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terça-feira, maio 20, 2008

Grupo B - Euro 2008

Áustria - Debutantes e anfitriões
Josef Hickersberger chegou ao comando da seleção austríaca no início de 2006, com o objetivo de montar um time forte para a disputa da primeira Eurocopa do país. Desde o Mundial de 1998, na França, a Áustria não participava de uma competição entre seleções. E só vai para a Euro porque é co-anfitriã ao lado da Suíça. Nem de longe, o atual time lembra o de 10 anos atrás, aquele do artilheiro Polster, que chegou a estar entre as 20 melhores seleções do mundo pelo ranking da FIFA. Mas o time atual tem lá suas qualidades, principalmente na defesa. Vai jogar em casa, e a torcida certamente comparecerá em peso para empurrar o time contra os adversários do grupo: Alemanha, Polônia e Croácia. Mesmo assim, não será fácil para os calouros conseguir uma vaguinha na segunda fase.
Virtudes - Hickersberger dá prioridade tática à defesa e escala sua equipe com quatro beques, estratégia que deu certo em amistosos recentes. Os principais defensores são Emanuel Pogatetz (Middlesbrough) e Martin Stranzl (Spartak), dois dos quatro zagueiros que atuam fora do futebol austríaco. A retaguarda é segura, mas deve jogar seu melhor futebol para conter Alemanha e Croácia na primeira fase.
Fraquezas - O contido ataque e a falta de qualidade no meio-campo são deficiências latentes em um time de poucas qualidades. O destaque na frente é o atacante Roland Linz (Sporting Braga), que foi bem na atual temporada européia. Hickersberger aposta em jovens qualidades no meio, principalmente na proteção à zaga: Joachim Standfest (Austria Viena) e René Aufhauser (Salzburg). Os meia ofensivos mais interessantes são Ümit Korkmaz (Rapid Viena) e Martin Harnik (Werder Bremen). É pouco em termos de proficiência técnica.
Destaque individual - Nascido em Hamburgo, na Alemanha, Martin Harnik (foto acima: GettyImages), de 20 anos, é reserva no Werder Bremen e na seleção austríaca, mas pode despontar como boa alternativa para o carente de opções Hickersberger. Desde o juvenil, Harnik sempre jogou no futebol alemão, pelas categorias de base do Werder Bremen. Poderia jogar pela Alemanha, mas optou por defender o país onde nasceu, e jogou em todas as seleções de base. Ele estreou pela seleção principal da Áustria em um amistoso diante da República Tcheca, em agosto do ano passado. Os tchecos venciam por 1 a 0 e Harnik, com pouco mais de cinco minutos em campo, marcou o gol de empate a 12 minutos do fim. Debutante na Euro, como sua seleção, Harnik deseja ser importante de novo.

