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segunda-feira, junho 02, 2008

Grupo (da morte) C - Euro 2008

Holanda - Sempre favorita
Em todas as competições que a Holanda participa os comentários são os mesmos: o time é favorito, tem um elenco forte, experiente e tradição internacional. E são todos bem verdadeiros. A Holanda sempre montou equipes muito competitivas, chegou a duas finais de Copa do Mundo, em 1974 e 1978, na era da Laranja Mecânica, e se consagrou como grande seleção européia vencendo a Euro 1988, liderada pelo goleador Marco Van Basten e companhia. Vinte anos depois, Van Basten, agora técnico, quer fazer da Holanda a melhor da Europa novamente. O ex-centroavante chegou ao comando da seleção rodeado de muitas dúvidas, mas conseguiu montar um time consistente e classificar a Holanda para a Euro, como segunda colocada do grupo G, atrás da Romênia.
Virtudes - As excelentes opções para o meio-campo e ataque, que possibilitam a Van Basten montar uma poderosa linha ofensiva (terá de funcionar contra França e Itália na fase de grupos). Para as meias: Van der Vaart (Hamburgo), Sneijder (Real Madrid), o rodado Seedorf (Milan) e Arjen Robben (Real Madrid). Para o ataque: o goleador Van Nistelrooy (Real Madrid), o esforçado Dirk Kuyt (Liverpool), Van Persie (Arsenal) e o excelente atacante Huntelaar (Ajax). Klaas-Jan Huntelaar, de 24 anos, já foi artilheiro da Liga Holandesa (Eredivisie) duas vezes, tem pinta de centroavante, mas pode atuar pelas laterais do ataque e como segundo atacante. Apesar das ótimas opções, Van Basten não contará com Ryan Babel (Liverpool), de 21 anos, jogador que teve seu tendão de aquiles lesionado durante um treino em seu clube.
Fraquezas - Desde que Van Basten assumiu a Holanda, depois do fracasso de Dick Advocaat na Euro 2004, a seleção foi renovada. Dos 23 convocados de Van Basten, 9 estiveram na última Eurocopa. E a falta de experiência em grandes decisões do jovem elenco pode pesar ainda na primeira fase, quando a Holanda enfrenta Itália, França e Romênia, rival na fase eliminatória da competição.
Destaque individual - O grandalhão Van Nistelrooy (foto: BBC) é a principal arma de Van Basten para vencer o estágio de grupos e chegar com força na fase final. O holandês, de 31 anos, é experiente e artilheiro. Tem 31 gols pela seleção nacional e está a apenas nove do recordista, Patrick Kluivert. E ele espera que seus companheiros de ataque o ajudem a passar por Itália e França, adversários de peso logo no início da campanha.

Itália - Experiência e tradição
A esquadra azzurra, junto com a Alemanha, é a seleção mais tradicional do continente europeu. Já venceu quatro Copas do Mundo (1934, 1938, 1982 e 2006), uma Eurocopa (1968) e, não importa qual seja o torneio ou a moral do elenco, sempre chega como favorita. É o peso da tradição e da experiência histórica em torneios importantes. Em 2006 foi assim. A Itália chegou ao mundial abalada pelo escândalo do apito, com um time já bastante experiente e de qualidade duvidosa. Mas, no decorrer da campanha, mesmo sem jogar um futebol brilhante, atuou de maneira competente e objetiva, e conquistou seu quarto título mundial. Mesmo com a saída de Marcelo Lippi, após o tetra, a seleção italiana mudou pouco: 13 jogadores que vão a Euro participaram do mundial em 2006, a maioria como titulares. A base ainda é a mesma, a tradição e a energia também permanecem imutáveis.
Virtudes - O elenco experiente e competente, acostumado a decisões e a jogos difíceis. A consistência defensiva foi mantida, com Materazzi (Internazionale) e Cannavaro (Real Madrid) na zaga; Zambrotta (Barcelona), o mítico Grosso (Lyon), Chielini (Juventus) e Panucci (Roma) são opções eficientes nas laterais. No meio, não há nenhum grande meia de ligação, mas bons marcadores que sabem sair jogando com qualidade (exceto Gattuso e Ambrosini, do Milan, com todo o respeito): Aquilani (Roma), Pirlo (Milan), Perrotta (Roma), De Rossi (Roma) e Camoranesi (Juventus). O ataque também é forte e conta com o goleador Toni, que vem de uma sensacional temporada pelo Bayern de Munique. Del Piero (Juventus) também marca presença entre os homens de frente.
Fraquezas - Talvez a tática de usar jogadores experientes não funcione desta vez. França e Holanda vão para a Euro com elencos rejuvenescidos e podem complicar as coisas para a azzurra. As ausências de Nesta (Milan), machucado, e Totti (Roma), aposentado da seleção, serão bastante sentidas.
Destaque individual - Nada de Cannavaro ou qualquer outro defensor. O destaque da atual Itália é um grande atacante, no tamanho e na qualidade: Luca Toni (foto: GettyImages/UEFA). Ele fez excelentes temporadas por Palermo e Fiorentina e agora é o principal atacante do futebol alemão, jogando pelo Bayern de Munique. Toni é forte, tem um excelente cabeceio, sabe sair da área para tabelar com os meias e é habilidoso com a bola no chão. Símbolo de eficiência e muitos gols, tudo o que a Itália precisa para conquistar a Euro 2008.

