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segunda-feira, agosto 28, 2006

A Inter de Milão vence a Roma em uma espetacular virada e fatura a Supercopa da Itália

- Nada como um belíssimo e emocionante jogo para abrir a temporada do futebol italiano, desviando um pouco as atenções da crise para o que realmente interessa. Esta foi a minha primeira impressão que eu, depois de ter acompanhado um jogo estupefato, concebi.
- O jogo - O que estava em disputa no estádio Sansiro era o título da Supercopa da Itália, que reúne costumeiramente em todo início de temporada, os campeões da Copa da Itália e da Série A da temporada anterior. Com a definição da pena de Juventus e Milan devido aos ínúmeros escândalos, a Inter, terceira colocada na Série A foi declarada campeã pela 14ª vez em sua história. Como o time também havia conquistado a Copa da Itália, o time vice-campeão, a Roma, foi convocado para disputar a Supercopa. A mandante da partida aproveitou para apresentar seus novos contratados e iniciou com uma escalação cheia de novos jogadores. Na zaga, Grosso começou na lateral-esquerda, Vieira fez sua estréia como novo segundo volante e Ibrahimovic começou no ataque ao lado de Adriano. A Roma começou a partida com o mesmo time base que jogou a temporada passada. Os comandados de Spalletti começaram bem a partida e abriram o placar logo aos 13. Toldo afastou a bola da grande área depois de um mal-sucedido ataque da Roma. Pannuci dominou na intermediária e fez um longo cruzamento dali mesmo. O brasileiro Mancini, com muito oportunismo, aproveitou a falha de cobertura de Zanetti e Toldo e abriu o marcador de cabeça. Mesmo depois do gol, o time da capital continuou a jogar no campo de ataque e 12 minutos depois ampliaria o placar. Aquilani (foto:AP) partiu com a bola pelo lado esquerdo do campo e avançou para a entrada da área, livre de marcação. O meia tabelou maravilhosamente com Totti e saiu na cara de Toldo, só tendo o trabalho de empurrar para as redes para dar a Roma uma surpreendente vantagem de 2 a 0. A Inter não conseguia se encontrar na partida e aos 34 levaria o terceiro gol, para o desespero do técnico Roberto Mancini no banco de reservas. Taddei recebeu bola de Aquilani pela direita e cruzou rasteiro para o meio da área. Totti a deixou passar propositadamente e Aquilani aproveitou para marcar o terceiro. Até então a Roma ganhava da Inter com muita superioridade, mostrando os sérios defeitos de marcação do adversário. Porém, os nerazzurri não desistiram da partida e aos 44 descontaram através de Vieira. Figo cobrou falta da esquerda do ataque e Vieira foi no terceiro andar para testar forte, sem chances para Doni. O que parecia ser apenas um mero gol em um pífio primeiro tempo da Inter, na verdade foi um sinal do que o time iria fazer na etapa final. Logo no início do segundo tempo Mancini mexeu na equipe, tirando Zanetti e colocando o brasileiro Maicon. Ainda não satisfeito, aos 16 minutos ele tirou o "invisível" Adriano para colocar Crespo. Não que as mudanças tenham surtido efeito de imediato, mas a Inter foi para o segundo tempo com outra postura. Aos 20, Stankovic partiu em velocidade pela direita e cruzou para Crespo testar forte para diminuir a vantagem para apenas um gol, incendiando a até então calada torcida. Logo depois do gol, Spalletti colocou Cassetti no posto de Taddei, procurando reviver o bom futebol do primeiro tempo. Aos 27, ele mexeu novamente, desta vez tirando o líder da equipe Totti para colocar o atacante egípcio Mido. Mas dois minutos depois desta mudança a Inter alcançaria o empate de forma dramática. A jogada foi iniciada por Cambiasso, que abriu o jogo para Stankovic na faixa direita do campo. O meia cruzou em direção a Ibrahimovic, mas a zaga romana cortou. No rebote, Cambiasso cabececou para a área e Crespo desviou a bola para Ibrahimovic na faixa esquerda da área. O atacante, mesmo tentando finalizar de primeira, sem querer deu um passe para Vieira chegar chutando forte para empatar a partida. O jogo foi para o tempo extra e a estrela do ex-galático Figo brilhou. O sempre brilhante jogador português cobrou de forma espetacular falta da entrada da área, revertendo o placar e levando a loucura os nerazzurri. Seis minutos depois Chivu ainda seria expulso e só restaria a Inter (foto: AP) esperar pelo fim de um dos melhores jogos da história do Calcio. A vitória inacreditável da Inter provou que o futebol italiano pouco a pouco supera a triste crise e mostra o que tem de melhor: um futebol com qualidade, com garra e com muita emoção.

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