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quinta-feira, maio 03, 2007

Deu Liverpool de novo!

- Depois de uma partida de ida nada boa para a equipe de Benítez, a decisão em Anfield Road foi marcada por muito drama e emoção. O Livepool saiu vencedor no tempo normal por 1 a 0, mas o resultado não foi suficiente e o jogo caminhou para as cobranças de pênalti. Gerrard e Cia foram mais felizes e fizeram a festa dos torcedores do Liverpool, que agoram sonham com o hexacampeonato em Atenas, na sétima final disputada pelo clube. Restou ao Chelsea mais uma decepção. No último fim de semana, a equipe viu o Manchester se distanciar na liderança da Premier League e agora perde a chance de chegar a uma final inédita de Liga dos Campeões.
- Benítez, insatisfeito com a produção ofensiva do time na primeira partida, optou por colocar Crouch entre os titulares, no lugar de Bellamy. O treinador ainda sacou Arbeloa e Xabi Alonso do time, dando oportunidades para Finnan e Pennant. Já Mourinho teve problemas com jogadores machucados. Shevchenko e Ricardo Carvalho não tinham condições de jogo e foram substituídos por Kalou e Essien, que voltava de suspensão e jogaria recuado pela zaga central.
Competência de sobra
- Os momentos iniciais de partida foram marcados por muitas faltas e muita marcação. O Liverpool tinha maior tempo de posse de bola, enquanto o Chelsea saía como podia para o ataque, sempre com as descidas rápidas de Kalou pelo lado esquerdo. O cenário era perfeito para lances casuais, em jogadas de bola parada. E o Liverpool mostrou porque é uma das melhores equipes do mundo nesse quesito. Depois de falta feita por Joe Cole pelo lado esquerdo, Gerrard cobrou para a entrada da área e Agger colocou a bola com muita categoria no cantinho esquerdo de Cech (na foto acima, Agger coloca o Liverpool na frente: BBC). O Chelsea passou a ser mais incisivo no ataque depois do gol, aproveitando os erros do meio-campo adversário. Aos 32, Mascherano errou passe pelo meio e Mikel lançou Drogba pela direita. O marfinense dominou, invadiu a área mas finalizou para a boa defesa de Reina. Oito minutos depois, outra boa chance. Lampard cobrou escanteio, Drogba desviou, mas Essien concluiu sem precisão para o gol. No minuto final do primeiro tempo, Lampard apareceu novamente, desta vez em falta do lado esquerdo, que Reina interceptou com segurança. Apesar das melhores chances para o lado azul, o Liverpool fez um primeiro tempo seguro, muito melhor do que apresentou na partida de ida.
Drama, o sinônimo de Liverpool na liga
- Com as duas equipes buscando o resultado, o Liverpool porque o 1 a 0 levaria o jogo para a prorrogação e o Chelsea porque o empate dava a vaga a final, a partida ganhou muita qualidade e, sobretudo, emoção. Aos 11, Pennant cruzou da direita e Crouch cabeceou no canto direito, porém a finalização parou nos pés de Cech. O Liverpool continuou pressionando e mantendo o Chelsea preso no campo de defesa. Poucos minutos depois do lance de Crouch, Kuyt acertou o travessão, depois de cruzamento de Riise da entrada da área. Novamente, a equipe trabalhou muito bem a bola pelo lado direito e, desta vez, virou o jogo para o esquerdo, conseguindo uma bela chance de ampliar o placar. Porém o Chelsea também levou muito perigo ao gol dos donos da casa. Aos 30, Mikel fez lindo lançamento para Ashley Cole pela esquerda. Ele cruzou rasteiro para a pequena área, mas Carragher tirou dali antes que Drogba chegasse para igualar o marcador, naquela que foi a melhor chance do Chelsea no jogo. O equilíbrio da partida levou os clubes para a disputa do tempo extra, acrescentando ainda mais emoção ao confronto. A superioridade física do Liverpool estava clara e a equipe teve duas grandes chances de sair vencedor, ambas com Kuyt. Na primeira ele parou em Cech e finalizou na zaga, porém havia impedimento no lançamento de Mascherano que deu origem ao lance. Na segunda e última da primeira etapa da prorrogação, ele aproveitou o rebote de Cech no chute de Alonso e completou para as redes. No entanto novo impedimento foi marcado, pois, na finalização de fora da área, o holandês estava ligeiramente a frente da linha defensiva azul. Kuyt ainda teve nova oportunidade a dois minutos do fim da partida, mas parou em Cech. A partida seria decidida mesmo nas cobranças de pênalti. É apenas a sexta vez que um confronto da segunda fase é decidido nas penalidades, e este jogo marcou a primeira semifinal a ser decidida assim. A última decisão foi exatamente naquela memorável final entre Milan e Liverpool, onde os ingleses saíram vencedores. E o Liverpool repetiria a dose.
- Zenden foi o primeiro a cobrar e não desperdiçou. Na vez do Chelsea, Robben, que havia entrado na prorrogação, parou em Reina. Na sequência, Xabi Alonso, Lampard e Gerrard converteram suas penalidades. Na vez de Geremi, Reina apareceu novamente, deixando o Liverpool perto da final. A responsabilidade da cobrança decisiva estava nos pés de Kuyt e o holandês não decepcionou os torcedores em Anfield Road, garantindo os reds em mais uma final de Liga dos Campeões (na foto acima, a cobrança indefensável de Kuyt: BBC).
A tradição faz frente à badalação
- Mais uma vez, o Chelsea morre na praia. E mais uma vez diante do Liverpool. Os azuis chegaram com certo favoritismo para as semifinais e eram cotados até para a conquista do título. Mas a tradição e a experiência do Liverpool na competição falaram mais alto que a recente ascensão do Chelsea no futebol mundial (a equipe figura entre os grandes desde a chegada do investidor russo Roman Abramovich, em 2003). Porém, nem só de história vive um time como o Liverpool. A equipe não dispõe jogadores brilhantes como o Chelsea, exceto por Gerrard, mas possui um elenco experiente, forte, disciplinado e muito competente. Além disso, tem no comando um técnico especialista em competições mata-mata, Rafael Benítez. Ele tem no currículo duas taças européias, uma Copa da Uefa com o Valencia em 2004 e uma Liga dos Campeões com o mesmo Liverpool em 2005. Benítez ainda conquistou a Copa da Inglaterra na temporada passada, também de forma dramática, contra o West Ham. O jogo terminou empatado em 3 a 3 e a equipe se sagrou campeã nas cobranças de pênalti. O Liverpool agora busca o hexacampeonato na final em Atenas, no dia 23 de maio.

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