minutos depois, Martinez fez belo cruzamento da direita e Zinha (foto: BBC) completou a jogada de cabeça, ampliando o placar para 3 a 1. O México não foi brilhante na partida, mas mereceu a vitória. O Irã mostrou um primeiro tempo vistoso, mas acabou pecando por recuar no segundo tempo.
- Na cidade de Colônia, a mais antiga da Alemanha, houve um confronto de dois países com uma língua em comum, o português. Portugal enfrentou sua ex-colônia Angola (independente desde 1975), em um jogo histórico para as duas equipes.
Portugal entrou sem Deco, que tinha treinado entre a equipe titular nos treinos da semana passada, mas mesmo assim não foi para o jogo. Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta (o goleador das eliminatórias européias com 11 gols) estavam confirmados para o jogo. Pelo lado da Angola, seus principais jogadores também estavam em campo, como Figueiredo, Akwa e André. Mas Mantorras, atacante do Benfica, ficou no banco de reservas por opção do técnico. Portugal começou o jogo de forma avassaladora e quase marcou com menos de 10 segundos de jogo, com Pauleta. Ele recebeu bom passe de Simão, e bateu cruzado, à esquerda do gol. Mas o atacante, que é o maior goleador da história da seleção portuguesa, superior até a Eusébio, não demoraria a marcar. Aos 4 minutos, Figo arrancou do meio de campo, entrou na área se livrando de Jamba e tocou para Pauleta (foto:BBC) bater de esquerda, marcando seu 47° gol com a camisa de Portugal em 83 jogos. Portugal entrou com um meio de campo mais leve do que estamos acostumados a ver. Ao invés de Costinha e Maniche como volantes, Luis Felipe Scolari colocou em campo Tiago e Petit, que são volantes com mais mobilidade mas com menos pegada no meio de campo. Aos 4 minutos, Pauleta quase marcou, na saída precipitada de João Ricardo. Portugal foi diminuindo o ritmo que havia imposto no início de jogo, e Figo desapareceu da partida. Simão e Cristiano Ronaldo também pouco apareceram. Com essa postura de Portugal, Angola ganhou certa confiança e começou a arriscar mais, segurando a bola no campo de ataque e procurando se aproximar da área, mesmo sem muita qualidade. A Angola respondeu aos 24 minutos com boa jogada de Akwa, de bicicleta. A falta de marcação dos dois volantes de Portugal permitiu a Angola criar algumas jogadas e chutar ao gol. Portugal respondeu bem aos 34. Depois de escanteio de Figo, Cristiano Ronaldo cabeceou na trave, perdendo uma grande chance. Aos 42 minutos, André bateu forte de fora da área, fazendo Ricardo defender com maestria. Cristiano Ronaldo ainda teve uma boa chance antes do fim da primeira etapa. O jogador recebeu bom passe de Miguel e bateu forte, mas João Ricardo espalmou bonito. No segundo tempo, Portugal até chegou a arriscar mais, marcando por pressão, porém ainda com os mesmo defeitos do primeiro tempo. Pauleta teve duas boas chances, mas as desperdiçou. Akwa saiu para a entrada de Mantorras e Cristiano Ronaldo saiu para a entrada de Costinha. Felipão procurou fechar os espaços com essa mudança e deslocar Tiago para a posição de Figo, colocando o craque da Internazionale na direita. Aos 15, Tiago bateu forte, mas João Ricardo defendeu. Maniche entrou no lugar de Petit aos 26 minutos. Aos 38 minutos, em cruzamento de Figo, Simão quase marcou de cabeça. Mateus chegou com perigo aos 43 minutos, desviando um chute forte de Mendonça, da entrada da área. Portugal ainda teve uma última chance aos 46 minutos co Maniche, que chutou forte de muito longe para a boa defesa de João Ricardo. O jogo de Portugal lembrou muito o da Inglaterra. O time ainda tem que melhorar muito, pois vai enfrentar dois adversários fortes na sequência do torneio.

