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quinta-feira, abril 26, 2007

Joe Cole deixa o Chelsea mais perto de final inédita

- Chelsea e Liverpool repetiram as semifinais de duas temporadas atrás, mas o placar, desta vez foi diferente, pois o Chelsea saiu vencedor. Joe Cole marcou o gol da vitória no primeiro tempo e dá aos blues a possibilidade de classificação mesmo empatando sem gols na partida de volta. Mas o Liverpool promete pressão em Anfield Road, na próxima terça-feira, na busca pelo sexto título da Liga dos Campeões. O Chelsea foi a campo sem Robben e Ballack, que continuam machucados. Joe Cole e Mikel começaram como titulares - o nigeriano já vem atuando e muito bem entre os titulares. Já o Liverpool teve o desfalque do lateral Finnan, substituído por Arbeloa, que tem ganhado a confiança de Rafael Benítez a cada vez que atua como titular.

Drogba, crucial como de costume
- Antes do começo de jogo, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem a Alan Ball, ex-jogador inglês, campeão mundial em 1966, que faleceu na noite de ontem, após a partida entre Manchester United e Milan (na foto abaixo, jogadores prestam um minuto de silêncio a Alan Ball: BBC). Depois do devido momento de reverência, o árbitro alemão Markus Merk deu início à batalha.
- Curiosamente, quem tomou a iniciativa do jogo nos primeiros minutos foi o Liverpool. A equipe de Benítez procurava manter a posse de bola no campo de defesa do Chelsea, mas, como não conseguia converter esse domínio em chances de gol, dava ao Chelsea a opção da saída rápida para o ataque. E foi assim que o time da casa chegou com muito perigo aos 8 minutos. Shevchenko dominou na grande área e tentou girar, mas acabou dando um passe para Lampard fuzilar para o gol de Reina, que fez ótima intervenção. O Chelsea parecia ter gostado da tática de esperar o Liverpool e sair nos contra-ataques - foi desta maneira que a equipe de Anfield eliminou o Barcelona, nas oitavas. Aos 23, nova chance para os blues, desta vez em uma venenosa cobrança de falta de Lampard, que ainda desviou em Joe Cole. Jogando de uma forma diferente do usual e melhor na partida, o Chelsea abriu o placar aos 28 minutos. Drogba recebeu bom passe de Ricardo Carvalho, que roubou a bola no campo de defesa e inicou o contragolpe, e avançou pela meia direita. O marfinense ganhou, na ténica e na força, de Agger e colocou no meio da grande área para Joe Cole colocar o Chelsea à frente no placar (na foto abaixo, Joe Cole celebra seu primeiro gol na competição: BBC). O Liverpool tinha a posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela. Zenden era o único jogador que procurava criar jogadas de gol, atuando pelo lado esquerdo. Porém faltou muito mais ao Liverpool: um Gerrard mais presente no meio-campo. Já o time de Mourinho soube usar a bola com muito mais objetividade e inteligência, sobretudo quando a bola encontrava os pés de Lampard e Drogba.
Morosidade de um lado, eficiência de outro
- O Liverpool, da forma como voltou para a segunda etapa, deu mostras de que jogaria muito melhor do que na primeira. Riise enfim passou a subir algumas vezes ao ataque, usando uma arma que a equipe sabe manejar muito bem: a bola alçada para a grande área. Crouch, que havia entrado aos 7 minutos no posto do discreto Bellamy, entrou justamente para esta função. Aos 8, Riise cobrou lateral longo para a grande área, Mikel afastou e Gerrard pegou de primeira com a perna esquerda, obrigando Petr Cech a espetacular defesa. O Liverpool conseguiu atuar de forma mais segura, errando menos passes e mantendo a bola por mais tempo no campo de ataque. Mas a falta de agressividade e impetuosidade nas jogadas ofensivas fez com que o Chelsea voltasse a crescer na partida, principalmente depois dos 20 minutos. A arma do contra-ataque estava novamente às mãos do time de Mourinho. A equipe voltou a fazer o jogo da primeira etapa e teve boas chances de ampliar o marcador, como aos 35. Ashley Cole lançou do campo de defesa, Drogba deu um toque genial e Lampard finalizou com um belo sem-pulo, para outra maravilhosa defesa de Pepe Reina. O Chelsea passou a dominar a posse de bola e a fazer o jogo que o Liverpool fazia, prendendo a bola no ataque e esperando o tempo passar. A equipe até criou chances claras de ampliar o placar, mas o 1 a 0 persistiu.
- Para o jogo no Anfield Road, o Liverpool precisará de Gerrard, mas não aquele que entrou em campo ontem e sim o que liderou a equipe na campanha vencedora da liga há duas temporadas. O Chelsea atuou melhor, mas poderia ter saído com um placar mais satisfatório. Mourinho espera chegar a outro título importante e Abramovich uma oportunidade de ganhar mais alguns milhões de euros. A tradição do Liverpool na competição e a importância recente que o Chelsea conquistou geram muito equilíbrio para a partida de terça-feira.

quarta-feira, abril 25, 2007

No "Teatro dos Sonhos", Milan e Manchester estrelam o "primeiro ato" das semifinais

- Na partida de ida das semifinais da Liga dos Campeões, o Milan foi a Manchester enfrentar os donos da casa e saiu derrotado com um gol nos últimos segundos de jogo, marcado por Wayne Rooney. Mas não foi apenas isso que fez da partida uma das melhores, senão a melhor, da atual edição da liga. A próxima partida, em Sansiro, reserva emoções ainda mais fortes.

