Chelsea bate o Arsenal de virada, em uma final de Carling Cup cheia de fortes emoções
- O estádio Millennium recebeu, possivelmente pela última vez, uma final de Copa da Liga Inglesa - ou Carling Cup, que faz menção à marca da cerveja, patrocinadora do torneio. O Millennium vem recebendo a final do torneio desde 2001, quando foram iniciadas as reformas no Wembley, que recebia as finais desde 1967. Com a conclusão próxima de seu término,
o Millennium deu seu adeus às finais das copas nacionais da Inglaterra. E nada mais do que se despedir do torneio sendo o palco de uma grande partida, que reuniu os rivais Arsenal e Chelsea, protagonizando a primeira final de Copa da Liga entre times londrinos.
o Millennium deu seu adeus às finais das copas nacionais da Inglaterra. E nada mais do que se despedir do torneio sendo o palco de uma grande partida, que reuniu os rivais Arsenal e Chelsea, protagonizando a primeira final de Copa da Liga entre times londrinos. - O Chelsea entrou em campo com a mesma formação que usou na partida do meio de semana passado, quando empatou com o Porto fora de casa, pela Liga dos Campeões. O capitão John Terry, que havia se machucado neste jogo, se recuperou a tempo de disputar a final do torneio. Já Arsene Wenger manteve o jovem time que utilizou durante todo o torneio, apostando na qualidade da juventude do Arsenal. E a velocidade da garotada de Wenger sufocou o experiente time do Chelsea nos primeiros 20 minutos de jogo. Com Fabregas se apresentando bem ao ataque e Walcott apoiando com qualidade pela direita, o Arsenal manteve os rivais em seu campo de defesa. Julio Baptista disparou de fora da área aos 11, mas Cech fez bela defesa à direita. Após a cobrança do escanteio, a bola sobrou para Walcott, pelo lado esquerdo. Ele tocou para Diaby, que, depois de se livrar facilmente da marcação, devolveu maravilhosamente para Walcott, já dentro da grande área. A jovem promessa inglesa teve tempo de dominar e tocar na saída de Cech (foto acima, Walcott bate o goleiro tcheco: BBC). A superioridade do Arsenal era evidente e o Chelsea sabia que teria grandes dificuldades em bater os rivais. O meio-campo do time de Jose Mourinho era praticamente inexistente e o time não conseguia atacar com a qualidade de seus meias. Aos 20, porém, ela apareceu, para o azar dos gunners. Ballack dominou no meio-campo e fez belo lançamento para Drogba, que estava em posição irregular. Como o assistente daquele lado nada assinalou, o marfinense teve toda a tranquilidade e a calma do mundo para tocar na saída de Almunia, igualando o marcador e mudando um pouco a cara do jogo. Claramente, os meninos do Arsenal sentiram o gol de empate do Chelsea. O time passou a afunilar demais a partida pelo meio e a errar muitos passes quando partia para o ataque. O Chelsea, com toda a experiência de um time que joga há muito tempo junto, soube aproveitar os erros do rival e equilibrou a partida. A e
quipe ainda soube tirar proveito das constantes descidas do lateral-direito Hoyte. O clube passou a utilizar mais o lado abandonado pelo lateral do Arsenal, com as descidas de Bridge, Lampard e Shevchenko, que apesar de não ter jogado um bom primeiro tempo, procurou ajudar na transição da defesa para o ataque.
quipe ainda soube tirar proveito das constantes descidas do lateral-direito Hoyte. O clube passou a utilizar mais o lado abandonado pelo lateral do Arsenal, com as descidas de Bridge, Lampard e Shevchenko, que apesar de não ter jogado um bom primeiro tempo, procurou ajudar na transição da defesa para o ataque. - Mourinho foi ousado para o segundo tempo, tirando o volante Makelele e colocando o atacante Robben, voltando ao esquema 4-3-3, o que mais deu certo na equipe desde a chegada do treinador a Londres. Mesmo assim, quem chegou primeiro foi o Arsenal. Aos 3, Fabregas cobrou falta rapidamente do meio-campo com a bola rolando, que o juiz Howard Webb não viu. A bola chegou até Diaby, que já na grande área chutou para a boa defesa de Cech. O Arsenal voltou mais ligado na segunda etapa, mas o Chelsea também retornou bem, agora com uma arma que o rival utilizou durante a primeira etapa: a velocidade, através de Robben, que passou a atuar pelo lado direito. Aos 12 minutos, depois de escanteio do lado direito, Terry, ao tentar cabecear a bola, foi nocauteado por um chute no rosto de Diaby (foto acima: BBC), que claramente não teve intenção de acertar o jogador. O zagueiro caiu desacordado e teve que sair de campo imobilizado e com o auxílio de máscaras para respirar. Apesar da aterrorizante cena, nada de mais grave ocorreu ao capitão