Futebol de, digo... sem resultados

Tanto Roma quanto Milan são os únicos times que conseguem fazer frente a Inter e, nos últimos anos, fora um clássico ou outro vencido contra o clube dominante de Milão, as investidas provaram-se insuficientes. Não que a Inter tenha um futebol de qualidade discutível. Não ouso dizer um absurdo desses, levando-se em conta o elenco realmente superior a todos os outros concorrentes. O problema, eu observo, é o desinteresse dos outros grandes em relação à própria liga. Milan, Roma e Juventus (e olha que o time de Turim, apesar dos fracassos, tem se esforçado) colecionam contratações fracassadas, jogam futebol contraproducente, e a conduta pode terminar em malefícios para o futebol italiano como um todo.
O desempenho pífio dos clubes nas competições europeias (eliminação da Roma na Liga Europa e provável queda de Fiorentina e Milan nas oitavas da Champions) pode fazer o país perder uma das vagas para a Liga dos Campeões: a lacuna seria preenchida pelos alemães, dominantes na Liga Europa -- três nas oitavas -- e com provável participação nas quartas da UCL, se o Bayern de Munique não vacilar contra, ora, a Fiorentina!
A Itália só vai recuperar o prestígio de seu campeonato, até alguns anos atrás considerado o melhor do mundo, mesmo com o glamour de La Liga e a organização impecável da Premier League, se a Serie A voltar a ser valorizada pelos clubes grandes (Lazio, a um passo da zona de rebaixamento, também entra na lista, havia-me esquecido). Porque não se pode reclamar dos médios e pequenos: a ascensão de Genoa, Cagliari e Napoli atesta que os pequenos se importam e muito com o torneio doméstico.