Defesa incompleta
- O Milan entrou em campo com praticamente o mesmo time que eliminou o Bayern de Munique na fase anterior, salvo a entrada de Gilardino no posto de Inzaghi. O Manchester, por sua vez, contou com uma série de desfalques, principalmente na defesa: Vidic ainda se recupera de contusão, Ferdinand saiu machucado na última rodada da Premier League e Gary Neville, o capitão da equipe, continua fora. Brown e Heinze fizeram a dupla de zaga do United, enquanto O'Shea, no lugar de Neville, e Evra completaram a linha de quatro defensores.
O abençoado Kaká
- O Manchester, logo nos primeiros minutos de jogo, impôs seu ritmo de jogo forte, atuando no campo de defesa do adversário e buscando o gol - o mesmo aconteceu com a Roma. E ele não demorou muito a sair. Aos 5, Rooney recebeu na entrada da área, mas teve sua finalização bloqueada por Nesta. No escanteio de Giggs, Dida saiu indeciso do gol e Ronaldo cabeceou à queima roupa. A bola explodiu no goleiro e entrou lentamente no gol, antes de ser tocada mais uma vez por Dida, que tentou afastar das redes. O gol foi assinalado para Cristiano Ronaldo, o terceiro dele na liga (na foto acima, Dida tenta afastar: BBC). Mesmo com o gol marcado no primeiros minutos de partida, o Manchester se manteve no ataque por mais algum tempo, porém viu o Milan se desgarrar para o ataque por algumas vezes, sempre liderado por Kaká e Seedorf. Os dois, quando partiam com bola dominada, conseguiam, no mínimo, manter a bola longe dos meio-campistas do United. A partida caminhava com certo equilíbrio, até que Kaká empatou a partida aos 21 minutos. Seedorf recebeu de Gattuso pelo lado esquerdo e tocou para a entrada da área. Kaká apareceu em velocidade, passando por Carrick e Brown e colocou com muita categoria no canto esquerdo de Van der Sar, mesmo recebendo marcação do argentino Heinze. E o brasileiro ainda tinha mais cartas na manga para o primeiro tempo. Ele deixou o Milan em vantagem aos 37, depois de, literalmente, fazer a zaga do Manchester ir ao chão. Depois de bola lançada para o campo de ataque, Kaká, sozinho, teve que se virar diante de três marcadores, coisa que ele fez de uma forma brilhante. Primeiro ele passou por Fletcher, com um leve toque de cabeça. Depois foi a vez de Heinze, que foi encoberto por um lençol. Na sequência, Kaká tirou novamente o argentino e Evra da jogada com um sutil toque de cabeça, fazendo com que os dois se chocassem. Só restou mesmo tocar na saída de Van der Sar para assinar a bela pintura (na foto acima, Kaká bate Van der Sar: BBC). O Manchester estava pasmo com a virada e com Kaká. Mas ainda restavam 45 minutos de muita emoção.
O decisivo Rooney
O Manchester voltou querendo buscar o resultado na segunda etapa. Logo aos 3, Giggs bateu escanteio e Carrick, na frente de Dida, errou o alvo. A equipe conseguiu marcar com eficiência a saída de bola do Milan e manter a posse de bola no campo de ataque, mas sem conseguir usar as laterais como gostaria. O Milan soube cobrir bem os flancos, porém tinha muita dificuldade em trabalhar a bola no campo de ataque como na primeira etapa. Aos 14, enfim veio o empate dos ingleses. Scholes recebeu de Fletcher e deu passe genial, por cima do congestionamento defensivo na entrada da área, para Rooney. O inglês dominou no peito e bateu na saída de Dida, dando nova esperança à torcida do United. Com muito volume de jogo, o gol da virada passou a ser apenas questão de tempo. Mas como o destino costuma sempre guardar emoções fortes em partidas assim, ele só aconteceu nos minutos finais de jogo. Giggs, que teve uma belíssima atuação, tocou para Rooney pelo lado direito, depois da falha de Brocchi no campo de defesa. Ele foi novamente decisivo e chutou rasteiro no canto direito de Dida (na foto acima, Rooney dá a vitória ao Manchester: BBC). Isso aos 46 minutos da segunda etapa. Apesar da importante vitória, o jogo da próxima quarta-feira promete muito equilíbrio. O Milan tem o peso de seis títulos da Liga dos Campeões a seu favor e o artilheiro da competição, Kaká. O Manchester chega com força pela bela temporada que tem feito, porém mostrou a total dependência em Cristiano Ronaldo, que não teve uma atuação dentro do esperado. A partida no Sansiro também é rodeada de muitas dúvidas.
Euforia e melancolia na Inglaterra
- Após a partida, o ex-jogador inglês Alan Ball, campeão mundial pela Inglaterra em 1966, faleceu de ataque cardíaco, aos 61 anos de idade. Ele era o mais jovem naquela campanha vitoriosa de sua seleção e atuou em equipes como Arsenal, Everton e Southampton. Ao mesmo tempo em que o Manchester comemora a vitória sobre o Milan, também adere ao choro de todos os fãs de futebol na Inglaterra, que lamentam a morte de mais um campeão mundial. Em 1993, Bobby Moore, capitão daquele time, morreu vítima de câncer.