sábado, junho 10, 2006

Inglaterra e Argentina vencem com dificuldades e Trinidad surpreende

- A Inglaterra entrou em campo hoje, abrindo os trabalhos pelo grupo B. O time comandado por Sven Goran Eriksson enfrentou o Paraguai em Frankfurt ainda sem Wayne Rooney, que deve estrear em copas na segunda partida, contra Trinidad e Tobago. O favoritismo dos ingleses fez com que o estádio ficasse abarrotado de apaixonados e patriotas torcedores (foto: BBC), tomando cerca de 95% do estádio. Gerrard chegou a ser dúvida, mas começou jogando. Do lado do Paraguai, a ausência mais sentida foi a do experiente atacante Cardoso, que havia sido cortado dias antes do jogo. A Inglaterra começou dominando a posse de bola, e procurando partir para o ataque. Logo aos 4 minutos de jogo, Beckham cobrou falta da esquerda do ataque inglês, a bola viajou para o meio da área e o experiente Gamarra desviou contra a meta paraguaia, marcando contra. Se não bastasse o gol sofrido logo no começo de jogo, o Paraguai perdeu seu goleiro titular, que se machucou em uma dividida com Owen. No lugar de Villar, entrou Bobadilla. Apesar de ter sentido o gol, o Paraguai teve duas chances aos 17 e aos 18 minutos, com chutes perigosos. Mas a Inglaterra dominou boa parte da posse de bola, e procurou criar chances de gol. O que faltava para os ingleses era uma maior aproximação dos meia com o ataque. Isso aconteceu aos 22, quando Lampard tabelou com Crouch e bateu forte para a boa defesa de Bobadilla. O grande problema visível no time inglês era a falta de criatividade nas jogadas e o não uso de Owen em jogadas de velocidade. A Inglaterra forçou muitas jogadas em Crouch e em lançamentos longos, na maioria das vezes sem direção e displicentes. Outra boa jogada da Inglaterra saiu novamente em finalização de fora da área. Depois da boa descida de Joe Cole, Cole tocou para o meio, Beckham dominou e bateu bonito, mas à esquerda de Bobadilla. O Paraguai pelo contrário pouco fez durante a primeira etapa. Apesar de ter um ataque perigoso, formado por Santa Cruz e Valdes, os meias Acuña e Paredes foram muito discretos. Santa Cruz não atuou bem devido à problemas físicos que vinha sentindo durante a semana. No fim do primeiro tempo, o Paraguai ainda teve tempo de criar uma boa chance. Depois de falha de Cole pela esquerda, a bola foi para a área da Inglaterra. Valdez dominou, se livrou de dois marcadores e bateu forte à direita de Robinson. A Inglaterra iniciou o segundo tempo errando muitos passes, e o Paraguai entrou ligado na partida. O time latino entrou com uma postura totalmente diferente da que vinha tomando. O time veio ofensivo, e procurando o gol, usando principalmente o lado direito do campo com Bonet e jogadas em velocidade com Valdez. Aos 10 minutos, Owen foi substituído por Downing. Com a mudança, Joe Cole se adiantou para o ataque, e abriu o lado esquerdo para o substituto de Owen. Somente aos 12 minutos os ingleses chegaram ao ataque. Beckham recebeu bom passe de Joe Cole e bateu cruzado à direita do gol paraguaio. Novamente a Inglaterra chegou, desta vez com Joe Cole batendo de fora da área; o goleiro defendeu bem. Na sequência Paredes quase marcou. Robinson saiu mal depois de um cruzamento para a área vindo da direita, Paredes pegou meio sem jeito, mas a bola passou perto do gol inglês. Aos 18, Valdez avançou bem no campo de ataque paraguaio, entrou na área se livrando de dois defensores, mas bateu no meio do gol. A Inglaterra ainda teve boas chances com bolas de longa distância e o Paraguai não conseguiu o empate. No fim a vitória demonstrou bem a falta que faz Wayne Rooney para os ingleses e como o meio de campo do Paraguai precisa evoluir neste mundial.