do Chelsea, e ontem mesmo ele recebeu alta do Hospital Universitário de Gales, para o alívio de Jose Mourinho e Steve Mclaren, que assitiu ao lance das tribunas do estádio. O jogo foi paralisado por cerca de 7 minutos, mas os clubes voltaram com o mesmo ímpeto de antes. Aos 22, Drogba recebeu pela direita e finalizou nas mãos de Almunia. Seis minutos depois foi a vez de Lampard, aparecendo bem pela primeira vez na partida, chutando no travessão. O Arsenal sofreu pressão do Chelsea durante boa parte da segunda etapa e o gol dos blues parecia apenas questão de tempo. A seis minutos do fim, Robben aproveitou bola perdida por Denilson na intermediária e fez um belo cruzamento para Drogba virar a partida a favor do Chelsea. Foi o 3° gol do jogador na competição e o 28° na temporada, de longe a melhor marca de sua carreira. Os jovens do Arsenal, como os meias do Chelsea no primeiro tempo, parecem nem ao menos ter voltado depois da paralisação de 7 minutos no início do segundo tempo. Fabregas desapareceu da partida, Denilson, além de ser débil na marcação, errava muitos passes e Diaby não conseguia aparecer bem ao ataque como na primeira etapa, ação que possibilitou o primeiro gol do Arsenal. Já nos longos 12 minutos de acréscimo, jogadores de ambas as equipes protagonizaram uma lamentável cena de pancadaria, coisa rara no futebol inglês. A briga foi causada por uma dividida nada pacífica entre Toure e Mikel. Howard Webb fez bem em expulsar os dois jogadores, além de Adebayor. Lampard e Fabregas saíram
"ilesos", apenas com um amarelinho cada um. Ainda no primeiro tempo, outro fato incomum no futebol da terra da Rainha. Ao menos por duas vezes, o meia Fabregas foi impedido de cobrar escanteios por objetos jogados pelos torcedores do Chelsea. No fim, o Chelsea conquistou seu quarto título de Copa da Liga (foto, Lampard ergue o caneco na ausência de Terry: BBC), o segundo sob o comando de Mourinho. A equipe teve ainda o gostinho de manter o tabu de não perder para o Arsenal. Contando com a final de ontem, já são 9 partidas sem derrota para os gunners, 7 com Mourinho como treinador. A última derrota foi em 2004, em Stamford Bridge, exatamente a última vez que o Chelsea foi derrotado diante de sua torcida. O Arsenal pode ter perdido o título, mas mesmo assim tem muito o que comemorar. A competição provou a capacidade das jovens promessas da equipe, que daqui a algum tempo certamente serão titulares absolutos. Diaby, Walcott, Aliadiere (estava ameaçado de sair do clube, mas reencontrou o caminho do gol, marcando quatro na competição), Denilson e outros jogadores são fruto do belo trabalho de Arsene Wenger, que sabe, como poucos, lidar com as categorias de base. Ele já ajudou a revelar grandes craques do futebol mundial, como Weah, no Monaco da década de 90, além de Henry, que despontou na equipe do Arsenal há quase 8 anos, graças ao técnico. Da geração de hoje, Fabregas (19 anos), que é titular desde a saída de Vieira em 2005, é o símbolo do novo Arsenal que floresceu nesta Copa da Liga.
"ilesos", apenas com um amarelinho cada um. Ainda no primeiro tempo, outro fato incomum no futebol da terra da Rainha. Ao menos por duas vezes, o meia Fabregas foi impedido de cobrar escanteios por objetos jogados pelos torcedores do Chelsea. No fim, o Chelsea conquistou seu quarto título de Copa da Liga (foto, Lampard ergue o caneco na ausência de Terry: BBC), o segundo sob o comando de Mourinho. A equipe teve ainda o gostinho de manter o tabu de não perder para o Arsenal. Contando com a final de ontem, já são 9 partidas sem derrota para os gunners, 7 com Mourinho como treinador. A última derrota foi em 2004, em Stamford Bridge, exatamente a última vez que o Chelsea foi derrotado diante de sua torcida. O Arsenal pode ter perdido o título, mas mesmo assim tem muito o que comemorar. A competição provou a capacidade das jovens promessas da equipe, que daqui a algum tempo certamente serão titulares absolutos. Diaby, Walcott, Aliadiere (estava ameaçado de sair do clube, mas reencontrou o caminho do gol, marcando quatro na competição), Denilson e outros jogadores são fruto do belo trabalho de Arsene Wenger, que sabe, como poucos, lidar com as categorias de base. Ele já ajudou a revelar grandes craques do futebol mundial, como Weah, no Monaco da década de 90, além de Henry, que despontou na equipe do Arsenal há quase 8 anos, graças ao técnico. Da geração de hoje, Fabregas (19 anos), que é titular desde a saída de Vieira em 2005, é o símbolo do novo Arsenal que floresceu nesta Copa da Liga.

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