sexta-feira, abril 20, 2007

Como Maradona em 1986, Messi choca o mundo

O criador
- Estádio Azteca, 24 de junho de 1986. Inglaterra e Argentina disputavam as quartas-de-final do mundial daquele ano, no primeiro jogo disputado entre as duas seleções depois da Guerra das Malvinas, ocorrida quatro anos antes. A Argentina de Carlos Bilardo já vencia os ingleses por 1 a 0, placar conquistado através do polêmico gol de Maradona com uma das mãos, aos 6 minutos da etapa final. Quatro minutos depois do histórico lance de "La Mano de Díos", o craque argentino acabou com as dúvidas de quem achava que ele não era o melhor do mundo. Maradona se desvencilhou facilmente de Reid e Beardsley na intermediária do campo de defesa da Argentina. Depois do belo giro, ele correu com a bola grudada em seu pé esquerdo, passando por Steven. Já na grande área, o gênio argentino ainda se livrou de Hoodle e do goleiro Shilton, até concluir para o gol com a perna esquerda (na foto acima, Maradona destrói a Inglaterra em 86). Àquela altura da segunda etapa, os argentinos já tinham selado sua vingança. Uma vitória e um gol que entraram para a história do futebol.
O seguidor
- Camp Nou, 18 de abril de 2007. Messi, quase 21 anos depois do memorável lance do maior jogador argentino de todos os tempos, repetiu a façanha. Há quem diga que o lance foi até mais difícil de ser executado do que o feito por Maradona. Já os devotos de "La Mano de Díos" se recusam a afirmar tal coisa, apesar de acreditarem que Messi será o sucessor de seu Deus. A partida, de longe, não tinha importância comparável àquela disputada por Maradona. Era o jogo de ida das semifinais da Copa do Rei, entre Barcelona e Getafe. O placar já apontava 1 a 0 para os catalães, gol marcado por Xavi, mas o lance que marcou a partida só aconteceria aos 28 da etapa inicial. Messi recebeu de Xavi e se livrou rapidamente de dois marcadores, lance parecidíssimo com o de Maradona. O jovem argentino carregou a bola pelo meio, passou por mais dois marcadores na entrada da grande área e colocou nas redes com a perna direita, depois de passar tranquilamente pelo goleiro Luis Garcia. O argentino ainda teve tempo de marcar mais um para o Barcelona. Mas esse gol dificilmente será lembrado. Maradona também fez dois naquela tarde quente no México. A diferença é que os dois serão eternamente lembrados.
A dura comparação
- É difícil comparar lances tão geniais, tão parecidos. O início da jogada de Maradona me parece mais brilhante, o giro que ele executa sobre a bola e em seguida a passagem pelos dois marcadores com rara velocidade e agilidade, deixando-os atônitos. Já a jogada anterior à conclusão da jogada de Messi também não fica atrás em beleza (na foto abaixo, o diário espanhol Marca destaca o gol à Maradona de Messi). O jovem argentino recebe uma marcação mais forte na entrada da área e é obrigado a dar dois cortes sensacionais, para daí sim ficar cara a cara com o gol. É pouco interessante se ater a discussões sobre de quem foi o gol mais bonito. Vale a pena mesmo é ver e rever os lances que mostram porque o futebol argentino só é comparado ao nosso. O próprio Messi, depois do feito, preferiu destacar a vitória do Barcelona, que a propósito venceu por 5 a 2, do que a comparação com Maradona. "Diego é Diego. A jogada foi parecida, mas amanhã o conto de fadas terá acabado. O importante é que a equipe conquistou um bom resultado para o jogo de volta". E as comparações não param por aí. Messi já há algum tempo é considerado como sucessor de Maradona, como o próprio ídolo argentino já declarou. E qualquer dúvida disso já não existe mais depois do feito do pupilo dos nossos eternos rivais.

