Google

domingo, maio 06, 2007

O Milan goleia o Manchester e busca revanche na final

- Debaixo de muita chuva em Milão, Milan e Manchester protagonizaram a partida de volta das semifinais da Liga dos Campeões. O resultado de 3 a 2 na primeira partida dava certa vantagem aos visitantes, mas o Milan, jogando em casa, acabou saindo vencedor pelo surpreendente e contundente placar de 3 a 0. O Manchester agora se volta às competições nacionais que ainda disputa, a Premier League e a final da Copa da Inglaterra, que será contra o Chelsea. Já o Milan só pensa em esquecer, definitivamente, aquela tenebrosa final de 2005, saindo de Atenas com o heptacampeonato.
- Os italianos entraram em campo com Inzaghi no lugar de Gilardino, que atuou na partida em Old Trafford. Além da mudança ofensiva, Ancelotti trocou o Maldini por Kaladze, devido a problema de contusão no joelho do capitão da equipe. Alex Ferguson contou com a volta de Vidic à zaga, enquanto Ferdinand, não totalmente recuperado, assistiu à partida do banco de reservas. Evra também não atuou, suspenso, deslocando Heinze para a lateral esquerda.

Um exuberante Milan
- A equipe da casa, impulsionada pela torcida que compareceu em massa ao estádio Sansiro, logo começou a partida no ataque, acuando os visitantes. No primeiro minuto de jogo, Kaká avançou pelo lado direito, invadiu a área e chutou cruzado, levando perigo ao gol de Van der Sar. Diferentemente da formação tática das últimas três partidas na liga, Kaká começou ocupando o lado direito do meio-campo, enquanto Seedorf continuou pela esquerda. A mudança possibilitou uma variação de jogadas ofensivas muito mais ampla. Aos 3, a jogada começou com a falta de Pirlo cobrada pela direita. No rebote da zaga, Seedorf acertou um belo chute da entrada da área, porém Van der Sar espalmou com maestria. O Milan, além de usar e muito o lado direito com Kaká e as subidas de Oddo, marcava muito bem a saída de bola do Manchester. Gattuso foi o principal perseguidor de Cristiano Ronaldo, que não conseguiu atuar como na fase anterior. Com a atuação ineficiente de Fletcher e Scholes, o meio-campo do Milan tinha total controle da partida. Aos 11, Seedorf desviou para a entrada da área o lançamento que veio do campo de defesa e Kaká apareceu para finalizar com o pé esquerdo, abrindo o placar. O Manchester só conseguiu levar perigo real ao gol de Dida aos 20 minutos. Giggs avançou pela direita e chutou rasteiro para a boa defesa do goleiro. Após a tentativa, a equipe mostrou que sairia um pouco mais para o jogo, principalmente através de Cristiano Ronaldo. Sem sucesso. O Milan, aproveitando o grotesco erro da defesa adversária, ampliaria o placar aos 30 minutos. Depois de receber passe de Heinze, Vidic, pressionado por Kaká, tentou afastar mas acabou entregando a bola nos pés de Pirlo. O italiano cruzou da direita, Vidic novamente cortou mal e Seedorf ficou com a sobra. O holandês passou maravilhosamente por Fletcher e Vidic e chutou no canto esquerdo de Van der Sar (na foto acima, Seedorf finaliza e marca: AP). Dez minutos depois, Inzaghi quase fez o terceiro, porém finalizou à direita do gol, depois de nova jogada pela direita, desta vez com Oddo. O Milan fez um primeiro tempo quase perfeito: marcou com veêmencia e ímpeto e atacou com muita qualidade e objetividade. Já o Manchester esteve irreconhecível mais uma vez.
O golpe final
- O Milan continuou jogando em ritmo forte na segunda etapa e por pouco não ampliou com Kaká. Aos 7, ele partiu pela direita, deixou Vidic no chão, mas parou em Van der Sar. Mas a tática do time comandado por Ancelotti seria outra, semelhante àquela usada na partida em Old Trafford: esperar o Manchester no campo de defesa, roubar a bola no meio-campo e sair com velocidade pelos lados do campo. O United até passou a dominar a posse de bola. No entanto, com a forte marcação imposta pelo Milan, sobretudo por Gattuso, estava difícil chegar ao gol de Dida. Aos 17, Fletcher recebeu pelo lado direito da grande área de Rooney, mas acabou finalizando mal, à esquerda do gol. Sem organização, sem velocidade e toque de bola no ataque, o Manchester não conseguiria se desvencilhar da forte marcação pelo meio e chegar ao empate, resultado que daria a vaga para as finais. E o Milan sabia usar bem a arma do contragolpe. Aos 33, Gilardino foi lançado por Ambrosini e tocou na saída de Van der Sar, acabando com qualquer chance de reação dos ingleses (na foto acima, o Milan comemora a vaga para a 10ª final de sua história: AP).

Chance de redenção ou de nova decepção
- O Milan, desde a emocionante e sofrida classificação contra o Celtic, nas oitavas-de-final, começou a jogar um futebol diferente e, sobretudo, de muita qualidade. Comandado por Kaká e Seedorf, a equipe passou pelo tradicional Bayern na fase seguinte, vencendo na casa do adversário com muita autoridade. Na semifinal, fez duas partidas espetaculares contra o Manchester, um gigante que era cotado para a consquista do título, principalmente após a contundente goleada de 7 a 1 sobre a Roma. A marcação e a objetividade ofensiva mostradas pelos rossoneros são fatores que qualquer time campeão deve ter. E se o Milan se sagrar heptacampeão em Atenas, no dia 23, o título terá um gosto ainda mais especial. Há dois anos, a equipe estava em Istambul disputando a final da competição e saiu com um espetacular placar de 3 a 0 para o intervalo. No segundo tempo, o Liverpool surpreendentemente empatou a partida e bateu os italianos nos pênaltis. Agora, as equipes se enfrentarão novamente em uma final. Se o Milan for campeão, garantirá sua sétima conquista, além de uma revanche histórica contra os ingleses. Já o Liverpool, se igualará aos italianos no número de títulos e poderá se gabar diante de seus rivais Chelsea, Arsenal e Manchester (o United, a única equipe britânica campeã além do Liverpool, nos anos de 1968 e 1999).

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home