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sábado, junho 10, 2006

Inglaterra e Argentina vencem com dificuldades e Trinidad surpreende

- A Inglaterra entrou em campo hoje, abrindo os trabalhos pelo grupo B. O time comandado por Sven Goran Eriksson enfrentou o Paraguai em Frankfurt ainda sem Wayne Rooney, que deve estrear em copas na segunda partida, contra Trinidad e Tobago. O favoritismo dos ingleses fez com que o estádio ficasse abarrotado de apaixonados e patriotas torcedores (foto: BBC), tomando cerca de 95% do estádio. Gerrard chegou a ser dúvida, mas começou jogando. Do lado do Paraguai, a ausência mais sentida foi a do experiente atacante Cardoso, que havia sido cortado dias antes do jogo. A Inglaterra começou dominando a posse de bola, e procurando partir para o ataque. Logo aos 4 minutos de jogo, Beckham cobrou falta da esquerda do ataque inglês, a bola viajou para o meio da área e o experiente Gamarra desviou contra a meta paraguaia, marcando contra. Se não bastasse o gol sofrido logo no começo de jogo, o Paraguai perdeu seu goleiro titular, que se machucou em uma dividida com Owen. No lugar de Villar, entrou Bobadilla. Apesar de ter sentido o gol, o Paraguai teve duas chances aos 17 e aos 18 minutos, com chutes perigosos. Mas a Inglaterra dominou boa parte da posse de bola, e procurou criar chances de gol. O que faltava para os ingleses era uma maior aproximação dos meia com o ataque. Isso aconteceu aos 22, quando Lampard tabelou com Crouch e bateu forte para a boa defesa de Bobadilla. O grande problema visível no time inglês era a falta de criatividade nas jogadas e o não uso de Owen em jogadas de velocidade. A Inglaterra forçou muitas jogadas em Crouch e em lançamentos longos, na maioria das vezes sem direção e displicentes. Outra boa jogada da Inglaterra saiu novamente em finalização de fora da área. Depois da boa descida de Joe Cole, Cole tocou para o meio, Beckham dominou e bateu bonito, mas à esquerda de Bobadilla. O Paraguai pelo contrário pouco fez durante a primeira etapa. Apesar de ter um ataque perigoso, formado por Santa Cruz e Valdes, os meias Acuña e Paredes foram muito discretos. Santa Cruz não atuou bem devido à problemas físicos que vinha sentindo durante a semana. No fim do primeiro tempo, o Paraguai ainda teve tempo de criar uma boa chance. Depois de falha de Cole pela esquerda, a bola foi para a área da Inglaterra. Valdez dominou, se livrou de dois marcadores e bateu forte à direita de Robinson. A Inglaterra iniciou o segundo tempo errando muitos passes, e o Paraguai entrou ligado na partida. O time latino entrou com uma postura totalmente diferente da que vinha tomando. O time veio ofensivo, e procurando o gol, usando principalmente o lado direito do campo com Bonet e jogadas em velocidade com Valdez. Aos 10 minutos, Owen foi substituído por Downing. Com a mudança, Joe Cole se adiantou para o ataque, e abriu o lado esquerdo para o substituto de Owen. Somente aos 12 minutos os ingleses chegaram ao ataque. Beckham recebeu bom passe de Joe Cole e bateu cruzado à direita do gol paraguaio. Novamente a Inglaterra chegou, desta vez com Joe Cole batendo de fora da área; o goleiro defendeu bem. Na sequência Paredes quase marcou. Robinson saiu mal depois de um cruzamento para a área vindo da direita, Paredes pegou meio sem jeito, mas a bola passou perto do gol inglês. Aos 18, Valdez avançou bem no campo de ataque paraguaio, entrou na área se livrando de dois defensores, mas bateu no meio do gol. A Inglaterra ainda teve boas chances com bolas de longa distância e o Paraguai não conseguiu o empate. No fim a vitória demonstrou bem a falta que faz Wayne Rooney para os ingleses e como o meio de campo do Paraguai precisa evoluir neste mundial.