sábado, abril 14, 2007

O Milan surpreende o Bayern e Crouch garante a classificação do Liverpool

- Nos jogos de volta de quarta-feira, o Milan foi a Munique e calou os críticos, vencendo o time da casa por 2 a 0 e conseguindo classificação para as semifinais. O Liverpool, que havia vencido o PSV por 3 a 0, jogou tranquilamente em casa e bateu os holandeses por 1 a 0, assegurando mais uma vaga inglesa nas semifinais. São três equipes britânicas garantidas na próxima fase. E elas ocupam as primeiras posições no campeonato local. Isso demonstra bem como a Premier League evoluiu de forma impressionante nesta temporada - o campeonato inglês ostenta o título de liga mais lucrativa do mundo.
- O Bayern entrou em campo com várias mudanças com relação ao time que jogou no estádio Sansiro e arrancou um belo empate de 2 a 2: Kahn voltou a defender as redes, Salihamidzic jogou improvisado na lateral direita no posto de Sagnol, Lell começou jogando no lugar de Schweinsteiger, e Ottl, com a volta de Van Bommel, foi deslocado para a meia direita. Já Carlo Ancelotti, com a ausência de Gilardino, escalou Inzaghi como único atacante.
- O Bayern começou jogando no campo de defesa do Milan e criou as melhores chances de marcar logo nos primeiros minutos de jogo. Aos 8, Lell cruzou com perigo da esquerda, mas a zaga afastou. Quatro minutos depois, Podolski disparou para o gol, mas Dida fez boa intervenção. Mesmo com a equipe da casa mais presente na partida, o Milan conseguia sair para o ataque com qualidade, sempre com Kaká e Seedorf, pelo flanco esquerdo. Aos 27 minutos, a trama entre os dois funcionou e Seedorf abriu o placar para o Milan. A partir daí, o Bayern teria que pelo menos empatar a partida. O placar de 1 a 1 daria a vaga aos alemães, pelos dois gols marcados em Milão. Porém, os italianos nem deram chance para os alemães. Aos 31, depois de jogada envolvente no meio campo, a bola sobrou para Inzaghi ampliar (foto acima, Inzaghi celebra o 2° gol: BBC). A jogada foi iniciada por Jankulovski, que tocou da esquerda para Gattuso. O volante passou de primeira para Seedorf, que, de calcanhar, colocou uma linda bola em velocidade para Inzaghi avançar a tocar na saída de Kahn. Apesar da linda trama ofensiva, o italiano recebeu a bola em posição de impedimento, não assinalado pela arbitragem. Com muita objetividade e rapidez nas trocas de passe, o Milan, em dois ataques eficientes, deixou o Bayern boquiaberto com a contagem do placar: agora eram necessários três gols para se manter na competição. Na segunda etapa, a equipe até tentou o gol, mas esbarrou em si próprio, muito nervosismo nas conclusões e falta de organização nas jogadas ofensivas. O Milan ainda teve boas chances de ampliar nos contra-ataques, porém, o placar de 2 a 0 ficou de bom tamanho para o que foi a partida.
- Poucos esperavam que o Milan conseguisse a classificação com uma vitória tão convincente. Mas a equipe mostrou o peso de seis títulos de Liga dos Campeões que tem no currículo e toda a experiência que possui nesta fase eliminatória. Pela terceira temporada seguida o Milan chega alcança as semifinais. A equipe não é nem um pouco brilhante, como aquela que foi campeã em 2003, mas chega com força nas semifinais, para enfrentar nada mais, nada menos que o Manchester United. A última vez que as equipes se enfrentaram foi em 2005, nas oitavas-de-final. No confronto em questão, o Milan venceu as duas partidas por 1 a 0, com gols de Crespo. Desta vez, a equipe enfrenta um Manchester muito mais forte e mais preparado. E este Milan não é tão bom quanto aquele que chegou às finais e foi derrotado pelo Liverpool, naquela famosa final em Istambul.
- O vencedor daquela edição da liga, o Liverpool, jogou em casa contra o PSV e venceu por 1 a 0. Rafael Benítez aproveitou as circunstâncias favoráveis do confronto e poupou jogadores como Carragher e Gerrard. Aos 17 minutos, Bellamy saiu contundido no joelho e Robbie Fowler entrou em seu lugar. O Liverpool, de tão descompromissado que estava na partida, ficou apenas a ver o tempo passar, enquanto os torcedores já celebravam a classificação. Até que, aos 25, Pennant fez belo cruzamento da direita e Crouch pegou de primeira, obrigando Gomes a espetacular defesa. Na segunda etapa, Dirk Marcellis acertou um carrinho criminoso em Zenden e acabou sendo expulso em sua estréia na competição. A expulsão desanimou ainda mais o PSV. Três minutos depois, Riise cruzou da esquerda, Crouch desviou (foto acima, Crouch, Sissoko e Zenden: BBC) e Gomes fez nova defesa importante. Na sobra, Fowler colocou na pequena área para o grandalhão enfim abrir o placar a favor do Liverpool.
- Agora a equipe enfrenta o Chelsea nas semifinais, repetindo o confronto de duas temporadas atrás. Naquela ocasião, o Liverpool passou às finais e se sagrou campeão em uma final eletrizante contra o Milan. Desta vez, a história pode se repetir.
- As partidas de ida das semifinais acontecerão ainda este mês: 24/04 - Manchester United x Milan (Old Trafford) e 25/04 - Chelsea x Liverpool (Stamford Bridge).

