Craque de vidro
- Era para ser um jogo qualquer entre Milan e Livorno, pertencente à 16ª rodada, que aconteceu somente ontem por causa da disputa do Mundial de Clubes pelo clube rossonero. Mas não foi. O empate de 1 a 1 não causou surpresa alguma, até pelo futebol absolutamente dependente de Kaká do Milan, ausente da partida de ontem, como Pato e Seedorf (machucou-se no aquecimento). A quarta-feira não foi desafortunada somente para o rubro-negro, mas principalmente para um rubro-negro.
- Ronaldo, que reencontrou o bom futebol e o equilíbrio pessoal em Milão, entrara em campo aos 11 minutos da etapa derradeira, quando o Livorno se encontrava à frente no placar, graças ao chute indefensável do aniversariante do dia, Pulzetti. Ancelotti viu sua equipe com sérios problemas ofensivos e também mandou para campo, além do 'Fenômeno', o regularmente sortudo Inzaghi, nos lugares de Gilardino e de Paloschi (o "Patoschi"). Ronaldo participava apenas de sua quinta partida na temporada, devido a seguidas lesões musculares, que o vinham acompanhando desde o fim do último verão.
- Não ficou mais do que dois minutos de pé. Ele se movimentava na ponta direita da pequena área, quando um cruzamento da direita de Oddo, que enfim acertara o pé, ia em sua direção. Ronaldo saltou e imediatamente foi ao chão, em pesadas e, visivelmente, dolorosas lágrimas (foto: AP/Gazzetta Dello Sport). Lágrimas que sentiam o rompimento do tendão patelar do joelho esquerdo (exatamente a mesma contusão sofrida em 2000, só que no joelho direito). Lágrimas que reconheciam a gravidade do momento, talvez o último de sua carreira.
- A atenção dos jogadores, porém, não foi para o número 99. Vidigal estava na marcação de Ronaldo, exatamente atrás do atacante, e colocou as duas mãos na bola. Um lance ridículo e desnecessário, que resultou, claro, em pênalti, muito bem assinalado pelo juiz Christian Brighi. Só depois da confirmação da infração, é que todos, inclusive os responsáveis pela transmissão via TV do jogo, se voltaram para Ronaldo. Ele foi levado, de maca e com um cobertor sobre o joelho esquerdo, para fora de campo. Pirlo cobrou o pênalti e igualou o marcador. O fim do segundo tempo ainda estava bastante distante. Mas o clima de jogo acabara ali.
- Depois da segunda lesão grave sofrida no joelho direito, há sete anos, em mim sempre ficou a sensação de que outro infortúnio daquele poderia acontecer. Sempre quis acreditar que não. Mas a fragilidade muscular do atacante e o condicionamento físico sempre desestabilizado, deixava a impressão de que a carreira de Ronie, no Milan, não iria muito além de três temporadas. Na segunda, aconteceu o que muita gente temia.
- Ronaldo entrou no lugar de Gilardino, aos 11 da etapa final. E saiu aos 14, para dar lugar a Serginho. Estes dados podem ser os últimos de Ronaldo enquanto atacante de futebol. Ele viajou hoje a Paris, para ser operado pelo médico Gérard Saillant, que já o tratou outras duas vezes. O período de recuperação é de no mínimo 9 meses. Ronaldo tem 31 anos e um contrato com o Milan até junho. O ponto final da carreira do maior artilheiro de todas as Copas do Mundo pode ter sido escrito ontem.
- Fragilidade é uma palavra que define de maneira muito incisiva a carreira de Ronaldo. Superação também. Esta última não pode ser esquecida.
- Não ficou mais do que dois minutos de pé. Ele se movimentava na ponta direita da pequena área, quando um cruzamento da direita de Oddo, que enfim acertara o pé, ia em sua direção. Ronaldo saltou e imediatamente foi ao chão, em pesadas e, visivelmente, dolorosas lágrimas (foto: AP/Gazzetta Dello Sport). Lágrimas que sentiam o rompimento do tendão patelar do joelho esquerdo (exatamente a mesma contusão sofrida em 2000, só que no joelho direito). Lágrimas que reconheciam a gravidade do momento, talvez o último de sua carreira.
- A atenção dos jogadores, porém, não foi para o número 99. Vidigal estava na marcação de Ronaldo, exatamente atrás do atacante, e colocou as duas mãos na bola. Um lance ridículo e desnecessário, que resultou, claro, em pênalti, muito bem assinalado pelo juiz Christian Brighi. Só depois da confirmação da infração, é que todos, inclusive os responsáveis pela transmissão via TV do jogo, se voltaram para Ronaldo. Ele foi levado, de maca e com um cobertor sobre o joelho esquerdo, para fora de campo. Pirlo cobrou o pênalti e igualou o marcador. O fim do segundo tempo ainda estava bastante distante. Mas o clima de jogo acabara ali.
- Depois da segunda lesão grave sofrida no joelho direito, há sete anos, em mim sempre ficou a sensação de que outro infortúnio daquele poderia acontecer. Sempre quis acreditar que não. Mas a fragilidade muscular do atacante e o condicionamento físico sempre desestabilizado, deixava a impressão de que a carreira de Ronie, no Milan, não iria muito além de três temporadas. Na segunda, aconteceu o que muita gente temia.
- Ronaldo entrou no lugar de Gilardino, aos 11 da etapa final. E saiu aos 14, para dar lugar a Serginho. Estes dados podem ser os últimos de Ronaldo enquanto atacante de futebol. Ele viajou hoje a Paris, para ser operado pelo médico Gérard Saillant, que já o tratou outras duas vezes. O período de recuperação é de no mínimo 9 meses. Ronaldo tem 31 anos e um contrato com o Milan até junho. O ponto final da carreira do maior artilheiro de todas as Copas do Mundo pode ter sido escrito ontem.
- Fragilidade é uma palavra que define de maneira muito incisiva a carreira de Ronaldo. Superação também. Esta última não pode ser esquecida.
3 Comentários:
Repito o que escrevi no meu blog, e em todos os outros que postaram sobre o assunto: uma pena, principalmente porque Ronaldo está entre os melhores jogadores que vi jogar. Um verdadeiro gênio da bola. Fenômeno.
Infelizmente, acho que desta vez, ele não volta legal. Mas esse episódio não pode manchar uma careria tão brilhante. Ronaldo ainda é fenômeno!
Abs!
Ronaldo tem sido perseguido pelo azar. Espero que consiga recuperar e voltar a jogar.
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