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segunda-feira, setembro 22, 2008

Não é só na Itália

No fim da manhã de hoje, chegou aos portais esportivos brasileiros a informação de que, no clássico espanhol entre Sevilha e Bétis (0 a 0), valendo pela terceira rodada, os alviverdes levaram ao estádio faixas, cartazes e bandeiras com simbologia nazista e escudos preconceituosos. A denúncia partiu do árbitro Alfonso Pérez Burrull, por meio da súmula da partida. O caso será analisado pela federação espanhola e o Bétis certamente sofrerá punição, com multa, perda do mando de campo ou coisas afins.

Manifestações fascistas e racistas não são novidade na Espanha. Lembro-me de um jogo da temporada 2004/2005, entre Barcelona e Zaragoza, disputado na cidade de Zaragoza. A torcida local passou boa parte da partida fazendo insultos e gestos racistas para o camaronês Samuel Eto’o. Felizmente, o jogador respondeu à altura, mas sem precisar se rebaixar ao nível de seus atacantes: marcou gol e ajudou os blaugranas a vencer.

O ex-atacante da Internazionale, Obafemi Martins (atualmente no Newcastle United), também já passou pelo mesmo constrangimento. Certa vez, em jogo da Inter na província siciliana de Messina, contra a equipe local, a torcida hostilizou o jogador com manifestações preconceituosas. Martins, visivelmente aborrecido, saiu do campo em prantos.

A Itália é conhecida pelo envolvimento de algumas torcidas em movimentos fascistas e reacionários, comumente ligados ao preconceito racial. Di Canio, ex-atacante e capitão da Lazio, é declaradamente fascista e foi o centro de muita polêmica algumas temporadas atrás. Quando marcava gols, saudava a torcida com o antebraço direcionado para cima, em diagonal: saudação popularmente conhecida como sendo fascista. Os ultras da Lazio, especialmente no clássico da capital contra a Roma, faziam abertamente apologia ao fascismo, da mesma maneira que parte da torcida do Bétis se manifestou ontem.

Pequenos movimentos de cunho reacionário e fascista em meio às torcidas organizadas pipocam na Espanha e na Itália e pontuam uma tendência de fanatismo político alarmante. O sinal amarelo está aceso.

6 Comentários:

Blogger Ricky_cord disse...

Também há o caso de Zoro, costa marfinense que faz parte do plantel do Benfica mas que não joga, uma vez saiu a chorar do campo em Itália quando jogava pelo Messina. Abraço

23/9/08 16:28  
Blogger Gerson Sicca disse...

esse é um problema cada vez mais difícil de resolver na Europa, em razão da imigração ilegal. Infelizmente.

24/9/08 22:53  
Blogger André Augusto disse...

Infelizmente, preconceito chega a ser cultural em partes da Europa. Uma lástima!

Abs!

25/9/08 00:01  
Blogger Vinicius Grissi disse...

É incrível como este tipo de idiotice continua acontecendo na Europa. Uma lástima...

25/9/08 10:10  
Blogger Filipe Araújo disse...

Esta rixa é comum em todas as partes do planeta. Só que nos principais centros têm-se maior destaque. De qualquer forma, qualquer atitude desta espécie é lamentável.

Abrazo!

http://gambetas.blogspot.com

25/9/08 11:34  
Blogger Daniel Gomes disse...

É na Europa, que tem um futebol globalizado e economicamente fuderoso.

Queria ver se fosse aqui no Brasil, o que os veículos de informação Europeus iam falar.

25/9/08 20:39  

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