- Trinidad e Tobago enfrentou a Suécia, em jogo valendo pelo mesmo grupo de Inglaterra e Paraguai, o grupo B. A Suécia começou a partida controlando as ações, como era de se esperar. Com um ataque rápido e forte, a Suécia criou logo boas chances no início de jogo, dando pinta de que iria golear a debutante seleção de Trinidad e Tobado, no belo estádio Westfallen, em Dortmund. Aos 5 minutos, Larsson teve boa chance de falta, mas bateu à esquerda do gol. A pressão continuou e Zlatan, da Juventus, recebeu cruzamento e fez uma meia-bicicleta ou algo parecido, jogando a bola com perigo à esquerda de Hislop, logo depois da falta de Larsson. A seleção de Trinidad e Tobado mostrou claros sinais de fragilidade tanto na meio atrapalhada defesa e no desorganizado ataque, comandado por Yorke. Aos 21 minutos, outra boa chance da Suécia. Ele foi à linha de fundo e cruzou para Larsson, que se esticou todo, mas não conseguiu empurrar para o gol. Faltou para os atacantes suecos serenidade nas finalizações. Houve muitas chances boas de gol, mas o nervosismo atrapalhou. Trinidad e Tobago conseguiu chutar ao gol somente aos 33 minutos, com Edwards. Depois da chance, a seleção até arriscou segurar a bola um pouco mais no campo de ataque, se sentindo um pouco mais confiante, mesmo sofrendo com a pressão dos suecos. Ljungberg avançou pela direita aos 37 minutos e cruzou bem para Larsson, que desperdiçou por pouco. O goleiro Hislop, que dos 15 convocados que atuam na Grã-Bretanha é um dos dois que jogam em times da primeira divisão inglesa, ele defende o West Ham, foi convocado de última hora para o jogo, pois o goleiro Kelvin Jack havia sofrido uma contusão depois do aquecimento. O sortudo jogador, que é o mais velho deste mundial com 37 anos e 108 dias, fez duas belas defesas no fim do primeiro tempo. Uma no chute de Wilhelmsson e outra de Zlatan. O heróico primeiro tempo de Trinidad e Tobago foi festejado pela torcida presente em Dortmund. Porém, logo no início do segundo tempo, um jogador de Trinidad foi expulso com o segundo cartão amarelo. Avery John foi advertido por uma entrada em Wilhelmsson, e protagonizou a primeira expulsão do mundial 2006. Cornell Glen entrou no jogo e quase marcou o que seria um gol histórico para Trinidad. O jogador bateu forte na trave, da entrada da área, assustando a Suécia. O time sueco até tentou pressionar Trinidad, mas sem sucesso. O empate permaneceu e deu a Trinidad seu primeiro ponto em Copas, logo no primeiro jogo. Para quem esperava o ataque sueco avassalador, o 0 a 0 foi um péssimo resultado, ainda mais diante do fraco adversário. A Súécia não vence na estréia pela sétima vez seguida em Mundiais. Sua última vitória foi em 1958, por 3 a 0 sobre o México, em casa.
- O confronto Argentina x Costa do Marfim abriu o grupo C, ou melhor, grupo da morte. A Costa do Marfim, debutando em mundiais, iniciou atacando em ritmo frenético e com muita rapidez. O time criou boas chances, mas não conseguiu finalizar com precisão, sendo muito negligente. O jogo aberto também foi bom para os argentinos, que tiveram em Riquelme a principal figura em campo. O meia organizou jogadas e comandou os ataques. Aos 14 minutos, Riquelme cobrou escanteio e Ayala cabeceou forte para o gol marfinense. O goleiro Tizie quase deixou a bola entrar, mas conseguiu evitar o gol. Houve muita reclamação por parte dos argentinos na primeira chance real do jogo. Mas o gol não demorou a sair. Em cobrança de falta, Riquelme alçou a bola na área, e depois do cabeceio de Heinze, Crespo finalizou para o gol, abrindo o placar. Minutos depois a Costa do Marfim respondeu, mostrando que não tinha se intimidado com o gol. Kalou tabelou com Keita e bateu à esquerda de Abbondanzieri. Instantes depois, Drogba deixou Keita na cara de Abbondanzieri, obrigando o argentino a fazer boa defesa. Apesar da insistência dos marfinenses, o ataque argentino foi mais eficiente quando foi preciso. Aos 37 minutos, Riquelme fez um lindo passe para Saviola, que só teve o trabalho de tirar de Tizie, para ampliar o placar.
- Henry Michel mexeu no time no segundo tempo, procurando melhorar ainda mais o ataque da Costa do Marfim. Koné e Dindane entraram nos lugares de Bonaventure e Akale. Pekerman tirou Crespo para colocar o rápido Palacios, apostando nos contra-ataques. Depois de muita insistência o gol aconteceu com Drogba(foto: BBC). O atacante do Chelsea recebeu na área depois de ataque veloz e finalizou de perna esquerda. Máxi Rodriguez chegou a marcar aos 39 minutos, depois de rebote do goleiro em chute forte de Riquelme. O gol foi anulado corretamente. O time de Pekerman soube suportar bem a pressão, e garantiu os três primeiro pontos no torneio. Em 2002, a Argentina também venceu na estréia. Coincidentemente o derrotado foi uma seleção africana, a Nigéria. Amanhã, a Holanda enfrenta a Sérvia, completando os dois primeiros jogos do grupo C.

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