Alemanha - Gigante adormecido
Tricampeã mundial e européia, a Alemanha chega a esta Eurocopa com o espírito vencedor de sempre, e é virtual favorita ao título. As desclassificações na primeira fase nas duas últimas Euros não desanimam os alemães, que, mesmo sem grandes times, chegaram entre os três primeiros nos dois últimos mundiais. Na Copa de 2006, jogada em casa, a Alemanha mostrou um futebol alegre e solto, que calou a boca dos que rotulam o futebol alemão de rígido e não mais do que eficiente. O carismático Klinsmann, que vai dirigir o Bayern, deixou o comando da seleção para seu assistente, Joachim Löw, um fiel seguidor do ex-técnico. A Alemanha pode voltar a reinar na Europa com grande estilo.
Virtudes - O elenco experiente e consistente, do goleiro ao atacante, e a variedade de boas opções. A qualidade da defesa é incontestável, e talvez seja a melhor desta Eurocopa. Lahm (Bayern), que pode atuar nos dois flancos (mas deve ficar no esquerdo), e o miolo de zaga composto por Metzelder (Real Madrid) e Mertesacker (Werder Bremen) são titulares absolutos. Jansen (Bayern) e Friedrich (Hertha) disputam vaga na lateral-direita. Mais à frente, o capitão Ballack (Chelsea) é o cérebro do time, e deve se dividir entre armar e defender, já que Schneider (Leverkusen), armador pela direita, não jogará a Eurocopa por problemas físicos. Frings (Bremen), como volante, fornece qualidade na saída de bola e muita força nas subidas ao ataque. Schweinsteiger é o homem da velocidade e do chute potente de fora da área, também titular abstoluto. Hitzlsperger (Stuttgart) e Odonkor (Bétis) são boas opções no banco para as meias. O ataque alemão é recheado de ótimas opções. Kuranyi (Schalke 04) não foi ao Mundial 2006, mas fez uma excelente temporada e deve dividir espaço com Klose (Bayern). Podolski (Bayern) e Mario Gomez (Stuttgart) são excelentes alternativas.
Fraquezas - Difícil achar fragilidade em um time tão consistente. A Alemanha tem um excelente elenco e um técnico de qualidade, mas, talvez, a condição física de alguns jogadores pode atrapalhar o desempenho do time. Ballack, por exemplo, ainda disputa a final da Liga dos Campeões contra o Manchester, no dia 21, e precisa de descanso até a Euro. Frings ficou machucado boa parte da temporada, voltou a jogar em março, e, como Ballack, não deve estar 100% para a Euro. Para conquistar o continente, a Alemanha precisa primeiro de força para vencer o cansaço.
Destaque individual -
Michael Ballack (foto acima: DR). Há seis anos ele é o homem mais importante da seleção alemã, e se tornou jogador-símbolo de futebol disputado e brigado. Mas Ballack não é só força, é também técnica, muita técnica. Atua como meia, chuta com as duas pernas e é excelente na marcação. A Alemanha precisa de seu capitão em forma para ser dona da Europa pela quarta vez.

Polônia - Liderança eficiente
Depois da eliminação precoce na Copa de 2006, a Polônia mudou de técnico. Saiu Paweł Janas e entrou Leo Beenhakker. E a seleção polonesa foi revigorada. Apesar do começo ruim nas Eliminatórias para a Euro (uma derrota e um empate), a equipe venceu seis jogos consecutivos, e terminou a fase de qualificação em primeiro lugar, à frente de Portugal. Campanha incontestável, em um grupo que ainda tinha Sérvia e Bélgica, equipes que poderiam brigar por vaga. Beenhakker tem apostado em jogadores novos e conseguiu montar um bom time para a disputa da primeira Eurocopa da história da Polônia. Com a competência de seu técnico, a equipe quer repetir a campanha das Eliminatórias.
Virtudes - Por incrível que pareça, os melhores jogadores da Polônia ou são goleiros ou meias avançados e atacantes. O rodado (e não muito confiável) Jerzy Dudek (Real Madrid) ficou fora dos 26 pré-convocados de Beenhakker, nada que deixe o gol polonês sem arqueiros de qualidade. O excelente Artur Boruc (Celtic) deve ser o titular; Thomas Kuszczkac (Manchester United) e Lucas Fabianski (Arsenal) são boas opções no banco. No meio-campo, os destaques são o meia Krzynowek (Wolfsburg) e o brasileiro naturalizado polonês Roger Guerreiro (Légia Varsóvia); os dois devem figurar na lista final dos 23. Na linha de frente, Smolarek (Racing Santander), Matusiak (Wisla Cracóvia) e Zurawski (Larissa/GRE) são as opções mais interessantes.
Fraquezas - A falta de experiência do time, que jogará em um ambiente de muito mais cobrança e pressão daquele encontrado na fase qualificatória da Eurocopa. Foi o que aconteceu na última Copa do Mundo. Na primeira rodada, perdeu para o Equador, equipe estreante em Copas, um jogo que definiu a eliminação da seleção no torneio. Nas rodadas seguintes, foi derrotada para a Alemanha, um resultado já esperado, e ganhou da já eliminada seleção da Costa Rica. Na Euro, contra Croácia e Áustria, a equipe não pode vacilar.
Destaque individual - Euzebiusz Smolarek (foto acima: Eurosport/Yahoo), 27 anos, jogador da seleção polonesa desde 2002, é a grande esperança de Beenhakker nesta Euro. Nas Eliminatórias, o astro do time foi o goleador da Polônia e do grupo A, com nove gols. Marcou três gols em uma partida duas vezes e conquistou a confiança do técnico. Beenhakker gostou tanto do que viu que deve escalá-lo no ataque.

