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terça-feira, janeiro 29, 2008

É clichê mas serve: Mão na Taça

- Ainda faltam 16 rodadas para o fim do Campeonato Espanhol, mas o Real Madrid já tem pelo menos uma das mãos na taça, pela segunda vez seguida. Com 9 pontos a frente do irregular rival Barcelona e 15 de diferença para o Villareal, que voltou a brilhar nesta temporada, o Real terá mais tranquilidade para jogar a fase eliminatória da Liga dos Campeões. Tem mostrado um futebol brilhante? Em alguns momentos, sim. A chegada de Bernd Schuster causou mudanças na equipe, que parece ter reencontrado o futebol bonito que sempre acompanhou o clube. Na temporada passada, a equipe viveu dos gols de Nistelrooy e dos tropeços do rival Barcelona. Capello chegou para arrumar a casa e colocar o time nos trilhos novamente. Schuster se mudou para Madri não para dar continuidade ao trabalho do antigo técnico italiano, mas sim acrescentar um pouco de tempero no futebol apenas eficiente da temporada passada. E parte do tempero, ou melhor, grande parte dele, tem sabor brasileiro.

Cara de camisa 10
- Robinho, desde que chegou ao Real Madrid, nunca conseguiu se firmar como titular absoluto. No início, fez gols, pedalou muito, porém não o bastante para fazer a torcida esquecer de seu último grande camisa 10, Figo.
- Nesta temporada, a milionária equipe merengue gastou horrores em contratações (algumas bastante contestáveis). Trouxe Robben, por quem pagou ao Chelsea 36 milhões de euros, talvez para ocupar a posição de articulador do time, posto que Robinho nunca assumiu de verdade. De boas novidades para a temporada 2007/08, a equipe ainda trouxe Heinze, para a vaga deixada por Roberto Carlos, Pepe (30 milhões foi muito por ele), e Sneijder, tirado do ineficiente Ajax por 27 milhões de euros. Ainda vieram os emergentes Saviola, ex-Barcelona, Metzelder e Dudek. O argentino, de tão desvalorizado que estava no clube, foi para o Olympique de Marselha, na janela de transferências deste mês.
- Sneijder fez partidas interessantes no começo da temporada, montando uma boa dupla ofensiva com Nistelrooy. Mas logo o holandês começou a frequentar o banco de reservas e não ter mais o seu nome entre os favoritos de Schuster. O outro holandês, Robben, também atuou pouco, devido a algumas contusões. Era a hora de Robinho aparecer e aproveitar as chances dadas por Schuster.
- O brasileiro enfim mostrou porque usa a camisa 10 de um dos maiores clubes do mundo e deu razão a quem o compara a Pelé. No último domingo, o Real venceu o Villareal por 3 a 2, com dois gols dele (na foto, Sérgio Ramos e o brasileiro comemoram um dos gols: EFE). Robinho, que recentemente completou 24 anos, já acumula 12 na temporada (8 no campeonato e 4 na Liga dos Campeões), e igualou o a sua melhor marca pelo Real Madrid. Na temporada de estréia, ele também balançou as redes 12 vezes.
- O excepcional desempenho mostra como o jogador melhorou depois da chegada de Schuster. O técnico alemão, ao contrário de Capello, gosta do futebol do atacante e o considera como uma peça fundamental na equipe. E certamente não pensa assim apenas pelo carisma que tem por ele. Robinho, além de balançar com regularidade as redes, deu 5 assistências para gol, só na liga espanhola.

O Real...
- Conquistou todos os pontos possíveis nos últimos 8 jogos. São 24 pontos contra 17 do Barcelona, no mesmo período. É a maior sequência positiva da temporada, dentre todos os clubes.
- Em 21 jogos, acumula 53 pontos, marca nunca antes alcançada por um clube na história do Campeonato Espanhol.
- Conseguiu estabilidade nas partidas em casa. São 10 vitórias em 10 jogos, e 17 sucessos consecutivos jogando no Santiago Bernabéu. A equipe ainda perdeu poucos pontos na temporada: são apenas 2 derrotas e 2 empates.
- Tem o ataque mais poderoso e eficiente da Espanha: 46 gols, 6 a mais que o Barcelona. O trio Raúl, Ruud (Van Nistelrooy) e Robinho marcou 29 gols. A defesa também é destaque: apenas 16 gols sofridos, a segunda melhor, apenas atrás da retaguarda do Barcelona, que foi vazada 14 vezes. O goleiro Iker Casillas, até antes da rodada passada, ficou 6 partidas sem levar gol.
- Além do excelente desempenho das estrelas do time, possui bons coadjuvantes. Guti, Sérgio Ramos e Marcelo, além de mais alguns outros, têm aparecido bem na equipe, mostrando que o Real enfim conseguiu construir um bom elenco, consistente, entrosado e regular.

"Nós somos nosso único rival"
- O time da capital tem tudo para deixar de ser comentado pelas caras contratações, e voltar a ser uma equipe conhecida por troféus e craques. O comentário de Schuster (subtítulo acima), dito na coletiva do último jogo, é muito apropriado para o atual momento do clube.

2 Comentários:

Blogger Ricky_cord disse...

Real está "realmente" a fazer um grande campeonato. Quanto a um "flop" é um falhanço, ou seja, um jogador não rendeu o que dele era esperado. Entendeu? Abraço

29/1/08 20:46  
Blogger Arthur Virgílio disse...

O Real caminha com tranquilidade rumo ao Bi-Espanhol, contando principalmente com a genealidade de Robinho. O técnico alemão, Schuster, deu o padrão e a competividade que a equipe merengue necessitava.

30/1/08 01:12  

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