França - Primeiro desafio na era pós-Zidane
Desde a Copa de 1998, os les bleus tem aparecido com destaque em todas as competições que participa. Acumulou alguns fracassos, como no Mundial de 2002 e na Euro 2004, mas chegou com um enorme favoritismo em todas as disputas. Venceu a Copa de 1998 e foi vice em 2006, e conquistou o bi (o primeiro foi em 1984, na Era Platini) da Euro 2000. Mas o símbolo da seleção francesa deixou os campos após o vicecampeonato de 2006 e a famosa cabeçada em Materazzi. Desde então, a França busca uma nova identidade e a tem encontrado na renovação de peças. Vários jogadores experientes se manteram no elenco, mas Domenech, pouco a pouco, constrói uma seleção forte e com a mesma competitividade que, há uma década, recolocou a França no bloco das grandes seleções européias.
Virtudes - O elenco consistente, que mistura juventude e experiência. Thuram (Barcelona), Gallas (Chelsea), Makelele (Chelsea), Vieira (Internazionale), Anelka (Chelsea) e Henry (Barcelona) são remanescentes da geração passada e os pontos de equilíbrio tático e mental de um elenco bastante diversificado. A renovação começa no gol: Coupet (Lyon), que ficou furioso em 2006 por não ser o titular da seleção, agora terá sua chance em um torneio importante. Na zaga, as novidades são o seguro lateral-esquerdo Abidal (Barcelona), o bom zagueiro Boumsong (Lyon) e o lateral-direito Clerc (Lyon), que deve ser reserva de Sagnol (Bayern). Evra (Manchester United) não é mais uma jovem promessa, mas passou a ser convocado recentemente pelas boas partidas que tem feito em seu clube. No meio, Raymond Domenech foi obrigado a deixar bons jovens jogadores de fora em detrimento de montar um miolo mais consistente. Flamini (Arsenal) e Ben Arfa (Lyon) foram os preteridos. Aparecem com destaque, entre as novidades, o volante Toulalan (Lyon) e o meia Nasri (Olympique de Marselha). Mas Ribery (Bayern), o melhor meio-campista ofensivo da Bundesliga, continua sendo fundamental. No ataque, o grande destaque é Karim Benzema (Lyon), de apenas 20 anos, o artilheiro da última temporada da Liga Francesa e eleito o Jogador Francês do Ano. Não à toa, o Lyon renovou seu contrato até 2013.
Fraquezas - A Eurocopa será o primeiro grande desafio da França pós-Zidane. No qualificatório, o time encarou a Itália e se classificou em segundo. Mas foi por pouco. Terminou apenas dois pontos à frente da Escócia, que venceu os les blues nos dois confrontos entre as duas seleções. E a Itália será novamente adversária da França, agora na Eurocopa. Grandes desafios esperam a França logo na chave de grupos da Euro.
Destaque individual - Thierry Henry (foto: SkySports), 99 jogos e 44 gols pela França, o maior artilheiro da história da seleção, e um passado de maravilhosas lembranças com a camisa azul. Mesmo com um futebol que deixou a desejar no Barcelona, ele é a principal esperança da França na Eurocopa. Mas precisa resgatar o espírito de decisão e o futebol de qualidade que tanto o fizeram famoso.