quinta-feira, abril 12, 2007

O Manchester massacra a Roma e o Chelsea vence de virada

- Na terça-feira, Manchester e Chelsea se tornaram as primeiras equipes a se classificarem para as semifinais. Os red devils fizeram uma partida espetacular contra a Roma e bateram os italianos por incríveis 7 a 1, um resultado que reflete bem o momento memorável que vive o clube. Já os blues, não foram tão brilhantes, mas conseguiram vencer de virada o Valencia no Mestalla e também chegam com autoridade para a disputa das semifinais.
- O Valencia jogou diante de sua torcida e foi logo mostrando porque era um dos times mais surpreendentes da competição. Aos 30 minutos da etapa inicial, Morientes, que não jogou a primeira partida, acertou a trave esquerda de Cech, depois de contra-ataque iniciado por Albelda e depois David Villa. O Valencia se animou com a boa chance e abriu o placar no minuto seguinte. Joaquin cruzou da direita e Morientes desviou de primeira para o gol, praticamente no chão. Mikel e Ricardo Carvalho se concentraram na marcação de David Villa e acabaram deixando o centroavante espanhol sozinho na entrada da pequena área. Jose Mourinho colocou sua equipe no ataque, ao colocar Joe Cole no posto de Diarra. Logo aos 7 minutos da segunda etapa, Shevchenko igualou o marcador para o Chelsea. Essien alçou a bola para a grande área do lado direito, Drogba tentou finalizar para o gol e, depois do providencial corte de Ayala, o ucraniano completou para o gol. A equipe londrina pressionou, mas acabou parando no goleiro Cañizares, como aconteceu aos 39 minutos. Lampard cobrou falta do meio-campo, Ballack cabeceou da marca do pênalti, porém, o goleiro espanhol interceptou a bola de forma maravilhosa, mandando-a para a linha de fundo. A insistência continuou, até que Essien virou o marcador aos 45 minutos, colocando o Chelsea na semifinal (na foto acima, o Chelsea comemora a suada classificação). A jogada começou com Joe Cole e Lamapard, que, tabelando, conseguiram sair da marcação espanhola no meio-campo. Cole abriu para Shevchenko no lado direito e o ucraniano viu Essien passando livre por aquela faixa da grande área. O meio-campista da seleção de Gana recebeu e bateu forte no canto direito. Cañizares foi enganado pelo quique da bola e deixou passar.
- Mas, quem não engana ninguém é o Chelsea. A equipe vem atuando de forma discreta na segunda fase e chega à semifinal da Liga dos Campeões pela segunda vez em três temporadas consecutivas. O sonho da equipe desde a chegada de Mourinho é vencer o maior torneio de clubes da Europa. O treinador, já há muito tempo, não tem cultivado um bom relacionamento com o dono do clube, o investidor russo Roman Abramovich. Talvez um título dessa magnitude reate a harmonia entre os dois em Stamford Bridge.
- Depois da derrota na capital romana, a tarefa do Manchester era ganhar por pelo menos 1 a 0, jogando no "Teatro dos Sonhos", o Old Trafford. Ninguém esperava uma goleada, mas o Manchester tem sido a equipe que não segue os padrões do futebol europeu nesta temporada. Nada mais, nada menos do que 7 a 1. Esse foi o placa final da partida. E contra a Roma, o time que possuía a melhor defesa da competição, com apenas 5 gols sofridos e viajou para Manchester com uma proposta tática defensiva, idealizada pelo excelente treinador Luciano Spalletti. Entretanto, toda a proposta de jogo ruiu diante de um Manchester inspiradíssimo na noite de terça-feira. Logo aos 11, Carrick recebeu de Cristiano Ronaldo e bateu por cobertura, da entrada da área, marcando um belo gol. Apenas seis minutos depois, os endiabrados do United ampliaram a vantagem. A jogada foi inicada por Carrick, que abriu o jogo para Heinze pelo lado esquerdo. O lateral colocou pro meio para Giggs, que fez belo passe para Alan Smith mandar para o gol, depois da falha de Chivu. Dois minutos depois do segundo gol, veio o terceiro. Cristiano Ronaldo deixou dois marcadores no chão e tocou para Alan Smith, na intermediária. O volante, que atuou no lugar do suspenso Paul Scholes, deu belo passe para Giggs, livre pelo lado direito. O meia cruzou rasteiro e Wayne Rooney já garantia a classificação do Manchester para as semifinais com apenas 20 minutos jogados no primeiro tempo. A Roma estava completamente atônita e perdida em campo. O Manchester aproveitou a deficiência do adversário para fazer o quarto ainda no primeiro tempo. Como nos outros gols, a equipe acelerou o ataque pelas laterais, como poucos times europeus conseguem fazer com real qualidade. Giggs dominou pelo meio e fez passe em profundiade para Ronaldo, que avançava em direção à grande área pelo lado direito. A estrela do time só teve o trabalho de fuzilar para as redes de Doni. Mal começou a segunda etapa e o Manchester foi logo marcando. Giggs, que fez uma partida espetacular, centrou do lado esquerdo, Smith não alcançou e Ronaldo fez o segundo dele na partida. Mesmo goleando com autoridade, o Manchester não se retraiu e ofereceu poucas chances de ataque para o assustado adversário. Carrick marcou o segundo dele no jogo, como no primeiro, um golaço (na foto acima, ele marca o segundo gol com um belo chute: BBC). Ele recebeu de Heinze e chutou forte no ângulo esquerdo de Doni, adiantado. Oito minutos depois, a Roma mostrou que havia entrado em campo, diminuindo o placar com De Rossi. Mas a tenra felicidade durou pouco. Aos 36, Evra avançou pelo lado direito e chutou para o gol, sem ao menos receber combate da desanimada zaga romana.
- A espetacular goleada se tornou a segunda maior do Manchester na história da equipe nas competições européias. A maior de todas aconteceu na fase preliminar da Copa dos Campeões, temporada 1956-1957, 10 a 0 para os red devils sobre o Anderlecht, da Bélgica. O feito desta semana ainda igualou a marca da temporada 1968-1969, quando a equipe inglesa humilhou o Waterford United, da Irlanda. A partida contra a Roma já entrou pra história como uma das melhores atuações do United. E esse Manchester tem tudo para se tornar um dos melhores de todos os tempos, assim como foi aquele time da temporada 1998-1999. A última vez que a equipe chegou às semifinais foi na temporada 2001-2002, quando tinha David Beckham. Desta vez, o time de Alex Ferguson tem Cristiano Ronaldo (foto acima, ele comemora o 1° gol: BBC), um camisa 7 muito mais jogador do que aquele. Não tem como negar. Essa equipe chega como favorita para a conquista do título da liga neste ano.