- Trinidad e Tobago enfrentou a Suécia, em jogo valendo pelo mesmo grupo de Inglaterra e Paraguai, o grupo B. A Suécia começou a partida controlando as ações, como era de se esperar. Com um ataque rápido e forte, a Suécia criou logo boas chances no início de jogo, dando pinta de que iria golear a debutante seleção de Trinidad e Tobado, no belo estádio Westfallen, em Dortmund. Aos 5 minutos, Larsson teve boa chance de falta, mas bateu à esquerda do gol. A pressão continuou e Zlatan, da Juventus, recebeu cruzamento e fez uma meia-bicicleta ou algo parecido, jogando a bola com perigo à esquerda de Hislop, logo depois da falta de Larsson. A seleção de Trinidad e Tobado mostrou claros sinais de fragilidade tanto na meio atrapalhada defesa e no desorganizado ataque, comandado por Yorke. Aos 21 minutos, outra boa chance da Suécia. Ele foi à linha de fundo e cruzou para Larsson, que se esticou todo, mas não conseguiu empurrar para o gol. Faltou para os atacantes suecos serenidade nas finalizações. Houve muitas chances boas de gol, mas o nervosismo atrapalhou. Trinidad e Tobago conseguiu chutar ao gol somente aos 33 minutos, com Edwards. Depois da chance, a seleção até arriscou segurar a bola um pouco mais no campo de ataque, se sentindo um pouco mais confiante, mesmo sofrendo com a pressão dos suecos. Ljungberg avançou pela direita aos 37 minutos e cruzou bem para Larsson, que desperdiçou por pouco. O goleiro Hislop, que dos 15 convocados que atuam na Grã-Bretanha é um dos dois que jogam em times da primeira divisão inglesa, ele defende o West Ham, foi convocado de última hora para o jogo, pois o goleiro Kelvin Jack havia sofrido uma contusão depois do aquecimento. O sortudo jogador, que é o mais velho deste mundial com 37 anos e 108 dias, fez duas belas defesas no fim do primeiro tempo. Uma no chute de Wilhelmsson e outra de Zlatan. O heróico primeiro tempo de Trinidad e Tobago foi festejado pela torcida presente em Dortmund. Porém, logo no início do segundo tempo, um jogador de Trinidad foi expulso com o segundo cartão amarelo. Avery John foi advertido por uma entrada em Wilhelmsson, e protagonizou a primeira expulsão do mundial 2006. Cornell Glen entrou no jogo e quase marcou o que seria um gol histórico para Trinidad. O jogador bateu forte na trave, da entrada da área, assustando a Suécia. O time sueco até tentou pressionar Trinidad, mas sem sucesso. O empate permaneceu e deu a Trinidad seu primeiro ponto em Copas, logo no primeiro jogo. Para quem esperava o ataque sueco avassalador, o 0 a 0 foi um péssimo resultado, ainda mais diante do fraco adversário. A Súécia não vence na estréia pela sétima vez seguida em Mundiais. Sua última vitória foi em 1958, por 3 a 0 sobre o México, em casa.
- O confronto Argentina x Costa do Marfim abriu o grupo C, ou melhor, grupo da morte. A Costa do Marfim, debutando em mundiais, iniciou atacando em ritmo frenético e com muita rapidez. O time criou boas chances, mas não conseguiu finalizar com precisão, sendo muito negligente. O jogo aberto também foi bom para os argentinos, que tiveram em Riquelme a principal figura em campo. O meia organizou jogadas e comandou os ataques. Aos 14 minutos, Riquelme cobrou escanteio e Ayala cabeceou forte para o gol marfinense. O goleiro Tizie quase deixou a bola entrar, mas conseguiu evitar o gol. Houve muita reclamação por parte dos argentinos na primeira chance real do jogo. Mas o gol não demorou a sair. Em cobrança de falta, Riquelme alçou a bola na área, e depois do cabeceio de Heinze, Crespo finalizou para o gol, abrindo o placar. Minutos depois a Costa do Marfim respondeu, mostrando que não tinha se intimidado com o gol. Kalou tabelou com Keita e bateu à esquerda de Abbondanzieri. Instantes depois, Drogba deixou Keita na cara de Abbondanzieri, obrigando o argentino a fazer boa defesa. Apesar da insistência dos marfinenses, o ataque argentino foi mais eficiente quando foi preciso. Aos 37 minutos, Riquelme fez um lindo passe para Saviola, que só teve o trabalho de tirar de Tizie, para ampliar o placar.
- Henry Michel mexeu no time no segundo tempo, procurando melhorar ainda mais o ataque da Costa do Marfim. Koné e Dindane entraram nos lugares de Bonaventure e Akale. Pekerman tirou Crespo para colocar o rápido Palacios, apostando nos contra-ataques. Depois de muita insistência o gol aconteceu com Drogba(foto: BBC). O atacante do Chelsea recebeu na área depois de ataque veloz e finalizou de perna esquerda. Máxi Rodriguez chegou a marcar aos 39 minutos, depois de rebote do goleiro em chute forte de Riquelme. O gol foi anulado corretamente. O time de Pekerman soube suportar bem a pressão, e garantiu os três primeiro pontos no torneio. Em 2002, a Argentina também venceu na estréia. Coincidentemente o derrotado foi uma seleção africana, a Nigéria. Amanhã, a Holanda enfrenta a Sérvia, completando os dois primeiros jogos do grupo C.