Romênia - Possível zebra da vez
Os romenos fizeram uma campanha irrepreensível no qualificatório: 29 pontos, 9 vitórias, apenas uma derrota e 7 gols sofridos. E o grupo não era dos mais fáceis, pois Holanda e Bulgária também lutaram por vagas. Com um time organizado taticamente, forte na defesa e com destaques individuais no ataque, a Romênia se classificou em primeiro em seu grupo eliminatório e agora avista um enorme desafio na Euro: conseguir uma vaga para as quartas-de-final em um grupo com Itália, França e Holanda. A Romênia tem lá suas qualidades, mas é um time bastante inferior aos outros três, tanto em experiência quanto em virtudes técnicas. Mas zebras sempre aprontam... Basta olhar para a Grécia na última edição do torneio, que se classificou em um grupo que tinha Portugal e Espanha, e foi campeã vencendo os anfitriões lusitanos. Em 2000, a Romênia foi quase-zebra. Também caiu em um chamado 'grupo da morte', com Portugal, Inglaterra e Alemanha. Mas, nas quartas-de-final, o não aguentou a Itália, futura finalista daquele ano. Nesta Euro, a Romênia fará de tudo para ser rotulada, agora sim, de zebra.
Virtudes - O eficiente sistema de jogo montado pelo técnico Victor Piţurcă, adepto do rodízio nas escalações. A defesa é segura, com destaques para o zagueiro Christian Chivu (Internazionale), que sabe sair jogando com qualidade, e o lateral-direito Cosmin Contra (Getafe). O cérebro criativo do time é o meia Nicolae Dica (Steaua Bucareste), um jogador que sabe jogar pelas laterais e que, quando preciso, consegue atuar como atacante. O ataque também merece referência, e conta com Adrian Mutu (Fiorentina) e Ciprian Marica (Stuttgart).
Fraquezas - Os tricolorii têm um bom elenco, capaz de passar da fase de grupos. Mas com Itália, França e Holanda como adversários, o time terá de jogar um futebol surpreendente para conseguir uma vaga nas quartas. Repetir a campanha de 2000 já será um feito impressionante.
Destaque individual - Controverso, brigão, polêmico. Esse é o perfil do craque romeno do momento: Adrian Mutu. O atacante teve sua vida mudada depois de sua passagem pelo futebol inglês, há quatro anos. Chegou ao Chelsea depois de ser considerado um dos melhores estrangeiros do futebol italiano, jogando pelo Parma. Na Inglaterra, perpetuou o sucesso, até que foi pego em exames clínicos pelo uso de cocaína. Saiu praticamente a pontapés do clube e ficou sete meses fora dos gramados. Foi recebido novamente na Itália, onde era muito querido, e jogou uma temporada na Juventus. Mas só reencontraria o bom futebol na Fiorentina, que o contratou por 8 mi de euros em 2006. Depois do mito Gheorghe Hagi, Adrian Mutu se tornou símbolo da Romênia, que confia nele, remanescente de 2000, para impressionar na Euro (foto: GettyImages/UEFA).

4 Comentários:

Blogger Zêro Blue disse...

Acho que a Itália passa.


Abração Felipe

Saudações Celestes
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ENTREM E SINTAM-SE A VONTADE

3/6/08 16:09  
Anonymous Anônimo disse...

Itália passa com certeza.

3/6/08 17:38  
Blogger Ricky_cord disse...

Passam Itália e França, embora a Holanda vá ser um adversário que vai dificultar muito a vida.

3/6/08 20:33  
Blogger Daniel Gomes disse...

Alô galera do "Futebol Europeu".Eu tenho um blog que fala do Futebol Pernambucano em geral. Chama-se Pernambola, e queria que vocês fossem lá dar uma força com algumas sugestões que fizessem o blog ir pra frente. Quem sabe até poderíamos fazer uma paarceria. Conto com sua visita.

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5/6/08 20:12  

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