sexta-feira, abril 06, 2007

O Valencia arranca um empate em Londres e a Roma vence apertado o Manchester

- Na quarta-feira, o Chelsea recebeu o Valencia no Stamford Bridge, começou perdendo, mas conseguiu empatar a partida através do artilheiro da equipe na competição, Didier Drogba. Mesmo assim, o empate foi de fundamental importância para o Valencia, que, em casa, só precisará de um empate sem gols para alcançar as semifinais.
- Com apenas 9 minutos de bola rolando, o zagueiro Ayala bem que poderia ter sido expulso, por uma agressão no rosto de Shevchenko. Para a sorte do Valencia, minutos depois, Kalou acertou uma bola na trave, na pressão inicial imposta pelo Chelsea. O time espanhol conseguiu sair do sufoco dos londrinos e começou a aparecer bem na partida, liderado pela dupla David Villa e David Silva. O segundo surpreendeu a todos no Stamford Bridge aos 30 minutos, disparando um chute audacioso no ângulo esquerdo de Petr Cech (foto acima, Silva executa um violento chute da meia esquerda: BBC), abrindo o placar a favor dos visitantes. Mas o Chelsea voltou diferente na segunda etapa. Mais ofensivo, até pela necessidade de marcar gols, a equipe se mandou para o ataque e conseguiu a marcação de seu primeiro gol aos 8 minutos. Cañizares cobrou o tiro de meta e Ashley Cole, do meio campo, chutou de volta para a grande área do Valencia. Ayala hesitou ao tentar afastar e Didier Drogba não perdoou, se enfiando no meio da zaga e encobrindo o goleiro. O Chelsea sentiu a ausência de Arjen Robben e mesmo com as entradas de Wright-Phillips e Joe Cole não conseguiu virar o marcador. O empate significou uma verdadeira vitória para o Valencia, que jogou sem importantes titulares, como Morientes e Baraja. No Mestalla, o Chelsea precisará de gols e para isso a equipe necessita da participação mais profunda de seus meias, Ballack e Lampard, que fazem uma temporada irregular. Já Valencia torce para que a história das oitavas-de-final se repita: a equipe empatou na casa do adversário, por 2 a 2 contra a Inter, e segurou o 0 a 0 em casa.
- No outro confronto, que reuniu Roma e Manchester, muita confusão nas arquibancadas e muito bom futebol dentro de campo. A Roma venceu por 2 a 1, um placar que manteve vivas as esperanças do Manchester de chegar ao tricampeonato da liga. A equipe do Stadio Olimpico jogou sem Pizarro, suspenso e Tonetto, machucado. Já os ingleses atuaram sem os contundidos Park, Vidic, Silvestre e Neville. Solskjaer começou entre os titulares e Saha assistiu a partida do banco de reservas. O primeiro confronto entre as duas equipes na história da Liga dos Campeões começou com a Roma pressionando o Manchester, marcando bem a saída de bola e buscando o gol, tudo isso nos primeiros 20 minutos de partida. Logo aos 5, Chivu cobrou falta e a bola passou muito perto da meta de Van der Sar - o goleiro holandês já sofreu belos gols de falta nesta competição. Totti, como único atacante, não jogou como homem fixo na área, como de costume, e a todo momento saía da área para tramar jogadas de ataque. Perrotta e Taddei também apareceram bem nos primeiros minutos. O Manchester não conseguia sair com qualidade para o ataque, muito menos usar a arma do contra-ataque, coisa que só aconteceu depois dos 25 minutos de partida, quando a Roma relaxou a marcação no meio-campo. Quando os visitantes eram melhores, Scholes parou Totti no meio-campo e foi expulso pelo 2° amarelo - o jogador já estaria fora do próximo jogo pelo primeiro amarelo. Aos 42, foi a vez de Perrotta tomar um cartão amarelo e também receber suspensão para o cortejo decisivo da próxima terça-feira. Quando as coisas estavam difíceis para a Roma, Taddei abriu o placar, nos minutos finais da etapa inicial. Depois do escanteio, Mancini recebeu pela esquerda de Totti e cruzou rasteiro para a grande área. Ninguém marcou Taddei e o brasileiro finalizou para o gol, contando ainda com um desvio no zagueiro Wes Brown, matando o goleiro Van der Sar. O Manchester voltou mais incisivo na segunda etapa, com a presença marcante de Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney. O português iniciou a jogada que resultou no gol de empate dos red devils. Ele partiu do campo de defesa, passou com rara facilidade e agilidade por Cassetti e Perrotta e deixou Solskjaer livre pela faixa direita do ataque. O norueguês, recuado para a meia direita depois da expulsão de Scholes, cruzou para Rooney, que matou a bola no peito, deixando De Rossi no chão, e fuzilou para as redes. O Manchester, com a fúria e a genialidade de Cristiano Ronaldo e Rooney, igualou o marcador aos 15 minutos, deixando os jogadores da Roma atônitos em campo. Porém, se de um lado estava Alex Ferguson, treinador com quase 40 títulos no currículo, do outro estava Luciano Spalletti, que apesar de ter apenas um simples título da série C, possui um raro dom de mudar a cara de uma partida. Ele colocou Mirko Vucinic em campo e o atacante colocou novamente a Roma em vantagem no placar, apenas 7 minutos após o empate dos britânicos. Mancini recebeu de Taddei pelo meio e chutou forte para o gol. Van der Sar não segurou e Vucinic (foto acima, Totti e Vucinic comemoram o empate: BBC) completou para o gol, como verdadeiro homem de referência, atributo que a equipe romana não usa na atual temporada. Totti atuou brilhantemente nos minutos finais, mas não conseguiu ampliar o placar, que ficou de bom tamanho para o Manchester United. Mas os ingleses que não se enganem, pois a Roma pode muito bem surpreender no Old Trafford, assim como fez na casa do Lyon, quando atuou de forma espetacular e eliminou a melhor equipe da primeira fase.
- Como dito no começo, nas arquibancadas, torcedores de ambos os lados protagonizaram cenas de violência, assim como a polícia, acusada de brutalidade pelo lado inglês (foto acima, batalha entre policiais e torcedores: BBC). Segundo a Embaixada da Inglaterra, 11 fãs do Manchester foram levados ao hospital. Cerca de 5000 torcedores ingleses compareceram ao Stadio Olimpico e, infelizmente, mais uma vez, a Itália é marcada pela violência em seus estádios. No ano passado, no confronto das quartas-de-final da Copa da Uefa entre Roma e Middlesbrough, vários torcedores de ambas as equipes se envolveram em confusão e o lado inglês levou a pior. Ainda neste ano, o futebol italiano foi suspenso por vários dias depois da morte de um policial metropolitano, no clássico da Sicília entre Catania e Palermo.
- As partidas de volta acontecerão no dia 10, próxima terça-feira.