Croácia - Dez anos depois, perigosa novamente
Em 1996, a Croácia, já separada da Iugoslávia, enviou sua seleção para a disputa de sua primeira Eurocopa, na Inglaterra. Foi eliminada nas quartas-de-final, pela Alemanha. Dois anos depois, no Mundial de 1998, na França, a equipe deu o troco na Alemanha também nas quartas-de-final, goleando por 3 a 0, e ficou com o inesperado terceiro lugar. Após a façanha, a maioria dos jogadores daquele mundial se aposentou, e o país ficou fora da Eurocopa de 2000, organizada por Bélgica e Holanda. Voltou às competições entre seleções, mas em todas foi eliminada na primeira fase (Copas de 2002 e 2006 e Euro 2004). Nas Eliminatórias da Euro 2008, a Croácia voltou a surpreender e teve um desempenho impressionante: terminou como líder do grupo E e tirou a poderosa Inglaterra da competição, batendo os favoritos na última rodada por 3 a 2, no mítico estádio Wembley. Na Euro, mesmo sem o craque da seleção, o brasileiro-croata Eduardo da Silva, lesionado desde o início do ano, a Croácia quer impressionar os adversários como fez em seu passado recente.
Virtudes - O técnico Slaven Bilic, ex-zagueiro e integrante do time de 1998, já divulgou a lista dos 23 convocados para a disputa da Euro. A espinha dorsal do time está no bom meio-campo. A estrela do time, na ausência de Eduardo, é o jovem, mas com bagagem, Niko Kranjcar (Portsmouth). Luka Modric (Tottenham), Ivan Rakitic (Schalke 04) e o estreante Nikola Pokrivac (Mônaco) são também jovens promessas do atual elenco croata. O experiente capitão Niko Kovac (Salzburg), remanescente da seleção de 1998, é o porto-seguro de Bilic.
Fraquezas - Os irregulares atacantes disponíveis: Ivan Klasnic (Werder Bremen), Ivica Olic (Hamburgo), Igor Budan (Parma) e Mladen Petric (Borussia Dortmund). A esperança de qualidade na frente é o jovem goleador de 20 anos Nikola Kalinic (Hajduk Split/CRO), que nunca atuou pela seleção principal da Croácia. Eduardo vai fazer falta...
Destaque individual - No último sábado, Niko Kranjcar (foto acima: Eurosport/Yahoo) ajudou o Portsmouth a conquistar um título (a Copa da Inglaterra) depois de mais de 50 anos de jejum. E ele chega com moral para a Euro 2008, tendo atuado com muita regularidade e competência desde que chegou à seleção principal da Croácia, em 2004. Kranjcar é um jogador de boa técnica, tem qualidade no passe e finaliza muito bem. É o reduto de criatividade no meio-campo, e será essencial para que a Croácia vá bem na Euro.

3 Comentários:

Blogger Arthur Virgílio disse...

Alemanha e República Tcheca os meus palpites. Mas, posso ser surpreendido.

17/5/08 12:18  
Blogger Zêro Blue disse...

Alemanha é sempre forte candidata.


Saudações Celestes
SITE/BLOG.....CRUZEIRO: O MAIOR DE MINAS
Notícias , fatos e fotos do Cruzeiro
Cruzeiro Vice-Líder
ENTREM E SINTAM-SE A VONTADE

20/5/08 14:56  
Blogger Gerson Sicca disse...

Baita resumo. O suficiente para que eu ficasse informado e pronto para o início da Euro
Abraço

21/5/08 00:50  

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