Tradição vs Crescimento
POR FELIPE LEONARDO
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Alemanha
Mentalidade de campeã
Jürgen Klinsmann saiu do comando da seleção alemã em 2006 e deixou para seu sucessor e ex-assistente técnico, Joachim Löw, uma equipe amadurecida e pronta para vencer. A Alemanha de Klinsmann e Löw joga um futebol de mais toque de bola, com volantes que aparecem no ataque e alas muito ofensivos. Nesta Euro, tem-se visto uma Alemanha incrivelmente poderosa ofensivamente, mas ainda assim com um jogo equilibrado, organizado e eficiente.
Na estréia, contra a Polônia, os germanos venceram com tranquilidade por
Pontos fortes - O trunfo da Alemanha nesta competição tem sido o ataque, especialmente na segunda fase. Mario Gomez e Klose formaram a dupla ofensiva na primeira fase e o que se viu foi um congestionamento enorme entre dois grandes centroavantes. Löw optou apenas por um homem de área e escolheu certo, Klose, mais experiente e eficiente que Gomez. Na armação de jogadas aparece Ballack, que, contra Portugal e Turquia, pôde jogar um pouco mais à frente do que estava acostumado, sem tantas preocupações defensivas. Mas as grandes armas de Löw estão nas alas: Podolski na esquerda e Schweinsteiger na direita. Os dois jovens são os reponsáveis por dar velocidade ao ataque alemão e qualidade na dinâmica ofensiva. Por isso, Klose nunca está isolado na grande área. Resultado: 7 dos 10 gols da Alemanha são do trio; e os três, cada um com duas assistências, respondem por 70% dos passes para gol da equipe. O futebol de qualidade que Podolski e Schweinsteiger deixaram de mostrar pelo Bayern nas duas temporadas pós-Copa do Mundo foi restaurado e colocou a Alemanha em sua sexta final européia.
Pontos fracos - A Alemanha marcou 10 gols nesta Euro, 6 deles nos últimos dois jogos. Sofreu 6, 4 deles nos últimos dois jogos. Se o ataque melhorou consideravelmente na segunda fase, a defesa se enfraqueceu na mesma medida. A zaga central é formada por Mertesacker e Metzelder, uma excelente dupla de beques. Rolfes entrou no lugar do machucado Frings na proteção à zaga, que deve voltar para a final. Hitzlsperger entrou no lugar do atacante Mario Gomez, para preencher o meio-campo, e Fritz perdeu a titularidade. Mas a dupla de volantes também tem se mostrado eficiente, apesar das mudanças e problemas. A fraqueza defensiva da Alemanha está nas laterais. Friedrich joga pela direita, tem pouca habilidade no apoio e está longe de ser um grande defensor. Philipp Lahm, que atua na esquerda mas é destro e pode jogar na direita, é completamente voltado para as ações ofensivas. Tem qualidade no desarme e é rápido na aproximação aos atacantes, porém, obviamente, não dá conta da armação e da proteção ao lado esquerdo da zaga. Como castigo, a Alemanha tem sofrido muitos gols construídos em jogadas laterais: 4 dos 6 gols sofridos por Lehmann aconteceram na grande área. O sistema defensivo alemão que se cuide com Sergio Ramos, Capdevila, David Silva e Iniesta, articuladores de jogadas laterais da seleção espanhola.
Time-base - Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Hitzlsperger e Rolfes; Schweinsteiger, Ballack e Podolski; Klose.
POR ANDRÉ AUGUSTO
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Espanha
Fúria desperta
Há 40 anos, a Espanha ganhava seu último título expressivo no futebol: A Eurocopa, sediada em seus domínios. Vinte anos depois, chegava à final da mesma competição, sendo esta a última final que disputou em um campeonato de alto nível. E o vice-campeonato marcaria mais vinte anos de sofrimento, chacota e campanhas decepcionantes, mesmo com times razoáveis.
Desacreditada, a Espanha chegou na Euro com Luís Aragonés balançando no cargo. A polêmica de Raúl González, ícone do futebol espanhol, ficar fora do grupo e a aposta
Aragonés armou a equipe em um 4-4-2 durante toda a competição, mas será obrigado a remeter ao 4-5-1 por conta da contusão de Villa. A fluidez que a entrada de Fabregas deu ao time, principalmente contra russos, fazem desta a opção mais sensate.Ainda há uma pequena possibilidade da entrada de Güiza, que também mostrou oportunismo. Neste caso, a Espanha volta ao esquema inicial.
Pontos Fortes – O meio-campo mostrou-se muito eficiente e efetivo. O ataque badalado formado por Torres e Villa correspondeu no começo, mas deixou a desejar no mata-mata. Entrava em campo as boas aparições de Xavi, Silva e Iniesta, muito rápidos na chegada ao ataque. Por opção e da contsão de Villa, Fabregas deu uma dinâmica ainda maior, revesando com os outros meias. Isso deu a Espanha o status de melhor ataque da Euro (11 gols) e time que mais rematou ao gol adversário (104 chutes). As subidas de Sérgio Ramos também mostraram-se uma boa válvula de escape, já que o lateral/defensor do Real Madrid ataca com alguma qualidade e fecha a ala com eficiência. Além disso, Casillas mostrou estrela e passa muita confiança,
Time-Base – Casillas; Sérgio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevilla; Senna, Xavi, Iniesta e Silva; Villa (Fabregas) e Torres.
2 Comentários:
Esse post ficou muito bom! Valeu a parceria!
Abs!
A bem do futebol bonito e de ataque espero bem que seja a Espanha a vencer. Abraço
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