quinta-feira, abril 05, 2007

O Liverpool goleia o PSV e o Milan sofre um amargo empate contra o Bayern

- Em Eindhoven, na Holanda, foi disputada a partida de ida das quartas-de-final da Liga dos Campeões entre Liverpool e PSV, que terminou com um resultado espetacular para os visitantes. A equipe inglesa, que venceu o torneio há dois anos atrás, goleou o PSV por 3 a 0, apresentando um futebol muito superior ao da equipe holandesa. Esperava-se muito mais do PSV, equipe que eliminou nada mais, nada menos que o Arsenal nas oitavas, atual vice-campeão do liga. Na primeira fase, as duas equipes já haviam se enfrentado duas vezes, com um empate na Holanda e uma vitória por 2 a 0 dos ingleses, no Anfield.
- O Liverpool chegou embalado pela goleada do fim de semana, 4 a 1 sobre o Arsenal, e por pouco não abriu o placar no início da partida, através de um escanteio. Gerrard cobrou e Carragher cabeceou no canto esquerdo do gol, mas Gomes fez bela intervenção. O desfalque do zagueiro Alex, machucado, deixou a zaga do clube holandês bastante debilitada, principalmente nas jogadas aéreas. E o primeiro gol do Liverpool foi marcado dessa maneira. Aos 27, Finnan apareceu livre pelo lado direito e cruzou para o meio da grande área. A bola encontrou a cabeça de Gerrard, (foto ao lado, Gerrard comemora: BBC) que colocou no canto esquerdo do gol, sem chance alguma para o goleiro brasileiro Gomes. Na segunda etapa, o PSV teve que se lançar ao ataque e deixou sua defesa ainda mais exposta. Logo aos 4 minutos, depois de um lançamento despretensioso para o campo de defesa da equipe da casa, Simmons tentou afastar dali, mas acabou dando uma assistência para Riise, que dominou e disparou um chute forte no melhor estilo "Riise", pegando o goleiro Gomes de surpresa. À essa altura do jogo, o Liverpool jogava com muita facilidade, trabalhando a bola no campo de ataque e esperando a hora certa de invadir a grande área do adversário. Já o PSV, mesmo com a entrada de Kluivert, continuou com a mesma ineficiência ofensiva de antes e tinha muitas dificuldades em sair da marcação no meio-campo imposta pela equipe visitante. Aos 18, o Liverpool trabalhou bem a bola no meio-campo, até Xabi Alonso encontrar Finnan pelo lado direito. O lateral, assim como no primeiro gol, fez um cruzamento maravilhoso para Crouch marcar o dele.
- Diferentemente da fraca campanha que fez na última edição, quando a equipe foi eliminada nas oitavas-de-final pelo Benfica, o Liverpool pode chegar ainda mais longe na competição. O resultado por 3 a 0 praticamente sela a classificação da equipe de Gerrard e Cia, a não ser que o PSV surpreenda em Anfield Road, que, com o futebol apresentado diante de sua torcida, anula essa possibilidade. O Liverpool, nas semifinais, pega o vencedor do confronto entre Chelsea e Valencia. Assim como na campanha vitoriosa de duas temporadas atrás, a equipe comandada por Rafael Benítez pode encarar o Chelsea na fase semifinal. Para quem achava uma tristeza a eliminação precoce do Barcelona, a equipe inglesa tem mostrado que também sabe jogar um futebol de muita qualidade.
- No outro jogo da terça-feira, o Milan jogou em casa contra o Bayern de Munique e ficou apenas no empate, que aconteceu nos segundos finais de partida. O Bayern jogou desfalcado de Van Bommel e Kahn, mas a ausência do goleiro alemão não parece ter sido tão sentida pela equipe. O reserva Rensing fez dois verdadeiros milagres na primeira etapa, que impediram que o Milan abrisse o placar. O primeiro ocorreu aos 14 minutos. Pirlo cobrou escanteio e Ambrosini cabeceou à queima roupa, obrigando o goleiro a fazer bela defesa. Depois, aos 36, Nesta, que voltou recentemente de contusão, achou Oddo livre pelo lado direito. O ex-jogador da Lazio cruzou à meia altura e o goleiro fez nova defesa, desta vez na tentativa de Gilardino, dentro da pequena área. O Milan jogava melhor e abriu o placar a 5 minutos do fim do 1° tempo. Aos 40, Kaká invadiu a grande área e foi derrubado por Lúcio. O juiz russo Yuri Baskakov errou ao não marcar a penalidade e assinalou apenas o escanteio. Para a sorte dele, o Milan abriria o placar no lance seguinte. Depois do escanteio, Pirlo fingiu chutar, mas deixou a bola para Oddo. O lateral cruzou para a grande área e Pirlo apareceu de surpresa para cabecear, encobrindo o brilhante goleiro Rensing. Mas, o Bayern voltou diferente para a segunda etapa, para o azar do Milan. A equipe voltou mais ofensiva, tentando atacar pelos flancos, com os laterais Sagnol e Lahm. O Milan teve a primeira chance da etapa final e até chegou a marcar, mas foi assinalado o impedimento de Gilardino, que parece não ter existido. No minuto seguinte, o Milan atacou com velocidade pelo lado esquerdo com Ambrosini. Ele fez bela assistência para Kaká, que perdeu a chance de aumentar o placar na cara do gol. O Bayern aproveitou os erros do Milan e passou a ter maior controle da partida, dominando a posse de bola e jogando no campo de defesa do time da casa. Aos 33, Salihamidizic cruzou da direita, Pizarro desviou e Van Buyten igualou o marcador na saída do hesitante Dida. O dedo do técnico Otmar Hitzfeld, bicampeão da Liga dos Campeões como treinador, com o Borussia em 1997 e com o próprio Bayern em 2001, mudou a cara da partida, colocando um homem de decisão no ataque, Pizarro, no lugar do sonolento Podolski. Porém, a euforia do time alemão durou apenas 9 minutos. Kaká invadiu a área e sofreu carrinho de Lúcio, que atingiu apenas a bola, em um lance parecido com o do pênalti não marcado na primeira etapa. O juiz novamente errou e desta vez apontou para a marca do pênalti. Kaká converteu a cobrança e deixou o Milan em vantagem. Mesmo perdendo, o resultado não seria tão ruim para o Bayern, que só precisaria de uma vitória simples para chegar às semifinais. No entanto, a equipe persistiu e chegou ao empate nos segundos finais de jogo. O Bayern tinha falta do meio-campo para cobrar e toda a equipe foi para a grande área, naquelas jogadas típicas de jogo eliminatório. Hargreaves fez uma longa cobrança e a bola passou por toda a grande área. Van Buyten (foto acima, Van Buyten empata a partida: BBC) estava novamente pelo lado esquerdo e aproveitou a indecisão de Ambrosini para fuzilar para o gol. Gattuso até discutiu com o juiz, dizendo que o tempo de jogo já havia acabado, mas, na cobrança de falta, ainda restavam 15 segundos para o fim, dos 3 minutos de acréscimo dados pelo juiz.
- O zagueiro belga silenciou o Sansiro por duas vezes e deixou o Bayern em situação confortável para o jogo em Munique. Basta um empate por até 1 a 1 para que os alemães sonhem novamente com a conquista da Liga dos Campeões. E eles já podem considerar o estádio milanês como sua segunda casa. Em 2001, o Bayern se sagrou campeão da liga pela última vez, vencendo o Valencia nas cobranças de pênalti, e na fase de grupos da atual edição, venceu a Inter por 2 a 0. Já o Milan terá que suar a camisa para bater o Bayern fora de casa, ainda mais com um futebol nada eficiente. Para os milanistas, resta esperar que Kaká esteja em boa forma no dia do confronto.
- Os jogos de volta acontecem na próxima quarta-feira, dia 11.